Concordo!
E no meio de tudo isto, há uma questão que é central: O Hamas continua a manter sequestrados, sabe-se lá em que condições, os reféns do seu vil acto terrorista.
Mas a imprensa e a agenda das manifestações ocidentais não dão valor a esta questão, nem saber se da total e incondicional libertação dos reféns, reside a solução para colocar fim a toda a atrocidade. Não só agora, mas desde o primeiro momento, ainda quando a tragédia estava no início.
De balio a 20.06.2024 às 11:00
O Hamas continua a manter sequestrados, sabe-se lá em que condições, os reféns do seu vil acto terrorista.
Israel também mantém, ao que se diz, "sequestrados" (isto é, prisioneiros) múltiplos palestinos que não cometeram qualquer crime. Incluindo crianças e pessoas muito idosas.
Vossa senhoria não verá um comentário seu aprovado por mim em qualquer post meu (podem ser aprovados por outras pessoas) porque me recuso a alimentar a amoralidade de equivaler o sequestro de inocentes feito pelo Hamas à prisão de suspeitos feito por um Estado de Direito.
De Anónimo a 21.06.2024 às 12:03
Num Estado de Direito aplicam-se as mesmas leis a todas as pessoas. Nos territórios ocupados, Israel aplica a lei civil a israelitas e a lei militar a palestinianos.
Ser preso sem julgamento por um Estado ou por terroristas não é assim tão diferente como pensa.
Em qualquer Estado, qualquer Estado do mundo, se prendem pessoas sem julgamento.
O que distingue o que faz o Estado de Israel da barbárie do Hamas é que em Israel as pessoas presas estão identificadas, estão em estabelecimentos prisionais conhecidos, têm direitos, a começar pelo direito à defesa e a julgamento justo, mas os reféns do Hamas não se sabe quem são, não se sabe onde estão, não se sabe como são tratados, não têm qualquer direito, nem mesmo o direito ao reconhecimento da sua existência.
Fazer a equivalência moral destas duas situações é puro esterco intelectual.
Concerteza que Israel não está isento de culpas e responsabilidades, actuais e passadas.
Seja como for, parece-me, o gatilho desta situação em concreto foi accionado pelo ataque terrorista de Outubro e que se mantém.
De Anonimus a 20.06.2024 às 15:41
Recomendo a recente entrevista do Piers Morgan ao jeffrey sachs. Uma pequenita lição histórica a quem acha que isto se divide entre bons e maus da fita
De balio a 20.06.2024 às 11:02
[n]a total e incondicional libertação dos reféns, reside a solução para colocar fim a toda a atrocidade
De forma nenhuma. Israel já disse múltiplas vezes que o seu objetivo é erradicar o Hamas de Gaza. Ou seja, mesmo que os reféns fossem todos libertados, as atrocidades da guerra continuariam, presumivelmente por um tempo bastante longo, até Israel ter considerado ter já exterminado completamente o Hamas.
É uma opinião legítima.
Mas não tendo sido ainda libertados na sua totalidade, é igualmente legítimo presumir que se o tivessem sido, o conflito, pelo menos nas proporções que conhecemos, não tivesse chegado a este ponto.
De Anónimo a 20.06.2024 às 11:15
Por esse racicínio quando um terrorista se faz explodir num autocarro para matar soldados que lá vão, e de passagem mata dezenas de civis, está perfeitamente justificado. Ele visava soldados inimigos, não tem culpa que os soldados se refugiem no meio dos civis para se deslocarem.
A sua chamada só faz sentido se considerarmos que as vidas dos civis palestinianos não valem nada. Israel tem assim o direito de matar os que quiser para atingir um terrorista que está no meio deles.
Imagine que vivia um serial-killer no seu prédio. Se a polícia estiver automaticamente autorizada a bombardear o prédio e a matar todos os que lá estavam para o apanhar, será bastante efciente, não sei se as outras pessoas que lá vivem concordarão com o método.
De Anonimus a 20.06.2024 às 12:29
Você está completamente errado e equivocado, o HPS está correcto.
Reconhecerá, com certeza, a burrice de fazer equivaler a acção de um terrorista que à margem de quaisquer regras resolve matar soldados que não estão numa acção militar, à acção de um exército que está a defender o seu povo de um ataque em curso.
