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Goste-se ou não da actuação de Marcelo, o facto é que ele reinventou a Presidência da República. Nunca, até agora, tivemos um Presidente tão publicamente presente, tão interventivo, tão influente na vida publica, como Marcelo. Passámos do semipresidencialismo passivo para o interventivo. Do cirúrgico para uma presença generalizada.
Em si mesmo, parece-me positivo termos um órgão de soberania importante, com vida própria, sobretudo num momento de eclipse de maiorias parlamentares, que se deve acentuar no futuro próximo. A tempos diferentes, têm que corresponder respostas diferentes. Mas em tudo, têm que existir limites.
O cumprimento estrito da lei, já pode corresponder a um acto de vandalismo democrático. Lembro a esse respeito a destituição do parlamento, por Jorge Sampaio, que apoiava o governo de Santana Lopes.
Interpretações originais ( mas absurdas) da constituição, por mais justas e populares que possa ser o que se pretende proteger, como a recente promulgação dos apoios sociais, também não são um caminho razoável, nem para o prestigio da Instituição, nem para a nossa Democracia.
Inovações sim. Acabar com o Estado de direito não. Quem quer viver na republica das laranjas?
Eu acho que o nosso Presidente está a abusar: sendo, como é, um homem inteligente, não pode pensar que acalma o povo facilmente com a sua argumentação, neste caso sofrendo ela e o seu erro de um pecado original, que ele bem conhece e conhecia. Não pode pensar que os portugueses, todos eles, são fáceis de enganar, entrando pela demagogia, tal como muitas vezes fazem os políticos, especialmente estes que agora estão no governo, ou que o apoiam.
A Constituição não diz que é ao Presidente que cabe o governo do Estado. Esse Governo depende da Assembleia da República e a Assembleia, se entender que o Governo está a governar mal, tem meios para o apear, e obrigando a eleições, para então se ouvir "verdadeiramente" o povo. O Presidente não representa "verdadeiramente" o povo, apenas simbolicamente, tal como a Bandeira.
Ao presidente compete, em primeiro lugar, garantir que a Constituição (a Lei) está a ser cumprida.
O que o nosso Presidente fez foi um erro e ele vai arrepender-se disso.
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