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( diário de noticias)
Os problemas habitacionais de Lisboa são o tópico principal na luta pela Câmara. O consenso geral é alargado, a “solução” fácil: subsídios ou casas com rendas condicionadas. Não vou voltar a falar do tremendo erro e injustiça que essas soluções, que me arrepiam, representam, mas são partilhadas por (quase) todos.
Neste grande grupo dominante, com excepção do Bloco, ao erro juntam a total ineficácia. A razão principal pela qual os preços das casas estão altos é porque não há casas suficientes. Não são os cerca de 300 imóveis devolutos da CML que vão alterar a equação. Subsidiar uns, é apenas enviar outros para fora da cidade.
Só há duas formas de aumentar a habitação em Lisboa e fazer cair os preços: construir muitas novas habitações ou mudar o uso de muitos outros imóveis.
As regras urbanísticas actuais não permitem albergar muito mais gente em Lisboa. Se assim não fosse, o problema já estava resolvido pela “ganância” dos promotores imobiliários. Para construir, é necessário mudar a ideia de cidade, por exemplo, construir em altura (fora do centro histórico). Ser o Estado a construir, como propõe o Bloco, para além de mais caro, não altera em nada a equação: algo terá que mudar para resolver o verdadeiro problema: escassez de casas. As restrições urbanísticas, estão para as cidades, como as restrições económicas estão para a economia: são elas que limitam tudo. Algumas cidades nos Estados Unidos, como São Francisco, ciosas da sua identidade cultural histórica, de luz franca para todos ( que lá estão), começam a não ter trabalhadores mais mal pagos. Como Lisboa.
Claro que se pode pensar em usos alternativos de espaços não habitacionais. Mas os resultados tenderão a ser perversos. Expulsar os estrangeiros, eliminar alojamentos locais, transformar escritórios e Hotéis em Habitações. Seguramente resolveríamos o problema de falta de habitação. O problema é que passaríamos a ter um enorme excesso habitacional, já que a cidade deixaria de ser atraente. Sem a oferta de empregos, comercio e cultura, Lisboa deixará de ter qualquer interesse. Obviamente ouvimos o argumento da moderação. Limitar de forma moderada outros usos. Mas com moderação, o problema persiste e a Cidade empobrece ( ou não enriquece) . É o caminho aparentemente preferido do Sr. Medina. Sem moderação, destrói-se a galinha dos ovos de ouro, que tantos atrai.
Decidir, obriga sempre a custos. No nosso caso, construir em altura, empobrecer a cidade ou exportar os mais pobres. Com a moderação socialista, faremos de conta que resolvemos a questão, para que nada mude.
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