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O título desta crónica é uma citação de Pacheco Pereira, retirada de um artigo no Público de 12 de Junho e sobre o qual escrevi noutro contexto em que achei que não tinha espaço para dar a atenção devida a esta frase.
Se a frase tivesse a mínima base real, a Coreia do Norte seria um país sem pobres e os Estados Unidos seriam um país de miseráveis.
Acontece que no primeiro país se patrulham as fronteiras para impedir que as pessoas de lá saiam, no segundo as fronteiras se patrulham para controlar a imensa massa dos que para lá querem ir.
Exageros meus, os países escandinavos, e a generalidade da Europa estão cheios de demonstrações de que Pacheco Pereira tem razão quando diz que é o Estado que tira as pessoas da pobreza.
Sucede que os países escandinavos são dos países economicamente mais liberais do mundo e não parece haver relação directa sólida entre a dimensão do Estado na economia e os índices de pobreza dos países (para os pobres portugueses seria óptimo que essa relação fosse linear).
Pacheco Pereira, um situacionista militante especializado na retórica inversa, engana-se redondamente na frase que dá título a esta crónica: é a economia, não o Estado, que liberta as pessoas da pobreza.
Com certeza o Estado pode ter um papel de substituição da economia nessa libertação da pobreza, em especial nas franjas da sociedade que acabam por ficar à margem do processo económico, mas só o consegue fazer quando as finanças públicas assentam em economias saudáveis e eficientes.
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