Sol na eira, chuva no nabal

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Sol na eira, chuva no nabal

por henrique pereira dos santos, em 13.12.22

Todos nós compreendemos facilmente o "Sol na eira e chuva no nabal", mesmo que não estejamos treinados em ter de gerir a necessidade de secar e debulhar a colheita dos cereais e ao mesmo tempo pôr o nabal na terra, actividades que coincidem no tempo, dando origem à necessidade do Sol para secar e debulhar e à da chuva para desenvolver o nabal.

Mas apenas um partido tomou como seu programa político essencial a reivindicação permanente de Sol na eira e chuva no nabal.

É o partido que no Verão é contra as barragens porque a água se evapora, mas no Inverno defende uma cidade esponja, assente em bacias de retenção da água da chuva, o inigualável Bloco de Esquerda.

Para mim, para quem a política consiste em encontrar soluções para secar e debulhar os cereais quando chove, ou viabilizar o nabal quando falta a chuva, o Bloco estará sempre, sempre no meu coração: sempre tive um enorme respeito por quem faz o que sei que nunca seria capaz de fazer.

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9 comentários

De balio a 13.12.2022 às 15:13

apenas um partido tomou como seu programa político essencial a reivindicação permanente de Sol na eira e chuva no nabal

Tem graça, eu diria que esse partido é o Chega.

Concordo que o Bloco também é assim, mas não me parece que seja o único.

De Anonimo a 13.12.2022 às 16:24

O Bloco de Esquerda a comentar este (e noutros) assunto é o mesmo que eu dissertar sobre jogos da Selecção no Mundial. Dá para umas longas conversas no café, mas no fundo é evidente que não percebo um &%$&% do que se passa.

De Anonimo a 13.12.2022 às 16:27

o que é que uma pessoa com este perfil percebe de florestas, água, ambiente ou território?

Habilitações literárias

Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas

Mestrado em Linguística

Frequência de Doutoramento em Didáctica das Línguas

Profissão

actriz

Para levar a sério actrizes a opinar espero pelos discursos de aceitação nos óscares

De Luis a 13.12.2022 às 17:54

O que mais incrível é ainda haver quem vote num partido de alucinados como este...

De O apartidário a 14.12.2022 às 10:58

Será porque há muitos alucinados?

De Anónimo a 13.12.2022 às 20:08

Não é um Partido , é um/a " franchising"
JSP

De entulho a 14.12.2022 às 09:23

ontem na sic pelas 22h vi-o nos últimos segundos.
devia ter estado a pregar no deserto.
desconhecia que ainda existe be.

De uidade e a 14.12.2022 às 09:59

HPS, apesar dos seus textos pertinentes a propósito do que deviam ser as boas práticas políticas de uma boa governação _ que "consiste em encontrar soluções" equilibradas e adequadas às situações _, não vale a pena chover no molhado. De qualquer forma acho louvável a sua persistência.

Já reparou que toda e qualquer diligência, zelo, dedicação que se tente em prole do bem público, buscando as melhores soluções, são em vão?
Ouvem-se e lêem-se opiniões sábias, especializadas, baseadas no conhecimento e na experiência e fica-se com a sensação amarga de que todas elas esbarram contra uma parede e são ostensivamente ignoradas...por uns obtusos que _dizem _ nos governam!!!

E nem de propósito, o Henrique Neto escreve hoje um texto onde talvez se reveja:

«Talvez seja útil que a esmagadora maioria dos portugueses se habitue à realidade de que não tem nenhuma forma de influenciar a governação do País e de que as suas opiniões, por mais credíveis e fundamentadas que sejam, não servem para grande coisa. Sendo certo que aqueles que não desistem de estudar os problemas do País e de tentar fazer ouvir a sua voz, não terão qualquer sucesso. É aquilo a que tenho chamado trabalhar para a história, na medida em apenas passados muitos anos esses portugueses, se ainda vivos, podem obter a satisfação de terem estado certos, ainda que com pouco reconhecimento público.»

https://observador.pt/opiniao/os-silencios-da-universidade-portuguesa/