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Sem grandes esperanças

por henrique pereira dos santos, em 20.09.22

Um indigente artigo de um diplomata e escritor (assim se apresenta), e antigo Ministro da Cultura (assim o apresento eu), acaba com o seguinte parágrafo: "E pensar que, segundo o economista Nuno Palma, da Universidade de Manchester, esses anos constituíram o período mais glorioso do crescimento económico de Portugal nos últimos anos...".

É uma boa introdução para o que vou repetir, mais uma vez.

"Desde logo, acaba, não imediatamente, com as Escolas do Magistério Primário, porque as considerava o alfobre do republicanismo. Estavam, segundo ele, cheias de professores e professoras republicanos. Portanto, há aí um projeto totalizante e isso faz de tal maneira mal à educação que, nos anos 50, não há sequer professores da escola primária porque há uma destruição da sua formação a partir dos anos 30.", diz Irene Pimentel numa entrevista.

Que o primeiro acabe um artigo vagamente poético sobre as suas memórias, com um parágrafo que mais que ser verdadeiro, se quer que assinale a virtude do autor, aproveitando para distorcer o que diz Nuno Palma introduzindo ali um "glorioso", onde Nuno Palma se limita a confirmar o que é do mais alargado consenso na historiografia económica do país (que o período de maior crescimento e convergência do país dos últimos 200 anos se situa entre a adesão à EFTA e o primeiro choque petrolífero), enfim, é o que é.

Que a segunda aproveite a sua aura de historiadora para contrabandear ideias políticas, distorcendo a realidade histórica, isso é outra coisa.

Que o Estado Novo - já agora, antes dele, a ditadura militar, que também suspendeu as escolas do magistério primário, embora só por quatro meses - entendesse que era preciso liquidar a influência republicana no ensino primário e, por isso, tenha fechado as inscrições nas escolas do magistário primário, é do domínio dos factos conhecidos e das interpretações razoáveis.

A razão invocada pelo regime - o excesso de professores para o serviço que havia - é desmentida pelo próprio regime quando, quatro ou cinco anos depois, resolve publicar legislação de emergência para resolver a falta de professores com que estava confrontado, sendo por isso razoável pensar que o regime terá querido reduzir a influência política do republicanismo no ensino primário.

Da mesma forma que o regime republicano entendia o ensino primário como um instrumento poderoso de inculturação (acho que foi ao artigo de Paulo Guinote sobre os regentes escolares que fui buscar esta ideia e palavra, adequada para o que está em causa), o Estado Novo entendia que era na escola, ideologicamente formatada, que estava uma das maneiras mais eficazes para assegurar o apoio social ao regime.

Como Nuno Palma e Jaime Reis enfatizam no seu artigo "Can autocracy promote literacy? Evidence from a cultural alignment success story", será em grande parte porque os republicanos pretendiam mudar mentalidades criando uma escola que manifestamente se opunha ao consenso social, onde o Estado Novo pretendia reforçar os sentimentos sociais prevalecentes entre as pessoas comuns, que o Estado Novo teve muito mais sucesso na mobilização das famílias para que mandassem os seus filhos à escola, sem correrem o risco de virem de lá os rapazes como maus cristãos e as filhas umas perdidas (uma tia-avó minha, professora primária numa aldeia, e considerada uma fera sem coração, justificava a sua férrea disciplina com o facto de ter de ensinar o programa todo até Março, que depois entravam as regas e as sachas do milho e os miúdos desapareciam todos da escola).

Não é pois a ideia de que o ataque que o Estado novo fez às escolas do magistério primário era, em primeiro lugar, um ataque que visava o controlo ideológico do que se passava na sala de aula, que me incomoda no que diz Irene Pimentel.

O que me incomoda, sendo ela historiadora e especialista neste período da história, é que diga uma barbaridade como esta: " isso faz de tal maneira mal à educação que, nos anos 50, não há sequer professores da escola primária porque há uma destruição da sua formação a partir dos anos 30".

E incomoda-me porque é uma rotunda mentira e não há maneira de Irene Pimentel não saber que está a mentir, provavelmente por cegueira política.

Tirando os tais quatro meses da ditadura nacional em que estas escolas estiveram fechadas, há um período entre 1936 e 1942 em que as inscrições nestas escolas não existem, o mesmo é dizer que as escolas estão fechadas.

Mas, ao contrário do que diz Irene Pimentel, isso não se traduz numa escassez de professores nos anos 50, porque o regime fez duas coisas essenciais para o que veio a ser o desbloqueio da escolarização generalizada das crianças, coisa que nunca tinha sido conseguida.

