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Estranham-se as virgens ofendidas que vêm a terreiro esconjurar a inconfidência de Bagão Félix ao contrariar uma declaração de José Sócrates na televisão. Aqui chegados quem é que ainda duvida sobre quem fala com independência e verdade? Que valor é dado por estes dias à Palavra dada?
Também me custa entender a súbita sacralidade pretendida por algumas tias viúvas do regime para o Conselho de Estado, órgão e consultivo e de nomeação de um Chefe de Estado com poderes pouco mais do que simbólicos.
Se o País e a credibilidade das suas instituições chegou ao que chegou, certamente não foi devido a algum excesso de zelo dos poderes e seus agentes com o altruísmo e com a Verdade. O desastre resulta do crescente triunfo da Imagem em detrimento da substância, numa cultura do relativismo moral, fenómeno que indubitavelmente se difundiu de cima para baixo. Um modelo de sociedade estéril e de economia inviável. Portugal não está só falido nas finanças, está falido nos valores.
As jornalistas autoras da peça costumam ser pessoas bem informadas. A edição de hoje do Diário de Notícias revela, no fundo, aquilo que se sente "no terreno". Escreve o diário que "a direita católica e a conservadora não desistiram de encontrar um candidato alternativo a Cavaco Silva. Bagão Félix e Pedro Santana Lopes continuam a ser as duas mais fortes hipóteses para estes sectores. Uma coisa é clara: a Igreja não perdoa ao actual Presidente da República a promulgação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que tem sido apelidada de "pirueta da triste figura".
E prossegue o texto: "Os sacerdotes acusam-no de ter arranjado duas razões falsas para aprovar o diploma. A primeira é a sua justificação ser "ofensiva da dignidade e inteligência de um povo: estamos tão em crise e tão miseráveis que não podemos distrair-nos com este tipo de debates!" - refere o texto-base que percorre a Igreja. A crise, afirmam, "é de valores". Pelo que rejeitam também a tese de que o Parlamento voltaria a aprovar o diploma, tornando inevitável a promulgação. E a própria Igreja lembra aos fiéis, que também são eleitores, que o Presidente até poderia "dissolver a Assembleia". Acresce que a avaliação que vários sectores políticos fazem do mandato de Cavaco é negativa, não tendo o discurso presidencial do 10 de Junho ajudado em nada a mudar esta avaliação. Fontes contactadas pelo DN não gostaram de ouvir Cavaco dizer que o "País chegou a uma situação insustentável". Consideram que ele tinha poderes para actuar e não apenas para "avisar".
A dúvida parece agora colocar-se entre quem será o candidato alternativo. Pedro Santana Lopes, com os apoios que tem recebido ao longo das últimas semanas para protagonizar ele próprio uma candidatura alternativa à de Cavaco Silva ou Bagão Félix, também desejado por alguns sectores.
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