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Os blogs estão mortos, tal como está Deus. Não há nada inerentemente mau neste princípio, só dele decorre o terror da responsabilidade individual. Durante a massa da história registada, Deus serviu o propósito de enquadramento das acções humanas. O Bem e o Mal, portanto, mesmo quando a divisória que os acantona acaba escondida pela espuma das marés dos tempos. Deus morreu quando deixou de exercer influência na definição do certo e do errado — independentemente das pessoas com fé que aderem a diferentes igrejas, é nas sociedades seculares que encontram a bússola comportamental do seu Bem e Mal. Em suma, os comportamentos são moldados por medo de condenação a pena de prisão e não por condenação à danação eterna. (...)
A ler na integra a crónica do Vitor Cunha aqui (se tiver mesmo gosto e o consolar que venha almoçar connosco para a semana)
O que leva um conservador, esforçado trabalhador, empenhado cidadão, extremoso marido e pai de família, num retemperador serão de Sábado, a sair do aconchego do lar nos subúrbios da cidade, para a horas impróprias numa noite tempestuosa ir à discoteca Frágil da Ana Matos Pires? Tratou-se de responder à chamada para a entrega dos prémios Blogs do Ano promovido pelo Filipe Cetano do programa Combate de Blogs da TVI 24 evento em que o Corta-fitas foi agraciado com um honroso “melhor blog de direita 2011”.
Na certeza que entre a freguesia "alternativa" de camisas negras e barbas ralas lá se encontrariam espíritos livres e afáveis para por em dia a boa conversa e amena cavaqueira, entre os companheiros de blog Duarte Calvão, Francisco Mota Ferreira e a efusiva Maria Teixeira Alves, lá estavam o João Condeixa, o João e a Bárbara Villalobos, o Luís Coimbra, a Filipa Martins, naturalmente também nos cruzámos com alguns revolucionários destas lides bloguistas, na circunstância uns verdadeiros cavalheiros no trato – gente conservadora, afinal. Claro que aproveitei a deixa para reforçar a cunha ao Nuno Ramos de Almeida, para que me previna a tempo de reunir a prole e embalar a trouxa quando a revolução cada vez mais iminente chegar, se lá chegarmos.
Pelo sim pelo não, para contrabalançar a intimidadora distinção da minha bonita mulher com o seu esplendoroso casaco de peles, eu escolhi envergar preventivamente o meu blazer mesclado com cotoveleiras, claro indicador de que também leio uns livros e frequento museus. É a receita do Duarte Calvão que fuma cachimbo, claro sinal exterior dum livre-pensador a quem, por se isentar nas contendas fracturantes, injustamente aplicaram a equívoca etiqueta de reaccionário.
A entrega dos prémios foi emocionante, o Filipe distribuiu-os aos presentes nas respectivas categorias: melhor blog de esquerda e melhor blog colectivo entregue ao Nuno Ramos de Almeida em representação do 5 Dias, melhor blog individual à Joana Lopes do Entre as Brumas da Memória, melhor Blog revelação ao Francisco Silva do Artigo 58, e last but not the least, o prémio melhor blog de direita foi entregue nosso Duarte Calvão, o último fundador do Corta-fitas no activo, que é por assim dizer, mal acomparado com o PSD, o nosso Francisco Balsemão.
Mas o auge da festa deu-se quando a anfitriã Ana Matos Pires entregava o diploma de melhor blog de esquerda: perante o comentário do pivot de que o seu blog Jugular saíra derrotado na disputa, logo estalou um sonoro desabafo da nossa insubstimável Maria Teixeira Alves: “GRAÇAS A DEUS!!!”. De resto, desde quando a Terceira Via é coisa de “esquerda”?
A solenidade acabou bem a horas de voltar para casa antes de se dar o fenómeno, que se-me vai acentuando com a idade, de me transformar em abóbora quando desponta a madrugada sem estar na caminha.
P.S.: Está programado para o próximo Sábado às 23.00hs na TVI 24 a transmissão da reportagem deste inolvidável evento e hoje eu prometo que vou me deitar bem cedinho que tenho a cabeça em água.