Por um lado, em 1940, lança mão de um modelo excepcional de contratação de professores, que diminui a exigência para o exercício da profissão, é certo, que diminui os custos para o Estado porque os regentes escolares não ganham o mesmo que os professores, é certo, garante o controlo político dos escolhidos, é certo, mas que permite a contratação de mais de mil "professores", grande parte dos quais em regiões do país em que não havia escolas, isto é, garantindo uma maior capilaridade no ensino do básico: ler, escrever e contar.

E logo em 1942 reabre o ensino do magistério primário, reduzindo a formação de três para dois anos, o último semestre dos quais já leccionando debaixo da supervisão de um professor.

Do sistema anterior, que vai permanecer como provisório muitos anos, é verdade, mas crescentemente mais exigente (ver Paulo Guinote "O Lugar da(o)s Regentes Escolares na Política Educativa do Estado Novo: Uma Proposta de Releitura (anos 30–anos 50, que beneficia muito da tese de Ana Paula Rias, que não li por não a encontrar na internet, embora tenha lido, com proveito, "O ensino em discurso feminino, o caso singular das regentes escolares", que esse sim, se encontra facilmente na net), retêm-se os exames de admissão e de Estado, que garantem uma exigência mínima - e crescente - para o provimento dos lugares.

É impossível que Irene Pimentel, que sabe que as matrículas foram suspensas em 1936, não saiba que foram reabertas em 1942 e que o número de professores e de regentes escolares, nos anos 50, era muito maior que nos anos 30 e que a eventual escassez não se devesse ao facto de, finalmente, o país ter quase todas as suas crianças em idade escolar onde deviam estar: na escola.

Como muito bem diz Paulo Guinote, "Muitos investigadores e autores tendem a aceitar muito rápida e acriticamente o valor retórico, facial, do discurso legislativo como a realidade efectiva das coisas, quando sabemos que existem importantes desfasamentos entre o que é postulado no aparato legislativo e o que é depois levado à prática, num processo em que os diplomas originais vão sendo adaptados progressivamente, à medida que as circunstâncias concretas exigem que a vontade política ceda, em maior ou menor escala, perante a realidade."

A questão central é que não são só "os investigadores e autores" que têm uma marcada preferência pelo discurso, em detrimento da avaliação da acção: esse é um traço distintivo da nossa sociedade.

Um bom exemplo é uma recente troca de argumentos entre Alexandra Leitão e Carlos Guimarães Pinto sobre cortes: Alexandra Leitão diz que há uma diferença muito grande entre ganhar 1000 e passar a ganhar 950, isso é um corte, ou haver inflação, não havendo corte, e Carlos Guimarães Pinto contra-argumenta que a diferença é meramente estética: uma inflação de 10% põe os 1000 a valer 900, portanto um aumento nominal de 5% é, em termos reais, um corte semelhante ao descrito por Alexandra Leitão, num cenário sem inflação (não me macem com os 10% ou 5% não darem exactamente os números redondos que citei, para o caso é igual e escusam de fazer a demonstração de como o acessório dito é mais importante que o essencial feito, para muita gente).

Vai demorar muito tempo até que os historiadores (e o resto das elites) que dão mais importância à sua sinalização de virtude anti-fascista saiam da frente e deixem de travar o aumento do conhecimento da realidade que, por não ser preto e branco, às vezes não cabe nos seus preconceitos.

Como a estafada mentira de que analfabetismo e a pobreza são resultados voluntários e prosseguidos politicamente pelo regime salazarista, com êxito, como forma de controlo social.


16 comentários

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De entulho a 20.09.2022 às 16:54

nasci em 31 e em 37 entramos obrigatoriamente para a 1ª classe numa escola nova salazarista com água canalizada, sanitários e campo de desportos, depois de vacinados contra a varíola.
era uma aldeia pobre do Alto Alentejo.
15 anos mais velhos licenciaram-se 4 e em 1957 foram 5. havia 2 escolas para raparigas. todas elas com professores.
tudo se desmoronou em 75 com o fim do mundo rural iniciado em 1950.
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De pitosga a 20.09.2022 às 17:38


Estimado Pereira dos Santos, fez-me recordar Dante *.
Estamos, na realidade, no inferno.



E, para aliviar, lembrei-me daquela em que uma alma condenada vê na TV uma reportagem do inferno: paisagem linda, mulheres lindas, etc... Chega, vê todo o oposto, e queixa-se. O capeto diz-lhe "esteve e ver um dos nossos anúncios".



