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Já se sabia do pouco respeito que Carlos César tem pelo dinheiro dos contribuintes portugueses.
Permitir que a sua mulher e dois assessores estourassem mais de 27 mil euros numa viagenzita de cinco dias ao Canadá já seria digno de participação ao Ministério Público.
No final do ano passado ficámos a saber que o soba dos Açores resolveu dar um subsídio aos funcionários do governo regional, o qual, na prática, anula os cortes salariais que os restantes trabalhadores da administração pública estão a sofrer desde o início deste mês.
Agora, a criatura foi ainda mais longe, estendendo o referido subsídio aos trabalhadores das autarquias e das empresas municipais dos Açores.
Claro que o facto de as próximas eleições regionais deverem ocorrer em 2012, ou seja, já no próximo ano, é um simples pormenor…
Mas o que esta atitude revela é a mais descarada falta de solidariedade nacional, da parte de um aparachic socialista que não tem já sequer o elementar escrúpulo de ser solidário com as decisões que o seu próprio partido impôs ao País, o que revela bem como José Sócrates está a perder a autoridade junto dos seus apaniguados, para mais atentas as criticas que, em vão, fez ao demagogo açoriano.
Neste contexto, resta esperar que essas ilhas afortunadas não venham a precisar da solidariedade nacional que, por culpa de uns irresponsáveis de vistas curtas, se preparam novamente para recusar aos restantes Portugueses.
Se vierem a precisar, não tenho dúvidas de que o régulo regional virá cá ao Continente tecer loas sobre o seu portuguesismo, que agora enjeita, e a necessidade de os contribuintes, então, apoiarem uma vez mais os Açores.
Por mim, esperarei que ele antes devolva ao País o dinheiro que lhe está a roubar, desviando fundos que seguramente não têm como finalidade anular as medidas de redução da despesa pública, com o claro mas inconfessado objectivo de comprar o voto dos açorianos nas próximas eleições regionais.
Enquanto ele não se lembrar de vir pedir esmola à República, faço votos para que não apareça por cá a gozar com o zé povinho e, acima de tudo, para que o próximo Orçamento do Estado reduza as transferências para aquela região no montante dos desvios agora efectuados.
A atribuição de Maravilha a dois sítios do arquipélago não colhe surpresa alguma, a não ser a quem os não conheça pessoalmente.
Mas não nos esqueçamos de duas coisas.
Uma, é que a maioria das pessoas, por simplificação de linguagem mas também por algum menosprezo pela condição insular (em contrapartida, ela é uma das mais instigantes da humanidade, pelo desejo de partir e também pela visão da imensidade marítima circundante), se refere a Portugal unicamente como a parte continental, baldando os dois belos e admiráveis arquipélagos atlânticos — aliás, bem mais dotados e cotados que os seus correspondentes espanhóis.
Outra, é que essa integração geográfica ainda por fazer precisa também de uma outra, sempre essencial, que é a das coisas culturais. É caso para dizer que estamos a muitas milhas de distância…Nas últimas décadas, os governos regionais e as universidades locais realizaram uma obra editorial que não aparece ou aparece fugazmente em Lisboa, e nos dias que correm, uma das obras-primas de Raul Brandão, precisamente relatando uma viagem aos Açores, intitulada «As Ilhas Desconhecidas», é tão desconhecida quanto elas. Quem encontrar um exemplar à venda, é um herói...
Editores distraídos e emburrados: olhem aqui e agora, uma boa altura de reverter a situação!
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