De Anónimo a 21.06.2024 às 12:13
Existem e existiram muitos Estados que ao não respeitarem os direitos humanos se comportam como terroristas. Vestir uma farda e ter um parlamento não transforma assassinos em cordeiros.
Israel considera que o facto de o Hamas ter reféns israelitas o força a tomar precauções e a negociar com o Hamas. Já o facto de o Hamas ter a população palestiniana refém só o força a matar a população quando tenta matar o Hamas.
Para Israel um refém israelita é muito importante, já um refém palestiniano, mesmo que seja uma criança, é bombardeável.
Obrigado pela demonstração do meu comentário anterior
De Anonimus a 22.06.2024 às 12:47
O conceito de terrorista, insurgente ou combatente pela liberdade é subjectivo. Mandela já foi terrorista, por exemplo. Kadhafi foi amigo, vilão, parceiro, adversário.
Não é uma questão de moral, princípios, valores ou bons vs maus, é apenas interesses geoestratégicos, e o modo como cada um, do Estado ao indivíduo, defende os seus interesses no momento.
Penso que pôr no mesmo pé Mandela e o Hamas diz mais sobre si que sobre Mandela, o Hamas ou Israel.
De Anonimus a 22.06.2024 às 15:02
Como o escriba costuma refilar acerca de comentadores (mais uma vez o fenómenoda projecção), não foi isso que foi escrito. Se não percebeu... ou não quis perceber, de nada posso ajudar. Não tenho formação de ensino, ou psicologia. De História e Política ainda dou uns toques, mas quando não se quer aprender... é o wokismo no apogeu.
"O conceito de terrorista, insurgente ou combatente pela liberdade é subjectivo. Mandela já foi terrorista, por exemplo."
Esta frase é muito clara, qualificar alguém como terrorista é meramente subjectivo, portanto, eu dizer que o Hamas é um grupo terrorista, é subjectivo (e tem razão, a ONU, por exemplo, não qualifica o Hamas como grupo terrorista).
Acontece que essa frase aparece no contexto de uma resposta em que a questão central não é ser ou não terrorista, mas actuar de uma maneira concreta (atacar soldados que não estão em actividades militares e estão num contexto em que é irrelevante a sua qualidade de militares ou defender o povo de um ataque em curso.
Como parto do princípio de que os meus leitores são inteligentes, não me passa pela cabeça que não entendam o que escrevi (até o demonstrarem) e portanto a introdução de Mandela no assunto, para mim, corresponde a querer equivaler Mandela - terrorista - ao Hamas - terrorista.
Se não é assim e foi apenas um comentário sem qualquer relação com o que estava em discussão, peço desculpa, percebi mal.
De Anonimus a 22.06.2024 às 23:10
A resposta é ao Anonimo. Que fala em Estados que se comportam como terroristas, etc.
A verdade é que um terrorista de uns é o freedmon fighter de outros, depende dos interesses de cada actor. O Mandela é um bom exemplo. Foi colocado como terrorista (tecnicamente foi um terrorista) por razões políticas, nao por andar à bomba.
Para uns, o Hamas é terrorista, para outros está a defender o direito à autodeterminação; para uns Israel é um Estado ocupante e terrorista, para outros está a defender-se legalmente. Depende da posição política de quem analisa e não do acto em si, infelizmente.
De Anonimus a 22.06.2024 às 15:06
Quem colocou o Mandela na lista de terroristas não fui eu. De certeza, sem ser preciso pensar muito (devia tentar, antes de mandar umas baliadas que tanto critica).
De balio a 20.06.2024 às 12:27
Um outro caso edificante foi quando, em julho de 2014, a Ucrânia utilizava a sua Força Aérea para combater separatistas no Donbass, mas não informava as companhias aéreas estrangeiras de que estavam a sobrevoar um território em guerra. A dada altura os separatistas lançaram um míssil anti-aéreo e, azar, o avião abatido pelo míssil era civil e levava 200 e muitas pessoas a bordo, e não militar ucraniano. Toda a gente no "Ocidente" disse muito mal dos separatistas, mas ninguém se lembrou de castigar a Ucrânia por estar a utilizar vôos civis para proteger a sua Força Aérea.