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Dizem as más-línguas que a memória nas experiências audiófilas é como a dos peixes, sendo por isso que regra geral se aceita como boa qualquer coluna de som no formato duma lata de Coca-cola, e as novas gerações pouco se importam com o suporte em que ouvem música, desde logo pelo telemóvel, tendo a indústria da "alta-fidelidade" chegado aos dias de hoje como objecto de interesse dum restrito número de extravagantes ou novos-ricos. Porque me identifico com os primeiros (e tenho pena de não ser dos segundos), foi com um sorriso rasgado que me deparei na Porta da Loja com estas memórias, de alguém que acredita que o prazer e o requinte também se alcança pela forma como ouvimos.
A estereofonia foi de facto um passo decisivo na história da indústria fonográfica e do áudio no caminho para a “Alta-fidelidade” (que era o nome que se dava à reprodução sonora tão próxima da realidade quanto possível). Entre os anos sessenta e os anos oitenta era relativamente comum encontrar em lugar de destaque numa casa de classe média/alta um bom sistema de som – que em abono da verdade nada tem a ver com os actuais artefactos para a criação de efeitos de “cinema em casa”. Pelo contrário, hoje em dia esse culto de perfeição atingiu o ponto mais baixo das últimas décadas: é pouco menos que lamentável a qualidade dos registos sonoros em ficheiros de compressão de áudio usados nos computadores, telemóveis e outras engenhocas tão populares entre as novas gerações.
Mas se é discutível que a desmaterialização do registo sonoro per si compromete a qualidade – nomeadamente quando utilizados ficheiros de compressão sem perda de informação (alta-resolução), a mesma será sempre comprometida pelo lado dos sistemas de reprodução "miniaturizados". O requinte da reprodução sonora exige alguma dimensão dos componentes da aparelhagem, pelo menos nas colunas.
Publicado originalmente aqui.
Peter Gabriel Half-Speed Vinyl Remasters from Real World on Vimeo.
Em todas as suas actividades compete ao Homem perseguir a perfeição, que é sempre uma aproximação ao divino. Na senda da sonoridade perfeita, Peter Gabriel, criador genial e meticuloso, com este projecto recria em vinil a melhor fase da sua produção a solo. Se Deus quiser, isto será o meu presente de Natal.
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Olá.Obrigada pela partilha.Boa semanaMaria
Não deixa de ser irónico que uma organização de ho...
Muito obrigado Henrique.
Não me surpreendeu tanto como ao JT em virtude do ...
Realmente, fazia falta aqueles regimes da foice e...