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Serviço militar obrigatório

por henrique pereira dos santos, em 02.04.24

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Fiquei estupefacto com os argumentos invocados pela Iniciativa Liberal para ser contra o serviço militar obrigatório, que aliás acabam numa imagem ainda mais indigente, do ponto de vista intelectual.

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Comecemos pelo princípio de tudo: as forças armadas não existem para defender o Estado, existem para defender os cidadãos, a política de defesa não é de defesa do Estado, é de defesa da comunidade e das pessoas.

Que liberais sejam incapazes de perceber esta diferença fundamental, considerando que o serviço militar obrigatório é um serviço ao Estado, deixa-me estupefacto.

Só isso explica que acabem num cartaz completamente idiota que implicitamente defende que os liberais são contra os impostos, porque são obrigatórios, que são contra o ensino obrigatório, contra a vacinação obrigatória (já agora, para que não haja confusões, em Portugal as vacinas nem são obrigatórias, qualquer pessoa pode recusá-las, assumindo as responsabilidades por isso, evidentemente, mas a discussão sobre a obrigatoriedade da vacinação não pode ser na base do "se é obrigatório, sou contra"), contra a obrigação dos pais cuidarem dos filhos, contra a criminalização do abandono de velhos ou de vítimas de um acidente, etc., etc., etc..

Há já muito tempo que venho defendendo que há muitas virtudes no serviço militar obrigatório, não pelas razões que agora têm estado a ser invocadas pelos responsáveis militares (a falta de efectivos), mas por razões de coesão social e de reforço do sentimento de comunidade, obrigando pobres e ricos (e todas as outras dicotomias que se queiram inventar) a conviver como iguais durante algum tempo, coisa que vai sendo cada vez mais difícil de assegurar e que, do meu ponto de vista, favorece as clivagens sociais e fecho em bolhas sociais que não comunicam entre si (há um ano, aqui no Corta-fitas, por exemplo, escrevi este parágrafo "Os contactos decorrem do meio social em que se vive, sendo relativamente difícil romper esse círculo de relações (diga-se que esta é a principal razão que me fez mudar de opinião sobre o serviço militar obrigatório, passando eu a ser a favor dessa opção exactamente porque ela obriga a que gente vinda de todo o lado seja obrigada a conviver no mesmo sítio e circunstâncias durante tempo suficiente para conseguir ver o mundo para lá da sua bolha social).").

Que esta seja uma matéria a discutir, com certeza, que se diga que a questão da falta de efectivos não deve ser o motor para voltar ao serviço militar obrigatório, com certeza, que há vantagens e desvantagens em qualquer das soluções, com certeza (talvez seja a altura de lembrar a posição de grande parte da esquerda clássica, quando era contra um exército de voluntários por ter medo da manipulação que o poder poderia fazer a partir de um exército de mercenários e não de cidadãos), mas que se usem os argumentos intelectualmente indigentes e demagógicos da Iniciativa Liberal, invocando a ética a despropósito, isso deixa-me mal disposto para o dia todo.


30 comentários

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De Anonimo a 02.04.2024 às 09:48


A Defesa Nacional, tal como saúde, educação e habitação (bem como restauração e panificação), deve ser entregue ao sector privado. O mercado irá regular consoante as necessidades de cada um.


O argumento, se é obrigatório somos contra, também se devia aplicar ao pagamento de impostos. Ou ao limite de velocidade nas estradas. E às vacinações. Em alguns países, neste último caso, já se sente a verdadeira onda liberal, com bons resultados na saúde pública.
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De Anónimo a 02.04.2024 às 10:14

As razões pelas quais defende o SMO são precisamente aquelas que os chefes militares também defendem. Não é para colmatar o problema de falta de efetivos. O SMO não serviria para isso. Quando muito, no aspeto bastante limitado, mantendo tudo o resto igual, de eventualmente potenciar o ingresso depois das pessoas conhecerem melhor a organização.
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De henrique pereira dos santos a 02.04.2024 às 10:23