O meu amigo Paulo Cunha Porto está de volta à blogosfera em boa companhia (viva João Marchante!) no Jovens do Restelo - já ali na barra lateral logo acima do Jugular... para contrabalançar.
...depois da meia-noite o nosso Duarte Calvão, que é o Balsemão deste blogue (o último fundador resistente), estará no programa de Filipe Caetano Combate de Blogs, em debate com o Tiago Mota Saraiva, do Cinco Dias sobre as presidenciais, que é o que está a dar. O Nuno que se amanhe, que o Duarte é um Trotskista arrependido e sabe-a toda.
Blogue, bloguer e revelação do ano. aqui
É no contexto dum novo desafio profissional que o Leonardo Melo Gonçalves e eu, companheiros noutras lutas, lançamos um novo blogue dedicado às novas tendências, suportes e técnicas da comunicação, marketing e relações públicas. Convidam-se desde já os leitores a uma visita periódica, e à sua divulgação, pois prometemos uma abordagem inédita ao vertiginoso mundo da comunicação numa tentativa de interacção não só com outros profissionais, mas com o leitor comum aficionado ao tema. Ide espalhar a palavra: a propaganda está já online, aqui.
O João Magalhães (quem quer que ele seja) do blogue do José Sócrates equivoca-se rotundamente no modo como aqui faz referência ao Corta-fitas. É que este blogue não é “um colectivo”, não tem agenda nem responde a partidos políticos, os seus colaboradores têm origens profissionais e ideológicas bem distintas e prezam a sua independência. De resto eu acredito que a certas pessoas para explicar isto seja necessária a ajuda de bonecos.
Já lá estão o Córtex Frontal, da coligação Gauche Chique de Joana Amaral Dias e Medeiros Ferreira, o Bairro do Oriente de Leocardo com notícias de Macau e suas perspectivas da metrópole, A Torto e a Direito, o blogue do programa da Constança Cunha e Sá na TVI com João Pereira Coutinho, Francisco Teixeira da Mota e Francisco José Viegas, o Albergue Espanhol onde temos alguns amigos exilados, e por fim resgatámos a Câmara Corporativa, que nós aqui gostamos de saber o que diz a propaganda.
«Os partidos tomaram de assalto a blogosfera» (não encontro o link) e «os bloggers forçaram a sua entrada na opinião publicada». Entre o título do artigo de abertura do DN por Filipa Ambrósio de Sousa e o editorial não assinado, eis duas afirmações que importa esclarecer.
Em primeiro lugar, a criação de blogues de cariz político não é uma novidade. Eles sempre existiram e, se hoje ganham mais relevância, isso apenas decorre do natural amadurecimento da blogocoisa, do processo de aprendizagem da comunicação política sobre esta e outras novas ferramentas (como o Facebook ou o Twitter) e, também da incapacidade da comunicação social em discutir ideias e conteúdos, para além do soundbyte e da sua própria agenda. Relevância essa acrescida, aliás, pelo comportamento dos próprios meios de comunicação.
Os bloggers não «forçaram a sua entrada». Foram os media tradicionais que começaram por desconfiar primeiro da informação circulante nos blogues, para depois começarem por aproveitar algumas das notícias sem muitas vezes mencionar a fonte até, finalmente, passarem não só a colocá-los muitas vezes no centro das mesmas notícias como ainda integrarem convidados para espaços de opinião mais ou menos nobre, de forma graciosa ou paga. No fundo, a imprensa escrita foi (e vai) entendendo que os blogues podiam ser uma fonte preciosa e uma mais-valia para os seus conteúdos, em lugar de os encarar como inimigos às portas e ladrões de audiências.
A blogocoisa não é um cenário de «guerra». É um território com zonas mais ou menos selvagens, anónimas ou perfeitamente identificadas, com agenda transparente, obscura ou nenhuma de todo. Existem rivalidades e amizades, amores e ódios. Como entre a comunicação social, aliás. Nada de novo, portanto. Apenas um reflexo do que somos, todos nós.
