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Na sentença imorredoira de um benfiquista mais letrado: «Isto é tudo piscicológico!» Logo o Sporting recebe os homens do Lilleput. Preparemo-nos «piscicologicamente», pois!
... passaram 25 minutos e o jogo decorre com a intensidade que Freitas Lobo não se cansa de anunciar, mas há uma certa preocupação na bancada presidencial. Não é por causa do jogo, nem da fase «de estudo» das equipas em que os nossos se mostram seguros. É por causa dos olheiros. São muitos, e quanto mais atentos mais o incómodo cresce «na estrutura»... mas GOOOOOOLO É GOOOOOOLO aos 29 minutos, é GOOOOOLO de Pote, um toque artístico de calcanhar a curto passe venenoso de Gyökeres. Martinez ajeita os ombros e contorce-se discretamente. Alguém atrás de si disse em surdina, alto bastante para que não deixasse de ouvir: «Olha ainda bem que não o usaram na selecção, ainda se cansava a marcar golos destes lá!»
Começa o carrossel no meio campo francês, de onde virá? de onde virá? HilmanImp impera no meio campo e vai servindo seguro o rodopio de matadores. Gyökeres pára a bola, roda, arranca para o lado direito, dribla um, aproxima-se da área, baliza à mercê, mas aaahhhhhh empurrado e trambolhão. As bancadas irrompem num trovão. «True, the guy`s a danger!», comenta o olheiro do United. Varandas ouviu e pensa: «Devia ser 120 milhões». Amorim põe os olhos no chão. Gyökeers corre para a bola, vai ser outro golo certo... é agora.... vaaaaaiiii.... iiiiiiiiiiiiiih falhou. «Mais vale», pensa Varandas. «Eu que não olho para não azarar, e sai-me isto», pensa Amorim.
Correu meia hora da segunda parte, os Lilliputs ameaçaram duas vezes, mas Debast, primeiro, e Israel, depois (UUi!) estava lá. Freitas Lobo já não vê equipas subidas nem descidas, elogia ainda o magnífico jogo sem bola que iludiu os franceses e abriu caminho para o golo de Pote, e está a determinar exactamente que o Sporting está em contenção quando Nuno Santos controla um passe longo e milimétrico de Diomande, avança junto à linha, flecte para dentro, e envia uma bola em arco para a molhada que se juntou na área, e há empurrões legais, e todos de olhos no ar, e reposicionamentos, e nervos e é GOOOOOLO de Pote. GOOOOOOOOOOOOOLO. Golo de pé direito, um tiro à queima-roupa, a bola nem tocou no chão. GOOOOOOOOLOOOOOOO. Sporting dóóóís - Lilliput Zéééééro. Pote dóóóís - Lilliput Zééééro.
«Mas este é que é o tal Jokers?», pergunta o jovem e inexperiente olheiro do Southampton, a quem o homem do City calara há bastante tempo com um comentário sarcástico ao ouvi-lo perguntar se ali é que era a tal «Luz cathedral».
Agora o Lillyput esmorece, e o ataque sportinguista entra naquele frenesim alimentar de quando lhe cheira a goleada. Tiro de Catamo por cima. Trincão em ziguezage, tiro, aahh o guarda-redes estava lá. Gyökeres à barra, Gyökeres à trave («Antes assim», pensa Varandas outra vez). Freitas Lobo discorre sobre jogo com e sem bola, corredores, subidas e descidas, transições de toda a ordem, e demora-se nas costas dos adversários.
«This guy... Trincau...», diz às tantas um dos ingleses. E o espanhol: «Estaba en`el equipo portugués...», e depois, esforçado:«I wóz in da nachonal tim»
«Ah...», continua o inglês, «just got to see a few minutes. Never saw him play»
«Porque no jugó... i didnot plai», remata o espanhol.
O inglês: «I wonder...»
Minuto 85. Nova substituição. Sai Gyökeres. Entra Hauer. Freitas Lobo assegura que «a formação de Alvalade está apenas a controlar, que é compreensível...» Descontos... Minuto 92... «que é compreensível que Amorim quisesse consolar Hauer com a presença numa vitória». Minuto 93. Mas eis que Santos corre pela esquerda, centra para Bragança que toca leve para espaço aberto à direira e é Hauer que vem em corrida desenfreada de trás e é GOOOOOOOOOOLO Que golaço de Hauer! GOOOOOOOOOOOLO um golo dos 35 metros, espectáculo, golo da jornada! GOOOOOOOOOOLO. É GOOOOOOOOLO. É Gooolo. Golo de Hauer. «Como dizíamos, magnífico golo do estreante Hauer», diz Lobo.
«Ora a cláusula deste para quanto há-de passar?», medita Varandas. «Que entrenador!», diz o olheiro do Real. «Got that right», diz um inglês, «What a coach!» Varandas vitrifica. «Where do theses guys get these assault cars?!», exclama o olheiro do Liverpool. Mas um membro da direcção, sentado um pouco acima para ouvir e olhar os olheiros, sente um arrepio ao ouvir o homem do Chelsea, um português emigrado, responder com uma pergunta: «O director desportivo destes gajos quem é?»
Seja como for: SPOOOOOOOOORTING TRRRRRRRRRRÉÉÉÉÉÉS - LILLYPUT ZÁÁÁÁÁÁÁÁÁRUUUUUUUUUU
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