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Não é a primeira vez que digo isto: pessoalmente, sou absolutamente contra o gasto de dinheiro dos contribuintes neste tipo de coisas.
Não quer dizer que se fosse eu o presidente da junta, não acabasse yambém a decidir fazer isto, porque a tomada de decisão em políticas públicas é, de maneira geral, colectiva, e o resultado é muitas vezes diferente daquele que quem está no topo do processo decisão acharia melhor mas, pessoalmente, não vejo por que razão o dinheiro dos mais pobres deva servir para oferecer festas aos remediados, classe média e ricos.
Não vejo qualquer interesse cultural no esbanjamento de dinheiro com a contratação de artistas cujos critérios de selecção são obscuros, não vejo razão para gastar recursos a fazer barracas de comidas e bebidas (de maneira geral, acabando em preços mais altos para os consumidores que os que seriam gerados por processos liberais de celebração colectiva) e mais um conjunto de coisas, e muito menos vejo o interesse social em celebrar um dia, o 13 de Junho, com uma festa, paga pelos contribuintes, quase contínua entre 31 de Maio e 15 de Junho.
Uma coisa é a intervenção pública em património em risco (seja ele cultural ou natural), outra coisa é a intervenção pública no financiamento do ensino ou acesso a bens culturais, outra coisa é a formação de públicos para acções culturais diferenciadas, mas nenhuma destas três coisas está em causa nos rios de dinheiro que são gastos pelo país todo em festas e festarolas.
Eu compreendo que as comunidades precisem de rituais celebratórios, mas o que está neste cartaz, que está longe de ser caso isolado, duvido que consiga passar qualquer teste minimamente sério de avaliação do custo/ benefício social dos recursos aplicados nisto.
Não entendo, não entendo, não entendo.
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O antropólogo Emmanuel Todd elaborou umas teorias ...
Concordo totalmente.
Excelente post. Pouco se escreve sobre isto (porqu...
por egoísmo e narcisismo nota-se cada vez mais em ...
Excelente reflexão, subscrevo.