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Não conheci Vasco Pulido Valente, nem tenho o talento e a bagagem para escrever um epitáfio, mas tenho saudades dele.
Devo-lhe inúmeros momentos de prazer de leitura, pela inteligência interpretativa e reveladora, pelo estilo, o conhecimento, a honradez,o brio e a pontaria certeira. Devo-lhe e devemos muitos o balanço final da I República, devemos-lhe ter varrido de vez a narrativa falseada de um tempo de tiranetes, medíocres, irresponsáveis e crápulas. Devemos-lhe o balanço da I República? Não, devemos-lhe também a higiene das outras. Quem senão ele teria reconhecido Mário Soares e Francisco Sá Carneiro, mas também se teria afastado quando o próprio ou os seus herdeiros desmereceram? Quem senão ele reconheceria nessa massa de indecisão e adiposidade moral que é Gutereres uma «picareta falante»? Quem identificaria neste conjunto de oportunismos, conveniências e derradeira oportunidade de sobrevivência uma «geringonça» (que ele decerto pensou primeiro como «contraption») ?
Hoje vou reler «Glória» e entristecer-me um bocadinho com a sagacidade, o saber e a ironia de que acabámos de ser privados. Já ele deve ter batido à porta, e ouvido: «Fizeste bem, entra».
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