* Abandoneis toda a esperança, vós que entrais o inferno. A Divina Comédia, Inferno, Canto III
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De rafael a 20.09.2022 às 17:53

Belo artigo!
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De Anónimo a 20.09.2022 às 18:29

Gente abjecta, "intelectualmente"...mas não só...
JSP..
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De Anónimo a 20.09.2022 às 20:40

e desonesta.
AF.
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De Anónimo a 20.09.2022 às 19:29

Modestamemente, fica uma sugestão de leitura para a Xana "a ilusão monetária, Irving Fisher.,Actual editora, 2015"
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De Luis a 20.09.2022 às 20:39

50 anos após o fim do Estado Novo e a caminho de 40 a receber fundos da UE para a modernização do país e o que é que temos? Uma dívida colossal, um crescimento médio dos mais baixos de toda a Europa desde os finais dos anos 90, serviços públicos em colapso, uma carga fiscal a bater records atrás de records, um Estado pesadíssimo com orçamentos acima dos 100.000 milhões de euros, uma educação de pantanas como se verifica em mais um início de ano-lectivo com dezenas de milhar de alunos sem pelo menos 1 professor, uma justiça distante do cidadão comum e cuja atuação tem levado à percepção de que existe uma casta de gente intocável, etc, etc... Ora num país com todos estes problemas onde se destaca a falência económica por clara incompetência governativa, o regime vigente tem a todo o custo de arranjar desculpas para esconder todas as suas falhas e quem melhor do que o Estado Novo para pagar as favas? Um regime ditatorial de direita cristã que logo à partida promove várias inimizades é o alvo óbvio e excelente sobretudo num país com uma maioria de pessoas a pensar e votar mais à esquerda. É uma desonestidade total, mas ainda assim continua a ser um bode expiatório ótimo tal como o Passos ou a "conjuntura externa" e portanto não controlável pelo nosso tão bom e nobre conjunto de governantes autênticos "Ronaldos" da boa gestão e sempre muito preocupados com o bem dos portugueses no geral...
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De jpt a 20.09.2022 às 22:51

Obrigado.
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De Irene Pimentel a 21.09.2022 às 10:10


mas que enormes mentiras, por ideologia, o senhor transmite. Aconselho ainda quem leia este senhor (pelos comentários, ainda tem uns amiguitos) que dê uma olhada nas intervenções na Assembleia Nacional sobre a falta de professores, nos anos 50. O engraçado é acusar-me de ideologia um senhor que, além de ignorante, mente por ideologia. Nada a que eu não esteja habituada
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De henrique pereira dos santos a 21.09.2022 às 10:22

Cara Irene,
Agradeço-lhe que tenha aparecido na discussão.
Lamento, no entanto, que tenha preferido não responder a nenhum dos meus argumentos (a reabertura das escolas em 1942, a contratação ao abrigo da legislação extraordinária de 1940 e a existência de mais professores em 1950 que nos anos 30), e tenha apenas reafirmado que havia falta de professoes em 1950, coisa que nem sequer neguei.
Vamos admitir que existiam falta de professores nos anos 50.
Há a sua hipótese - isso deve-se ao facto de terem fechado as escolas em 1936.
E há a minha hipótese - isso deve-se ao facto de haver muito mais alunos nos anos 50.
Se quiser discutir isto apresentando os factos que suportam a sua tese (uma diminuição do número de professores em consequência do fecho das escolas), óptimo.
Se preferir chamar-me mentiroso para evitar uma discussão factual, também é um direito que lhe assiste, claro, mas gostaria de lhe fazer notar que isso a define melhor a si que a mim, que estou disposto a mudar de ponto de vista se me apresentar factos que demonstrem que eu estou errado.
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De JPT a 21.09.2022 às 12:46

