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Ninguém sabe as razões pelas quais algumas regiões e locais foram fortemente atingidas pela epidemia e outras regiões não, havendo os que dão ênfase aos factores sociais (densidade populacional, comportamentos, grandes ajuntamentos, etc.) e os que dão ênfase aos factores que influeciam a actividade viral (factores ambientais, nomeadamente, poluição, raios ultra-violetas, características do vírus, etc.) sendo provável que todos tenham uma parte da razão, só que não sabemos qual é a parte em que cada um tem razão.
Pelas mesmas razões, ninguém sabe de onde aparecem os surtos locais (aqui, na Alemanha ou na Califórnea) e os factores que os influenciam, havendo os que acham que tudo resulta de comportamentos irresponsáveis (brandindo a sua condenação moral pela irresponsabilidade dos que fizeram uma festa em Odiáxere) e os que acham que o vírus anda por aí e, por razões que não sabemos, tem picos que tanto podem ser atribuídos a festas (estes, de maneira geral, lembram que as festas se fazem a partir de círculos sociais próximos e portanto é difícil saber se a festa é a origem do surto naquela bolha social ou se é a circulação do vírus nessa bolha social que põe os holofotes nessa festa) como serem completamente inexplicáveis, como os surtos recentes em lares (por exemplo, o surto em Reguengos não é explicável por qualquer das muitas razões apontadas para o que se passa em Lisboa).
O que sabemos, de forma absolutamente segura, é que os contágios resultam, por esta ordem, de coabitação, de contexto laboral e de contexto social.
Infelizmente a comissária política que tutela esta área não tem explicado as percentagens que cabem a cada uma das situações, mas suspeito que a esmagadora maioria dos casos estão associados à cohabitação.
Pois bem, não sabendo nós de forma clara as razões para o que se está a passar - ou seja, havendo elevada incerteza na caracterização do problema - sabemos de certeza que a principal origem de novos casos está na coabitação (que não se resume a famílias nucleares, inclui lares, albergues, dormitórios de trabalhadores deslocados, etc.).
A resposta em que, de acordo com o Público, o governo está a pensar?
Voltar ao dever de recolhimento domiciliário.
Devo dizer que quando a DGS manda instruções para a noite de São João na manhã do dia 24de Junho, ou quando a senhora directora geral explica as excepções de distanciamento na aviação com o facto das pessoas viajarem a olhar para a frente, isso não me preocupa excessivamente e tem a virtude de me fazer rir.
Já quando, ao fim destes dias todos de exposição diária, nunca houve a assunção de responsabilidades do que quer que tenha corrido mal - fiquei especialmente incomodado, quando surgiram os primeiros problemas em lares, ao ouvir a senhora directora geral fugir de quaisquer responsabilidades referindo o facto das entidades gestoras dos lares não cumprirem os planos de contingência -, aí sim, fico preocupado: somos governados por responsáveis que ignoram que quando se perde uma guerra, a responsabilidade nunca é dos soldados, é sempre dos generais.
E generais que responsabilizam os soldados pelas derrotas são generais extraordinariamente perigosos, não para os seus inimigos, mas para os homens que os seguem, porque não só não aprendem com as derrotas, como tendem a procurar as soluções que garantam que salvam a sua pele e estatuto em vez de procurarem soluções que salvem o máximo possível dos seus homens, mantendo os objectivos que justificam a guerra.
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