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“quem passa nem liga”

por Jose Miguel Roque Martins, em 29.02.24

A campanha eleitoral corre de acordo com a tradição mais recente: fraca. Só os comentadores e a imprensa se agitam, na maior parte esmiuçando as escondidas intenções do líder da AD, fazendo eco da estratégia simples do PS: invocar medos e incertezas no regresso do fascismo.

Montenegro não parecendo grande espingarda, tem uma vantagem sobre PNS:  não parece um desvairado que não tem ideias a não ser o que lhe ocorre, normalmente mal, em cada momento. Montenegro não tem a bala de prata, mas oferece um descanso da tirania socialista. PNS não arrasta os pés, mas não se fixa em nada. É mais um comentário, sem consequências, que faço.

A grande maioria da população é bastante indiferente à campanha. A maior parte por já estarem convencidos à partida. Outros porque são completamente indiferentes ao que se passa. Alguns porque só se importam em tentar perceber qual o candidato menos mau a primeiro-ministro, por observação directa, sem o filtro dos comentários.

Há milhares de razões para decidir o voto de alguém. Até a campanha e comentários o vão fazer. Mas pouco. Muito pouco.

Eu já tinha escolhido o meu voto antes da campanha, vou votar na IL. Não por pensar ser um partido diferente ou por estar 100% de acordo com o seu programa. Antes por convicção da enorme falta que faz uma voz liberal num país histórica,tragica e profundamente estatista, da esquerda à direita. O que explica onde estamos.

Jornalistas e comentadores são os grandes perdedores. “ Quem passa nem liga” como se demonstra pelo crescimento do Chega, o campeão das criticas e a aparente queda do PS, apesar do colo do main stream mediático que tem e que ,afinal, talvez, não valha tanto como isso.


18 comentários

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De Manuel da Rocha a 29.02.2024 às 11:27

E a AD que fez desaparecer 70000 milhões de euros, nas suas contas e que, ainda ontem, deixou escapar que irão recuperar 23000 milhões, criando uma tabela de IRS com taxas de 30% a 60% para as pensões, para compensar a perda de 8400 milhões de euros, pela tabela de 15% e os 11000 milhões do IRC em 15% (efectivamente será 0,00000001% e sem contar com isenções fiscais de 700000 milhões de euros, usadas por quem pagar consultadoria a membros dos escritórios de advogados da AD, IL e Chega). Somando os 40000 milhões (perdas de IRS e IRC nos 4 anos) aos 70000 milhões, que desaparecem (sem explicação) do valor da dívida pública, são 110000 milhões de euros de receitas fiscais que terão de vir de algum lado. Será que é isso o fascismo que você afirma ser o PS? É que quando lá chegarem, o mais certo é acabarem-se as eleições e quem ganhe 1000 euros mensais, pagará 15% de IRS e quem ganhe 650000 euros mensais, paga 1%. Em troca todos passam a pagar 30% de IVA em todas as compras e serviços... pois é a forma mais simples de sacar 154000 milhões de euros, em receitas fiscais, em 4 anos. Basta acabar com 3 taxas de IVA e colocar a taxa normal (designada de única, pela IL) em 30%.  
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De Cá não há bar a 29.02.2024 às 13:53

120 anos de história e 9999 golos marcados: Dérbi eterno pode dar o golo 10 mil da história do Benfica(do sapo)

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De cela.e.sela a 29.02.2024 às 11:27

D. Sebastião não quis regressar
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De IMPRONUNCIÁVEL a 29.02.2024 às 11:56

Haja coragem.
PAREM, ESCUTEM, OLHEM....


Ouviram o Discurso de Putin hoje (29fev2024)?


Cliquem e leiam.


Ouçam, e aprendam o que é construir o presente e o futuro de uma Nação.


Aprendam nesse discurso e programa de Putin o que é o verdadeiro Capitalismo, capaz de desenvolver as pessoas e a sociedade.


Copiem esse Programa de Putin nos vossos programas. Em vez contribuírem para definhar a Pátria e a Nação Portuguesa, e arrastarem a Europa para a decadência.


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De Cá não há bar a 29.02.2024 às 13:22

Também acho, mas qual liberalismo qual carapuça! 
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De IMPRONUNCIÁVEL a 29.02.2024 às 13:23


DE UM LADO DÃO ISTO, DO OUTRO DÃO AQUILO...


A Nato e a UE reunidas em Paris, com o Macron a dizer que envia tropas e armas para a guerra.
Do outro lado, o Putin a dizer que duplica já o salário mínimo, e duplica já o salário de todos os professores na Rússia, e constrói 41 Campus Universitários com alojamento para os estudantes e suas famílias, aposta na IA e ciência, concede empréstimos às pequenas e médias empresas, aposta no capital de risco, investimento na saúde, etc..


Imaginem como se sente um ucraniano que recebe o salário mínimo da ucrânia, e um professor da ucrânia... ao ouvir isto, e vendo tudo destruído à sua volta. Imaginem o que pensa um ucraniano perante o que a Nato lhe dá, e o que Putin está a dar aos russos.


Cá, ainda andam a fazer cálculos para reporem dinheiro aos professores e médicos...


De um lado o orgulho na Nação e na Pátria. Cá, neste lado, a ofensa à moral e a defesa da decadência.


Acordem!
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De Anonimo a 29.02.2024 às 13:27

Muito bem, Tucker.
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De O apartidário a 29.02.2024 às 13:56

Uma campanha eleitoral depois do Carnaval estava sempre votada ao fracasso. 
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De balio a 29.02.2024 às 17:37


Há milhares de razões para decidir o voto de alguém. Até a campanha e comentários o vão fazer. Mas pouco. Muito pouco.


