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António Maria de Sousa Sardinha nasceu em Monforte a 9 de Setembro de 1887. Desaparecido precocemente, deixou um legado insuperável. As palavras do mestre do Integralismo Lusitano constituíram a verdadeira riqueza do pensamento político português. Afinal, um pensador forjado pelas circunstâncias, integrando a geração que desponta politicamente entre o Ultimatum inglês e a proclamação da República. Como em Maurras, a estética precedeu a política, reconhecendo o carácter combativo da poesia, afinal "la plus haute expression du politique". A eloquência elegante e o cuidado na palavra são características comuns, em Maurras e Sardinha, assim como o gosto pelos aforismos, traduzindo o pensamento em ideias breves e objectivas. Monárquico, porque patriota, e nacionalista por princípio e monárquico por conclusão, são identificações que jamais esgotaram o significado.
Educado nos "imortais princípios" sob a égide da revolução galicista, Sardinha soube romper com um percurso sinuoso para novamente abraçar a tradição. Mas não era apenas admirado entre fronteiras. Em Espanha e mesmo no Brasil era lido, estudado e citado. O pensamento de Sardinha entrecruza a crise do século. Assim, evoluiu do positivismo, para o tradicionalismo, do republicanismo, para a monarquia e do agnosticismo para a religião Católica. Não esteve solitário, lembrando outros dois monóculos argutos que colocaram o verbo ao serviço do combate político, como Alfredo Pimenta e João do Amaral. Esta foi uma geração que, num século de vanguardas, preferiu recolher-se aos ensinamentos antigos e encontrou uma nova voz na antiga literatura miguelista e nos autores da contra-revolução. Como Maurras deduziu o sistema político, também Sardinha soube deduzir as premissas. Poucos autores alcançaram tanta clarividência. E poucos atingiram um grau tão alto de conhecimentos, na sinceridade das ideias e na pureza da língua. Sardinha foi o monóculo afiado da nossa direita, um pensamento arrojado que hoje tanta falta faz.
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