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Não é obviamente o caso da TAP mas sempre achei piada (trágica) à vulgar crítica da esquerda à privatização das empresas públicas que dão lucro, por irem dar lucro aos privados que nelas investirem.
Essa esquerda esquece-se sempre de explicar duas coisas relevantíssimas (e a comunicação social esquece-se sempre de as indagar), que são simplicíssimas de formular: em primeiro lugar, as empresas públicas que geralmente davam lucros eram monopolistas ou quase (não é o caso da TAP, com a quase excepção das caríssimas ligações Porto-Lisboa-Porto e Porto-Funchal-Porto, com todos os efeitos negativos que se conhecem, principalmente depois da abertura aos Açores); em segundo lugar, a estranha razão pela qual o Estado, depois dos inúmeros e avultadíssimos impostos que cobra aos portugueses, ainda dever esmifrá-los para obter lucros.
Achará bem a esquerda que o Estado Português deva lucrar com os bens (supostamente) essenciais que fornece (ou vende) aos portugueses? Não compreendo. Mas lá a esquerda deve saber...
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