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Parece-me irrefutável que o resultado de ontem da Selecção portuguesa de futebol tem mais a ver com a sua decadência atlética e valor técnico, derivada do progressivo abandono da "geração Scolari" do que com o deplorável enredo maquinado para o afastamento de Carlos Queiroz, digno do país mesquinho que somos. No entanto, da reunião de amanhã da Federação Portuguesa de Futebol, eu esperaria muito mais do que a urgente definição do seleccionador e respectiva equipa técnica, a demissão do presidente e direcção em funções há demasiado tempo. A velha máxima de Eça de Queiroz de que os políticos e as fraldas devem ser mudados com frequência e pelos mesmos motivos, há muito que devia ter sido implementada para a rotatividade dos presidentes de instituições como a FPF, cuja opacidade estrutural é proporcional ao peso dos interesses e lobbies que representa.
* Por: Pedro Chora Barroso in Algarve Mais
Licenciado em Educação Física e amigo de Carlos Queiroz
Para dirigir uma selecção de um Pais é preciso a formação, o estudo, a calma, a cultura e ponderação que inegavelmente possuis. Mas é preciso a ambição, o golpe de génio, a raiva, o combate, a capacidade motivacional, o cuspo, o grito, o abraço sincero e a agressividade atacante que inegavelmente sofreias. E a relação humana com os jogadores, não sei, Carlos, porque ninguém sabe. Uma pequena e persistente fissura na clavícula impede-me de ser mais explícito. | |
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* Foram estas as palavras meigas ditas pelo seleccionador nacional de futebol, Carlos Queiroz ao comentar a entrevista que o jornalista Pedro Prostes da Fonseca, do semanário Sol lhe fez, tendo este garantido posteriormente à Antena 1 que a conversa com o seleccionador nacional foi gravada e por isso diz não entender a indignação do treinador. 'Reajo com espanto, porque tivemos a conversa nos termos em que o Sol a noticiou. Só posso reagir com estranheza. Mantive uma conversa na terça-feira e foi nessa conversa que ele disse a frase que está em causa. Não percebo a reacção dele", referiu. A entrevista ao seleccionador nacional luso, onde este terá dito que "tendo em conta a estrutura amadora da Federação, as coisas correram muito bem à selecção", foi feita pelo telefone. Pedro Prostes da Fonseca diz que não entende o desmentido. "Não faço ideia. Presumo que ele deixou cair uma frase inadvertidamente e está à custa do semanário Sol a tentar recuperar isso", disse, deixando em aberto a hipótese de divulgar a gravação: 'Isso é uma questão que tenho que falar com a direcção do jornal, porque eu não tenho legitimidade para o fazer. A entrevista foi gravada e estou completamente tranquilo", afirmou. Agora resta esperar pela eventual divulgação da referida entrevista. Se esta for publicamente divulgada e se Queiroz tiver mesmo dito aquilo que agora diz que não disse, uma cena semelhante à do video supra estará em vias de acontecer.
Nota: O video supra foi uma amável sugestão do leitor João Sousa.
Um vídeo da cadeia de televisão espanhola "Cuatro" mostra a razão pela qual Cristiano Ronaldo tentou cuspir numa câmara no final do Espanha-Portugal e revelam um desabafo do capitão da selecção portuguesa para Carlos Queiroz, revelador do descontentamento do jogador com as ordens tácticas do professor de ginástica. "Assim não ganhamos Carlos", gritou mesmo Ronaldo ao treinador. A verdade é que Ronaldo também nada jogou...
A 17 de Novembro de 1993, em Milão, o então seleccionador nacional falhou a qualificação para o Mundial-94 quando a Selecção Nacional caiu aos pés da Itália aos 83 minutos do jogo. No final, ainda no relvado, Queiroz, é dele que se trata, deitou para fora toda a sua indignação. «É preciso varrer a porcaria que há na federação portuguesa (FPF). Há muita coisa para mudar!», atirou, numa frase que entrou para a história do futebol português.
Carlos Queiroz queixou-se de que havia muita "porcaria" na Federação. Era verdade. O que Queiroz não disse é que aceitou ser seleccionador nacional e fez toda a campanha do Mundial 2010 com toda a "porcaria" lá dentro. E, qual contágio, acabou por passar a integrar esse sujo núcleo que ainda hoje domina o futebol português. Hoje, no decorrer do jogo, Queiroz demonstrou o porquê de ser um seleccionador débil e tacticamente inexistente. Antes do jogo tinha dito que o mesmo se resolveria por pequenos pormenores. O que não disse é que esse pequeno pormenor foi a "porcaria" de visão táctica que (não) teve ao tirar do jogo Hugo Almeida e, dessa forma, convidar a Espanha a atacar e a marcar. No final custou ver Eduardo chorar. É triste ser eliminado devido à "porcaria" dos outros. A Queiroz, no final de mais um desaire, não resta outra alternativa senão fechar a porta atrás de si. Com toda a "porcaria" ainda lá dentro pois então. E assim vai Portugal...
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Pois, meu caro. Na altura é que a gente vê como re...
Viajavam dois imigrantes e as agressões focaram-se...
Caro AmigoNão resisto a meter o bedelho, para malc...
Os seus coments parecem bastante similares aos "cu...
Diz bem, a começar. Pois outras medidas mais drást...