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Selado e carimbado

por João Távora, em 17.05.23

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Primeiro este selo apareceu nas redes sociais divulgado pela mão da esquerda chic para salientar o mau gosto do logótipo das Jornadas Mundiais da Juventude, sem quererem saber que não se trata dum logótipo, mas de um selo emitido pelos correios da Cidade do Vaticano – o logótipo, de que não gosto particularmente por ser pouco versátil aparece no canto superior esquerdo.  Além disso estou em crer que o boneco é desenhado por alguém que estará longe de conhecer o Modernismo do Estado Novo e Cottinelli Telmo em particular. Quanto à técnica usada na ilustração, andará próxima do estilo da linha clara que reinou na banda desenhada da Europa do pós-guerra, nomeadamente a franco-belga. Mas a crítica mais disparatada que circula nas redes foi a classificação do boneco como “fascizóide”. Pode-se gostar ou não gostar do resultado que para mim só peca por ser demasiado óbvio – não gosto particularmente da saliência da bandeira verde-rubra, cá por coisas. Mas classificar o desenho de fascizóide (O Papa Francisco em pose no lugar do Infante D. Henrique guiando um conjunto diverso de jovens às JMJ em Lisboa) desautoriza qualquer crítica. Eu percebo o jeito que dá às vidas indolentes e aburguesadas alimentar fantasmas, mas já era tempo de certa malta da minha geração comprar umas sessões de psicanálise para “matar de vez o pai”. É que com a idade a coisa (preconceitos e obsessões) piora. Quanto à opinião do Bispo D. Carlos Azevedo, o que nos vale é que o bom ou mau gosto não são matéria doutrinária ou dogma de fé na Igreja.

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12 comentários

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De O apartidário a 17.05.2023 às 20:55

"Há quem situe a aparição do politicamente correcto nas controvérsias surgidas nas universidades norte-americanas em fins dos anos 80 e princípios dos  anos 90 do século passado quando, em 1991,a New York Magazine dedicou a sua capa ao fenómeno, então novo, junto a um artigo de John Taylor intitulado "Are You Politically Correct? " . Foram os anos em que começaram a sanear-se os programas de Humanidades para os aligeirar das obras daqueles a quem se deu por qualificar de "homens velhos brancos" (três traços que condenam irremissivelmente alguém ao caixote de lixo da história, segundo os critérios dos adeptos desta peculiar "diversidade"). Saneamentos que uma das testemunhas da sua emergência,o historiador François Furet,não duvidava em qualificar como "a última tentativa das utopias de regeneração da sociedade". 

( do capítulo 2 do Manual do Bom Cidadão) 

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