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Selado e carimbado

por João Távora, em 17.05.23

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Primeiro este selo apareceu nas redes sociais divulgado pela mão da esquerda chic para salientar o mau gosto do logótipo das Jornadas Mundiais da Juventude, sem quererem saber que não se trata dum logótipo, mas de um selo emitido pelos correios da Cidade do Vaticano – o logótipo, de que não gosto particularmente por ser pouco versátil aparece no canto superior esquerdo.  Além disso estou em crer que o boneco é desenhado por alguém que estará longe de conhecer o Modernismo do Estado Novo e Cottinelli Telmo em particular. Quanto à técnica usada na ilustração, andará próxima do estilo da linha clara que reinou na banda desenhada da Europa do pós-guerra, nomeadamente a franco-belga. Mas a crítica mais disparatada que circula nas redes foi a classificação do boneco como “fascizóide”. Pode-se gostar ou não gostar do resultado que para mim só peca por ser demasiado óbvio – não gosto particularmente da saliência da bandeira verde-rubra, cá por coisas. Mas classificar o desenho de fascizóide (O Papa Francisco em pose no lugar do Infante D. Henrique guiando um conjunto diverso de jovens às JMJ em Lisboa) desautoriza qualquer crítica. Eu percebo o jeito que dá às vidas indolentes e aburguesadas alimentar fantasmas, mas já era tempo de certa malta da minha geração comprar umas sessões de psicanálise para “matar de vez o pai”. É que com a idade a coisa (preconceitos e obsessões) piora. Quanto à opinião do Bispo D. Carlos Azevedo, o que nos vale é que o bom ou mau gosto não são matéria doutrinária ou dogma de fé na Igreja.

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12 comentários

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De balio a 17.05.2023 às 17:09

Que raio de disparate, andar a discutir um selo. Não têm mais nada que fazer nas redes sociais?
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De Anonimo a 17.05.2023 às 17:39

A moralidade é uma faca de dois legumes, a da esquerda é romba.
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De Carlos Sousa a 17.05.2023 às 18:24

Não há dúvida, há pessoas que conseguem pôr maldade em tudo, até num selo. Eu já não me admiro com nada, na Florida até proíbem livros com bonecos a tomar banho.
Ou foi da palermia ou foi das vacinas, ficou tudo louco, só pode.
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De Octávio dos Santos a 18.05.2023 às 11:45

«Na Florida até proíbem livros com bonecos a tomar banho.»



A sério?! Pode dar a fonte, uma ligação, para essa informação?
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De Carlos Sousa a 18.05.2023 às 12:08

https://observador.pt/2023/05/15/mais-um-livro-censurado-na-florida-agora-foi-a-vez-de-um-livro-infantil-que-mostra-personagem-a-tomar-banho/
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De Octávio dos Santos a 18.05.2023 às 16:05

Tal como era de prever, trata-se de «fake news»...


https://www.abc.net.au/news/2023-05-17/mem-fox-book-guess-what-not-banned-us-county-says/102355360



... o que não é de estranhar, já que a origem é o Guardian. Infelizmente, o Observador parece querer seguir o (mau) exemplo daquele. 
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De Anonimo a 18.05.2023 às 17:19

Neo jornalismo não obriga a confirmar factos antes de publicar.
É escrever e andar.
Os bonecos que se "informam" e "fazem pesquisa" na Internet e redes sociais (que são os que realmente pagam as tech, com o constante tráfego que geram) precisam de combustível, incompatível com os devaneios de só publicar algo depois de confirmação de factos , verificação de fontes, etc...
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De Carlos Sousa a 18.05.2023 às 17:52

Tem a certeza? Já ouviu falar dos leitores de sensibilidade?
Se calhar é melhor rever os seus conceitos de "fake news ".
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De O apartidário a 17.05.2023 às 20:55

"Há quem situe a aparição do politicamente correcto nas controvérsias surgidas nas universidades norte-americanas em fins dos anos 80 e princípios dos  anos 90 do século passado quando, em 1991,a New York Magazine dedicou a sua capa ao fenómeno, então novo, junto a um artigo de John Taylor intitulado "Are You Politically Correct? " . Foram os anos em que começaram a sanear-se os programas de Humanidades para os aligeirar das obras daqueles a quem se deu por qualificar de "homens velhos brancos" (três traços que condenam irremissivelmente alguém ao caixote de lixo da história, segundo os critérios dos adeptos desta peculiar "diversidade"). Saneamentos que uma das testemunhas da sua emergência,o historiador François Furet,não duvidava em qualificar como "a última tentativa das utopias de regeneração da sociedade". 

( do capítulo 2 do Manual do Bom Cidadão) 

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De João Brandão a 17.05.2023 às 22:44

Parece que afinal o Vaticano vai retirar o selo idiota de circulação por causa de uma alegada associação à imagem do Estado Novo.

Há males que veem por bem. Querer fazer uma analogia, ainda que apenas topológica, do ‘esquerdalho’ do Vaticano com o Infante D. Henrique é como comparar estrume com estrelas
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De balio a 18.05.2023 às 15:25


o selo idiota


Não vejo que tenha o selo de idiota.



Pode-se argumentar que o gosto não seja o melhor, mas gostos não se discutem, e falta de gosto não é idiocia.



O Padrão dos Descobrimentos está lá, é um dos monumentos mais notórios e mais visitados pelos turistas de Lisboa, e parece-me expectável que ele seja utilizado como símbolo da cidade num evento que a tem como palco.
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De Zé raiano a 18.05.2023 às 09:06

'o que interessa é enganar a malta'
'' o que faz falta'' é um país minimamente civilizado

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