Ser chamado de "mentiroso" pela Sr.ª Prof.ª Dr.ª Irene Pimentel é uma medalha. Sem mais, transcreve a mensagem que enviei para o provedor do ouvinte da Antena 1 a 11.06.2017: "Hoje, 11 de Julho, pelas 08h45, na crónica do “Fio da Meada”, ouvi a historiadora Irene Pimentel afirmar que, no discurso que fez em Varsóvia, no passado dia 6, o Presidente dos EUA "mostrou ignorância" ao declarar que a Alemanha Nazi e a União Soviética tinham invadido a Polónia em 1939. Dado que, efectivamente, quer a Alemanha Nazi, quer a União Soviética invadiram a Polónia em 1939, a primeira a 01.09.1939, e a segunda a 17.09.1939 (conforme, no mês anterior, tinham ambas convencionado fazer, no protocolo suplementar ao pacto Molotov-Ribbentrop), quem faltou à verdade, dolosamente (já que a mesma é doutorada em história, com especialidade no período em causa) foi a historiadora Irene Pimentel. Sendo a invasão soviética da Polónia e o pacto nazi-soviético (ou Molotov-Ribbentrop), e as subsequentes purgas e deportações levadas a cabo, na Polónia, pelo regime soviético (em que avulta o massacre de Katyn), matéria não de “opinião”, mas do registo histórico, alterá-lo consiste naquilo a que se denomina “negacionismo histórico”, ou seja, a falsificação dolosa do registo histórico, com fins políticos. Uma vez que não passa pela cabeça de ninguém ter a rádio pública a divulgar falsificações de factos históricos, como que Auschwitz não tinha câmaras de gás, que ninguém morreu no Tarrafal, ou que o homem não foi à Lua, o “negacionismo histórico” da historiadora Irene Pimentel não pode ter lugar na rádio pública." Segue a resposta do provedor do ouvinte (João Paulo Guerra, o que diz tudo): "O senhor ouvinte tem razão: a cronista Irene Pimentel errou na crítica que fez ao presidente norte-americano. A Polónia foi invadida em 1939 quer pela Alemanha nazi quer pela União Soviética. É um facto histórico que uma cronista que é historiadora – licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre e doutora em História Institucional e Política do Século XX, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Prémio Pessoa em 2007 – não ignora certamente. Alertada pelo Provedor do Ouvinte, a Direcção de Informação da Antena 1 comprometeu-se a transmitir à Dra. Irene Pimentel as críticas dos ouvintes a respeito da crónica em referência." Tenho mais, mais fico-me por esta. Quem quiser a "verdade a que temos direito", pois que leia a Prof.ª Flunser, o Prof.ª Rosas, o Prof. Loff, e a restante tralha do complexo Público/Tinta da China, que está para os tempos correntes como o João Ameal estava para o da outra senhora (não sou o jpt de cima, lamento, mas não posso mudar de iniciais)
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De Luis a 21.09.2022 às 18:02

Eheheh, quando uma suposta especialista na área diz que a URSS não invadiu a Polónia está logo apresentada. Era como se na minha área aparecesse um "especialista" a afirmar que a molécula de água não tem dois átomos de hidrogénio e 1 de oxigénio mas sim 2 de oxigénio e um de hidrogénio passando a ser HO2... É de bradar aos céus a sabedoria destes "especialistas" comentadeiros da nossa CS! Se bem que me cheira mais a manipulação de massas penso eu de que como diz o outro. 
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De Terry Malloy a 21.09.2022 às 19:27


Ui...


Houve um tempo em que se ouvia, a seguir a uma destas, 'toma lá que já almoçastes'...
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De lucklucky a 21.09.2022 às 20:59

Excelente exemplo do que são alguns "historiadores" que só prosperaram por serem de extrema esquerda.
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De entulho a 21.09.2022 às 14:52

kumentário próprio de 'casa d'Irene'
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De Anonimo a 21.09.2022 às 14:20


Ser contra *esta* escola ou contra *este* modelo de SNS é ser fascista. Ponto.
Referir que Portugal tenha progredido em que campo tenha sido durante o Estado Novo é ser fascista. Factual, e nem há conversa.
Mesmo que tal seja remotamente verdadeiro (que não é), tem que ser acompanhado com um rotundo e profundo *mas*, seguido de falta de liberdade, censura, etc. Impossível dissociar dois assuntos.
Tal como no Portugal pós-74 se deve, e bem, referir os progressos na educação, saúde e direitos, mas nunca, nunca, nunca referir o oligarquismo e a corrupção endémica. Excepção feita aos anos do Cavaquismo, e do Passos. Aí convém, a bem da verdade histórica.
Temos de admitir que este ataque cerrado é o único modo das esquerdas por cá se manterem no poder, pois na verdade têm zero de trabalho a apresentar, o país atrasa-se e empobrece, quem pode o que faz é fugir (deve ser a emigração não forçada), e esta gaita cada vez mais depende dos turistas cá virem largar uns euros em troca de sol e sardinha assada. Portanto, ou ameaçam com o fantasma do fascismo, na pessoa do falecido ditador ou do wannabe comentador da bola, ou a única mão que têm para jogar é uma vazia.

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