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• Aprender a escrever com os dois polegares no telemóvel.
• Arranjar uma avença daquelas na CML.
• O Sporting Campeão.
• Fazer a passagem de ano em casa, de pantufas.
• A paz no mundo.
• Viver num país mais civilizado.
• Ter mais tempo para escrever sobre o que gosto.
• Comprar umas colunas novas (depende da consumação do segundo desejo).
• Deixar a filharada e ir viajar com a minha mulher (sem remorsos).
• Assistir à reunião dos Genesis com o Peter Gabriel.
• Arranjar uns desejos realizáveis para 2019.
Feliz Ano de 2018 para os leitores do Corta-fitas, são os meus votos.
Se há altura do ano em que me agrada por demais o aconchego do lar é esta da passagem de ano, que definitivamente não é santo da minha devoção. Mas por respeito às expectativas dos mais pequenos comemoremos as doze badaladas na varanda bater em tachos e panelas mais uma garrafa de Raposeira na companhia de doze passas que ainda sobraram do ano passado. De resto como pai cinquentão, aflige-me a malta jovem ou já nem tanto que aproveita a efeméride para por aí desafiar a sua sorte (e a dos outros) com inimagináveis excessos...
Tem algo de visceralmente religioso e infantilmente devoto esta profusão de balanços que todos os anos os média dedicam aos acontecimentos do ano que termina. Não há blog, noticiário televisivo ou radiofónico, jornal de mais ou menos "referência" que por estes dias não provisione os seus crentes com toneladas de crónicas, sínteses, fotografias e notícias requentadas, numa fanática revisão e fecho de contas de tragédias, frases bombásticas, escândalos de vária ordem, como se, entre o dia 31 de Dezembro e o 1º de Janeiro existisse uma barreira física, um restart, para a ilusão duma ressurreição colectiva. Felizmente no próximo Domingo todos seremos os mesmos de Sábado, na continuidade do tempo e no espaço um dia mais velhos... uns quantos talvez com a boca a saber a papel de música, mais ressacados e confusos que habitualmente. O fim-do-ano não é mais do que uma estação tola com pretensões. É que afinal, a não ser que a natureza nos surpreenda com a sua indómita fúria em qualquer quadrante do globo, se há data em que nenhuma ruptura social ou política acontece, se há tempos mais conservadores e inócuos, esses são os da passagem de ano.
Julgo que 2011 trará um saudável paradigma à democracia portuguesa: num ano que provavelmente acarretará além de austeridade, eleições e muita luta política, pela primeira vez em muito tempo as lideranças partidárias não poderão prometer abastança e mordomias, cimento e alcatrão aos eleitores: acabou-se o dinheiro fácil. Terão que se inspirar no fundo do baú das suas utopias, boas razões, uma bandeira, à qual os portugueses adiram e adoptem mais estoicismo e determinação. Para 2011 a política herdou um pouco mais de verdade, ou não será possível?
Para todos os leitores do Corta-fitas um ano novo cheio de inspiração e garra, são os meus votos – vão fazer muita falta.
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na sua centena de heterónimos desdobrou-se em ser ...
inventa o direito de toda a gente a ir à praia à b...
> os donos não conseguem perceberPonha-se a hip...
Excelente texto.
A conclusão a tirar é que o valor de que o autor f...