Não é isso que tenho percebido do que tenho lido, mas talvez eu esteja a perceber mal
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De balio a 02.04.2024 às 10:39


grande parte da esquerda clássica [...] era contra um exército de voluntários por ter medo da manipulação que o poder poderia fazer a partir de um exército de mercenários e não de cidadãos



Era a posição defendida por Noam Chomsky (um anarquista, portanto uma pessoa de uma esquerda muito clássica), o qual fez notar que os Estados Unidos perderam a guerra do Vietname em gramde parte por a terem feito com um exército de serviço militar obrigatório, ou seja, um exército de cidadãos oriundos de todas as classes sociais e que estavam ali por obrigação.
Ainda hoje o Partido Comunista Português é, pelo menos em princípio, favorável ao Serviço Militar Obrigatório.
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De lucklucky a 02.04.2024 às 12:14

O Noam Chomski era favorável a um exército de voluntários?
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De marina a 02.04.2024 às 11:15

sim ao serviço militar obrigatório  !
em todas as culturas e desde tempos imemoriais  os meninos são sujeitos a rituais difíceis de passagem à vida adulta , para largarem a mamã e se fazerem homenzinhos. e quanto mais cedo melhor , aos 17 , 18 anos , para a progenitora não ter tempo de  os estragar de todo.
parte dos problemas que temos no ocidente derivam de  aí, de homens  amolecidos , que nem um murro sabem dar ou fazer a cama. ou andar no mato.
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De Anonimo a 02.04.2024 às 11:34

Homens é com H grande, certo? Igualdade.
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De marina a 02.04.2024 às 12:30

sim, obviamente , igualdade em respeito  e em direitos , que ,  pelo menos eu , não sou igual a um Homem e nem quero ser     é muito difícil ser Homem.
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De Anonimo a 02.04.2024 às 12:40


igualdade de direitos mas não de deveres. Percebido.
Mulher também deve saber dar murros e andar no mato. Fazer a cama, ainda se dá de barato.
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De marina a 02.04.2024 às 13:56

ok , quando aprenderem a fazer a espargata  e derem  de mamar , a gente aprende a dar murros 
a cada um consoante as suas possibilidades...a força  e resistência física não são equivalentes.
há uma solução : separem as guerras por sexos e géneros ... numa combatem mulheres género feminino e homens género feminino , na outra homens género masculino e mulheres género masculino.  guerras muito modernas.
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De Elvimonte a 02.04.2024 às 22:40

Eu sou mais radical: guerra limitada a presidentes, deputados e ministros, de ambos os lados em confronto. Se as elites políticas dirigentes são os nossos representantes, pois que nos representem também nas guerras em vez de mandarem terceiros para a carnificina.


Se as guerras, verdadeiros desperdícios materiais e humanos, não acabassem de imediato, por certo se transformariam em guerras de paint ball.  


É claro que aqueles que lucram com elas - fabricantes de armamento, entre outros - nunca permitirão que algo semelhante venha alguma vez a acontecer.


Quanto à sua sugestão "numa combatem mulheres género feminino e homens género feminino , na outra homens género masculino e mulheres género masculino", devo dizer que os "homens género feminino", como já acontece nalguns desportos no Canadá e nos EUA, ganham quase sempre às mulheres, independentemente do género. Estou-me a recordar de casos na natação e no halterofilismo e da onda de protestos que isso tem gerado, e bem, por parte das praticantes verdadeiramente femininas.


https://edition.cnn.com/2024/01/26/us/lia-thomas-world-aquatics-transgender-athletes-swimming/index.html

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De lucklucky a 03.04.2024 às 18:47

"É claro que aqueles que lucram com elas - fabricantes de armamento, entre outros - nunca permitirão que algo semelhante venha alguma vez a acontecer."



