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Simples

por henrique pereira dos santos, em 30.04.21

Proibir o consumo de alcool na via pública, e a sua venda depois das oito da noite, é puro abuso, não tem a menor justificação sanitária.

Obrigar os cinemas, teatros e restaurantes a fechar às dez e meia da noite é puro abuso, não tem a menor justificação sanitária.

Impor o fecho de centros comerciais às sete da tarde é puro abuso, não tem a menor justificação sanitária.

Proibir a presença de público em bancandas ao ar livre é puro abuso, não tem a menor justificação sanitária.

Insistir que é obrigatório o uso de máscara ao ar livre é puro abuso, não tem a menor justificação sanitária.

Interpretar a norma abusiva que determina a obrigatoriedade de máscara ao ar livre - que é apenas aplicável nas circunstâncias em que é impossível manter o distanciamento recomendado pela DGS, isto é, menos de dois metros durante mais de quinze minutos - de forma ainda mais abusiva, é puro abuso, não tem a menor justificação sanitária.

Aparentemente a generalidade da sociedade, a começar pela imprensa e acabar nos partidos, incluindo os mais liberais e atentos aos abusos do Estado, não quer saber dos abusos do Estado.

Esse sim, é um problema social muito grave, bem mais grave que o de uma doença altamente contagiosa, que em circunstâncias especialmente favoráveis pode aumentar bruscamente a mortalidade execessiva durante algum tempo, em mais de dois terços dos casos antecipando umas semanas a morte de pessoas especialmente fragilizadas e com uma esperança de vida bem menor que um ano.

No nosso caso, a sensibilidade aos abusos do Estado é bastante baixa, por isso elegemos Sócrates, por isso continuamos a eleger o seu braço direito e por isso a nossa imprensa insiste em repetir que é obrigatório o que não é, porque acha que a sua função é condicionar as pessoas comuns em vez de escrutinar o poder para limitar o seu uso abusivo.

É a vida, as coisas são o que são e, de maneira geral, até são muito mais simples do que parecem.

 


9 comentários

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De Rui a 30.04.2021 às 10:09

Viva. Sobre a regra dos 2 metros + 15 minutos + ar livre, onde se pode encontrar essa informação de fonte oficial? Talvez por falta de jeito, não consegui encontrar. Bem-haja.
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De Anónimo a 30.04.2021 às 10:26

Mas desde quando as decisões dos nossos decisores têm alguma justificação sanitária, a não ser o pânico de perderem votos?
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De balio a 30.04.2021 às 12:13


Proibir o consumo de alcool na via pública, e a sua venda depois das oito da noite, é puro abuso, não tem a menor justificação sanitária.



Talvez não. Mas pode ter muitas outras boas justificações, incluindo o sossego dos habitantes (os bebedores muitas vezes estão em grupo e a falarem em voz bem alta - conheço quem tenha mudado de casa por causa de episódios recorrentes deste tipo) e a limpeza das ruas (os bebedores costumam deixar as garrafas de álcool espalhadas pelas ruas - eu próprio já encontrei centenas de garrafas de cerveja vazias ao longo das ruas que percorro).


Eu vivi na Pensilvânia (naquele país livre que os EUA se gabam de ser), e lá era proibido, não somente consumir álcool na via pública, mas também ter à vista uma garrafa de álcool, mesmo que rolhada, quando se estava na via pública. Uma pessoa que comprasse uma garrafa de cerveja ou vinho era obrigada, por lei, a transportá-la para casa dentro de um saco.
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De Anónimo a 30.04.2021 às 12:52

Não lhes admito que me tratem como um miúdo. Há muito que deixei de lhes dar atenção. Faço a minha vida normal, desobedeço sempre que posso (evito tretas com polícias) e... bola para a frente.
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De The Mole a 30.04.2021 às 15:25


Nem mais. Por uma questão "sanitária", há mais de 1 ano que ando a fazer isso...
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De Anónimo a 30.04.2021 às 13:43

finalmente descobriram o 'cerco nos sanitários'
« tarde piaste bacalhau de lata!
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De Anónimo a 30.04.2021 às 14:12

A nossa crónica insensibilidade aos abusos do Estado tem nome: iliteracia e analfabetismo funcional.
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De The Mole a 30.04.2021 às 15:28

É mais grave que isso: é falta de cultura (em sentido lato) e de qualquer conhecimento histórico. É o que dá viver com uma (des)educação e anti-cultura comunista e há 47 anos...
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De Anónimo a 30.04.2021 às 21:51

"Proibir o consumo de alcool na via pública, e a sua venda depois das oito da noite, é puro abuso, não tem a menor justificação sanitária."



Aflige-me imenso ver toda uma juventude que, para confraternizar com amigos ou conhecidos, tenha de estar permanentemente a beber álcool e muito mais me aflige assistir a esse fenómeno na via  via pública.
Liberdade é uma coisa; abusar dela é outra coisa muito diferente.
Não me parece uma grande conquista civilizacional esta de as pessoas se alcoolizarem por tudo e por nada.
Por este caminho breve chegará o tempo do consumo público e indiscriminado de drogas psico-activas à vista de quem passa na via pública.
A sociedade está, por estas vias, num caminho de degradação intolerável que a conduzirá a um caos difícil de imaginar e evitar.
Quem não tem filhos nem netos nem consciência do futuro, talvez possa tolerar estes desmandos; mas quem tenha descendência, penso que não gostaria de a imaginar, um dia mais tarde, na fossa do vício e da degradação moral. 
Inúmeros relatos descrevem o que foi a introdução massiva de ópio na China feita pelos ingleses. Seria bom que quem defende o consumo de álcool na via pública, se informasse desse que foi um autêntico flagelo na China.
Lisboa, em meia dúzia de anos passou a ser uma taberna a céu aberto. Esplanadas e mais esplanadas por todo o lado e nem já os cemitérios ficam a salvo dos convívios bem regados. Recordo aqui a jantarada no Panteão Nacional...
Dizia-se que no tempo de Salazar, beber vinho era dar de comer a um milhão de portugueses; hoje, nem isso pois a cerveja dá milhões mas aos estrangeiros que dominam a sua fabricação e comercialização. 
O 25 de Abril abriu a porta ao vício generalizado e ao desrespeito por tudo e por todos. A meu ver estamos muito piores enquanto sociedade quase duas gerações depois.
Penso que as três instituições basilares nacionais, falharam muito, após tal data: 
- A Igreja acobardou-se; não bate o pé e, aqui e ali, já dá muito maus exemplos.
- A Escola oficial porque ensina pouco e mal.
- A Instituição Militar, ao acabar com o Serviço Militar obrigatório, também deu um grande contributo para a indisciplina e desrespeito social dos jovens de hoje porque era uma grande escola de homens.
Portanto, não estamos melhor. 

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