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A questão que deixa livre o terreno para o crescimento do BE aqui referido por José Manuel Fernandes é que ela deixou de ser a economia - esse assalto fica adiado para futuras núpcias, se a coisa se proporcionar. O BE socialdemocratalizou-se (o modelo económico obrigatório em Portugal) e cavalga, entranhado com outros "progressistas" nas redacções dos media de massas (Obesrvador incluído), a batalha cultural. Desse modo, sem pudor, estabelecem os parâmetros do que é um discurso politicamente aceitável - veja-se a forma "activista" como as televisões abordam o Brexit, os migrantes, ou, nos últimos dias relacionam os assassinatos em massa nos EUA com o discurso (!) de Trump. Sem contraditório nem lugar à complexidade, pura propaganda, um proselitismo tão descarado que enjoa. Não vos quero estragar as férias, mas abram os olhos: eles são muitos, e o mais grave é que, no recreio do regime de que se sustentam, eles são os donos da bola. Nós só jogamos quando eles querem e na posição que lhes apetece. Para não estorvarmos deixam-nos ir à baliza, já não e mau - sem demérito para os bons guarda-redes, que são o último reduto e às vezes fazem milagres.
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