Continua o ódio a quem defende o Ocidente. Não há industria no mundo que tenha mais variação no orçamento. . Por exemplo a guerra no Iraque moveu biliões de dólares para os soldados e seus equipamento em boa parte p pequenas empresas ao contrário de biliões em equipamento de grandes empresas.
Mas não é surpreendente a ignorância generalizada das pessoas atendendo à monocultura jornalista.
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De C.V. a 02.04.2024 às 12:31

Também concordo, os homens para a tropa e as mulheres para a cozinha. Cada macaco no seu galho.
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De balio a 02.04.2024 às 14:49


parte dos problemas que temos no ocidente derivam de  aí, de homens  amolecidos


Eu diria que um dos problemas que temos no Ocidente - a natalidade excessivamente baixa - pode realmente derivar de uma parte dos homens estar muito amolecida.
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De Elsa Clemente a 02.04.2024 às 15:53

Queixinhas.
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De Anonimo a 02.04.2024 às 17:54

Eu não me importo de fazer filhos.
Se houver um serviço prenatal obrigatório,  apresento-me desde já para combater na linha da frente. Não peçam é para oscriar.
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De Elvimonte a 02.04.2024 às 22:46

Acho que é mais isto:


“Hard times create strong men, strong men create good times, good times create weak men, and weak men create hard times.”  (G. Michael Hopf)
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De Anónimo a 02.04.2024 às 11:20

Quando o que nos norteia , o valor supremo, é a Mercearia"...o resultado é este.
Juromenha
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De anónimo a 02.04.2024 às 13:16


Muito bem. Afinal que gentinha é aquela na "Iniciativa"...?. Ficamos a saber.

Sendo que esse é o tema do post, no entanto e quanto ao serviço militar aproveitaria para mencionar o seguinte: uma vez que o País é membro da NATO será sempre essa organização a orientar o papel a desempenhar militarmente, a "big picture". Uma aliança militar é isso.

Portugal só por si, sem NATO, hoje em dia seria um País militarmente organizado "na defensiva" (léxico do futebol) como a Suiça ou Israel, em que todos (M/F) os cidadãos em idade militar, teriam alguma formação militar de esse cariz. Como se afirma no post, até existem vastas vantagens de caracter cívico. 
Mas mesmo com NATO não se perdia nada em organizar aquele tipo de defesa territorial "obrigatório". Preparava-se a tempo um  sempre possível "salve-se quem poder"....
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De balio a 02.04.2024 às 14:51


um País militarmente organizado "na defensiva" como a Suiça ou Israel


Israel está militarmente organizado na defensiva?! Não parece...
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De lucklucky a 02.04.2024 às 16:10

Sim está. É o Irão que tem atacado Israel. E não só, também navios mercantes de todos no Mar Vermelho, oposição politica Iraniana na Europa e outros lugares.
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De anónimo a 02.04.2024 às 16:18

Na componente interna, sim. Entretanto "a melhor defesa é o ataque", dizem. Afinal quem atraveçou a fronteira e matou foram os ingénuos gazeanos conduzidos por líderes que elegeram. Já tiveram tempo para se arrepender e render. Senão, não se queixem.
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De lucklucky a 03.04.2024 às 18:31

Não só atravessaram a fronteira. Na 1º semana dispararam mais de 5000 rockets contra Israel.
Claro que uns mais de 500 desses caíram em Gaza mas tal é censurado pelos jornalistas...
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De Anónimo a 02.04.2024 às 14:52

aguiar-branco faz lei ilegal para promover sargentos a oficiais em 6 meses sem fazerem 4 anos na academia militar ou 6 anos de medicina: https://www.dn.pt/portugal/aguiarbranco-mantem-prazo-para-promover-enfermeiros-ao-oficialato-4871739.html/  


e os portugueses a pagar
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De marina a 02.04.2024 às 17:03

e a tropa , para além do que o Henrique diz , do contacto com a diversidade social , é  importante no que toca a fazer amizades entre homens. arranjam camaradas para a vida.  e nem sempre os homens têm facilidade em  estabelecer relações de amizade fortes entre eles.  é uma função latente importante ,  para além da defesa dos cidadãos.  e desarmar uma sociedade pode ter consequências graves no futuro. 
é isso e  quererem proibir caçar e coisas assim , não se faz.  dar por garantido a comidinha no super não é boa ideia. mais agora que falam em nuclear e patati patata.
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De Elvimonte a 02.04.2024 às 23:47

Concordo com um serviço militar/cívico obrigatório. Desde que seja para todos e não haja excepções.