José Pacheco Pereira, num lamentável artigo no Público, parece acometido pela síndrome Marinho Pinto. À falta de melhor assunto, dispara contra o convite feito pelo eurodeputado social-democrata Carlos Coelho - seu companheiro de partido - a um grupo de autores de blogues que se deslocou recentemente a Bruxelas. Pacheco parte do princípio, como qualquer bom populista partiria, de que esta brigada de bloguistas estava sedenta de ser obsequiada com uma corrida à sede da União Europeia e veio de lá agradecida por uns jantarinhos e umas tantas visitas guiadas ao Parlamento Europeu. António Marinho Pinto, provavelmente, não diria nada de diferente, pronunciando-se contra a "promiscuidade" entre quem escreve, em blogues ou jornais, e quem faz política. Partindo do princípio de que, até prova em contrário, todas as pessoas são venais - algo próprio de quem alimenta o maior dos pessimismos sobre a natureza humana.
O ex-eurodeputado delira nestes seus considerandos que roçam a injúria. É um perfeito disparate imaginar que autores de blogues tão diversos como este, este, este ou este, feitos por pessoas habituadas a pensar pela própria cabeça e que não precisam do convite de ninguém para jantarem onde lhes apetece ou viajarem ao estrangeiro quando lhes dá na real gana, se deixariam instrumentalizar facilmente pelos correligionários de Pacheco Pereira em Bruxelas. O autor do blogue Abrupto, que foi deputado europeu, sabe bem que os grupos parlamentares representados em Bruxelas e Estrasburgo têm verbas comunitárias específicas ao dispor para a divulgação das instituições da UE junto dos líderes de opinião nos diversos estados-membros. Esta verba deve ser dispendida até ao fim da legislatura, sob pena de não ter servido para nada. Quando Pacheco lá estava, que eu saiba, nunca a usou para este fim. Fez bem o eurodeputado Carlos Coelho em ter adoptado outro critério, adaptado aos novos tempos, o que só confirma a crescente importância dos blogues na formação da opinião e a influência que exercem junto dos próprios jornais.
Alguns visados, como o João Villalobos e o João Gonçalves, já responderam a Pacheco Pereira - e fizeram bem. Outros optaram por não lhe dar troco - e talvez não tenham feito tão bem. A conversa não me diz directamente respeito, pois não integrei a referida delegação bloguista, mas entendo que vai sendo tempo de Pacheco deixar de exibir a sua pretensa autoridade moral nas mais diversas matérias lançando sempre as maiores suspeitas sobre quem faz opinião sem se submeter ao seu diktat. Todos são influenciáveis, todos são maleáveis, todos pecam por falta de convicções - menos ele. Marinho Pinto não diria melhor. Com tanta falta de razão como Pacheco Pereira.
Bernardo Pires de Lima e Pedro Marques Lopes em União de Facto.
A Pipoca ultrapassou o Abrupto no Blogómetro.
Para que é que serve o Twitter? É que diz que 'tá na moda aqui na blogosfera...
Estou de corpo e alma no Sapo. Passei o meu O Afilhado do Blogger para o Sapo e não podia estar mais satisfeito. Aproveito para agradecer novamente à equipa de blogues do Sapo, principalmente ao Pedro Neves e à Maria João Nogueira, por me terem proporcionado um novo espaço tão catita. Para quem até nem se importa de ler as barbaridades que escrevo, têm aqui mais um sítio onde me encontrar.
Um ano depois, o Elevador da Bica volta a circular. Com Vítor Matos e João Cândido da Silva a bordo.
A partir de agora, passo a escrever também no Delito de Opinião. Um blogue que acaba de nascer.
O blogue Atlântico chega ao fim, com os seus autores concertados num despedimento colectivo. Depois da saída anunciada do Paulo, era inevitável. Como diria o saudoso comentador Gabriel Alves, o flanco direito ficou mais desguarnecido. Espero que ao menos o novo diário justifique este rombo na blogosfera.
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Uma nomeação de um secretário de estado, anos depo...
A mera aparência de troca de favores devia ser suf...
Há um contra-senso nessa frase. Se, como refere, a...
Qual troca de favores? Pode ser mais explícito?A m...
Dito por outros palavra: a troca de favores ao arr...