Nunca me conformei com o facto de ter cumprido serviço militar, iniciado aos 27 anos, em virtude de ter bons testes psicotécnicos, tendo outros meus colegas gozado a vida e progredido profissionalmente entretanto. Mas o meu caso nem era dos piores: no meu pelotão de recruta, tudo gente descriada e mais do que descriada, o mais velho tinha 42 anos.


A opção entre serviço militar e serviço cívico faz todo o sentido, para além da existência de objectores de consciência, com todo o direito a sê-lo. Há muitas matas para limpar, há muitos fogos para apagar, há náufragos a precisarem de socorro, há serviços das administrações central e autárquica a precisarem de reforços, etc.. As pessoas, homens e mulheres, devem ter toda a liberdade na escolha do serviço a prestar. Mas todos devem prestá-lo. As baterias de testes psicotécnicos apenas devem servir para indicar a especialidade para a qual têm maior aptidão, dentro do serviço escolhido.
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De Ricardo a 03.04.2024 às 08:56

Concordo, obviamente que sim.
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De separatista-50-50 a 03.04.2024 às 14:56


SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO
.
.
Nativos, não-nativos naturalizados e mercenários:
-> a BlackRock (e etc) precisa de carne para canhão para os seus negócios no caos: vide Ucrânia.
.
Já está prevista uma substituição populacional:
- «Se necesita capital humano para reconstruir el país y para la inversión, ¿quién va a abrir una nueva empresa o un nuevo banco en un país con tan poca población?", observó.
Cualquier gobierno de posguerra tendrá que abrir de par en par sus fronteras para que entren nuevos inmigrantes si quiere que el país se recupere, afirmó.
Políticamente, Ucrania tiene que estar dispuesta a aceptar esta realidad y ser muy inteligente en su política migratoria. Tendremos que atraer a muchos emigrantes de otros países».
---> Os ucranianos lutam pela salvaguarda daquilo que venderam ('ao preço da banana') à BlackRock (e etc).
.
.
Ucranianos: UM POVO QUE SE VENDEU DUMA FORMA ABSOLUTAMENTE MISERÁVEL:
- os ucranianos NÃO SÓ (a quando do fim da ditadura dos sovietes) não falaram na devolução das regiões russófonas que a ditadura dos sovietes haviam integrado na Ucrânia... COMO TAMBÉM (ainda por cima)... ambicionaram fazer uma limpeza étnica de russófonos (no estilo Faixa de Gaza)!!!
--->>> Financiados pelos (a soldo dos) ocidentais mainstream os ucranianos  bombardearam, massacraram, queimaram vivos (Odessa 2 de maio de 2014) russófonos das regiões que a ditadura dos sovietes haviam integrado na Ucrânia.
--->>> Mais; Fevereiro 2022: o Donbass estava sendo alvo de um intenso bombardeamento, e 120 mil soldados ucranianos junto ao Donbass:
- sim: estava na forja uma limpeza étnica do tipo Faixa de Gaza.
E... o ocidente mainstream a assobiar para o lado!...
E MAIS: não só assobiou para o lado, como também, o ocidente mainstream andou a pavonear-se/vangloriar-se de esperteza Sun Tsu!?!?!?!?!
{«os acordos de paz Minsk1 e Minsk2 foram um golpe de esperteza Sun Tsu que enganou os parvos dos russos»}
.
.
.
P.S.
Nove, em cada dez, dos mais variados analistas ocidentais garantiam:
- «é muito provável que a Rússia vá socorrer os russófonos
...e...
armas da NATO na Ucrânia, juntamente com sanções económicas à Russia,
...e... 
a Russia seria conduzida ao caos: tal seria uma oportunidade de ouro: iria proporcionar um saque de riquezas da Russia muito muito superior ao saque de riquezas que ocorreu no 'caos-Ieltsin' na década de 1990».

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