Eu, pelo contrário, acho que a campanha eleitoral é que decide o sentido de voto de muita gente. Há muita gente que durante a generalidade do tempo não liga à política nem se preocupa em saber em quem deve votar, e que somente durante a campanha, isto é, à última da hora, toma uma decisão.
Eu próprio fiz assim durante muitos anos: esperava pela campanha para ver o que os partidos - todos os partidos, não somente meia-dúzia deles - propunham. E somente depois tomava uma decisão. Porque há sempre um partido desconhecido em que vale a pena votar.
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De lucklucky a 29.02.2024 às 17:44

É a campanha que mostra o elitismo do complexo jornalista-activista.
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De Terry Malloy a 29.02.2024 às 20:23

"Montenegro não parecendo grande espingarda, tem [a] vantagem [de não ser] PNS".
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De Marques Aarão a 01.03.2024 às 07:08

Haja decoro erradicando um sistema eleitoral fraudulento. 
Devia ser obrigatório que a opção pela abstenção figurasse no boletim , e ter a legitima condição de voto validamente expresso. 
Considerar como abstenção todos os eleitores ausentes nas urnas não passa de uma habilidade insustentável. 
Isto porque haverá centenas de razões para as ausências, como doença impossibilidades várias ou simples desprezo. 
Para todos os efeitos morais, cívicos e pura transparência a verdadeira abstenção só pode ser exercida presencialmente. 
Virá a propósito referir que na AR os deputados para se abster tem que estar presente. 
Temos uma democracia coxa em que um cidadão para o ser de corpo inteiro tem que ser associado de um partido politico. 
Além disso não pode deixar de ser condenável que as cupular partidárias façam uma pré-seleção colocando os seus em lugares elegíveis. 
Uma hipótese de solução seria os partidos concorrerem apresentado os nomes que propõem, e o eleitor escolheria o nome em quem votar, sem prejuízo de ser considerado um voto no respetivo partido.     
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De IMPRONUNCIÁVEL a 01.03.2024 às 10:42

Concordo.


Eu não voto não por me abster. 
Não voto porque não dou autorização a ninguém que decida por mim em assuntos como a guerra, o crime, as opções ideológicas e religiosas, as soluções para o desenvolvimento científico e tecnológico, as relações entre as pessoas humanas, e outros. 
Não voto porque considero o regime ideológico designado por 'Democracia' um dos piores desde o início da humanidade (façam-se as contas comparadas com os outros ao número de mortos, crimes, assimetria social e corrupção).
Não voto porque sou contra este regime ideológico vigente, que sobrepõe o critério 'quantitativo' (número de votos) ao critério 'qualitativo e humano' (por exemplo, qualquer país ou grupo com mais votos do que Portugal podia decidir que Portugal perdia a independência).
Não voto porque não permito que digam que foi com a minha autorização que fizeram o fazem durante os anos que governam.

Não voto por decisão política. Por não apoiar, não apenas os partidos actuais, mas por não apoiar este regime político baseado no voto.
Ir às urnas, e estar presente, é já estar a pactuar com esta ideologia política do voto. É uma imposição ditatorial e fascista.
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De Marques Aarão a 01.03.2024 às 13:27

Concordo perfeitamente com a apropriada argumentação para não votar.
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De Anonimo a 02.03.2024 às 12:45

Ir lá desenhar um artefacto das Caldas ainda separa quem discorda dos que simplesmente não quetem saber.
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De Anonimo a 01.03.2024 às 08:34


irrelevante ou não, escreve-se muito sobre a campanha.
Pelo menos já ouço "paineleiros" assumirem que vivem na bolha. Não sei é se o dizem com vergonha ou orgulho.
O resto é wokismo, diga-se o que se diga, interessa é o que casa um ouve.
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De Anónimo a 01.03.2024 às 11:01

Houve um tempo em que um certo partido perdedor de eleições recebeu uma bela proposta, inédita, de uma aliança inesperada com dois partidos improváveis: o BE e o PC+Verdes.  Estes partidos, sublinhe-se, consideravam-se partidos de protesto e anti-sistema. E, como tal, recusavam-se fazer parte da governação.
 
Eis se não quando, todos se aliaram ao PS, para fazerem parte de "uma solução de governo" (sic) esqueceram as desavenças, desvalorizaram-se as divergências históricas e todo o histórico que dividia os três partidos foi parar ao caixote do lixo da História. 
O PS, diante da sua impensável derrota, obviamente cedeu sem pestanejar ao canto da sereia de «Só não governam se não quiserem».  
 E tudo em nome de um projecto  comum  negociado e alternativo para se constituirem  numa soma de partidos, numericamente  capazes de impedir de governar a coligação que tinha acabado de tomar posse. 
Todos juntos acabaram a derrubar muros e a apagar as "linhas vermelhas" até aí intransponíveis. Lembramo-nos bem da prodigiosa negociação, não é assim? Tudo terminou em apoteose, louvando um feito histórico, e assim surgiu  o lema: «Em Democracia não há muros. Todos os partidos eleitos democraticamente têm o direito de fazer parte do "arco da Governação" » (sic). 

Depois deste longo "preâmbulo",  para contextualizar, passemos para a actualidade:
No contexto dos cenários de governabilidade, actualmente tem-se falado muito em "reciprocidade", um conceito novo agora introduzido pelo PS, querendo significar "mutualidade" entre adversários políticos. Nessa lógica tudo funcionaria dentro duma cooperação entre forças adversárias, de modo a viabilizarem a formação de um governo, dando uma oportunidade a um adversário para formar governo.
 .
Pois bem:  E se de repente, em face da eventual «ingovernabilidade» de que todos falam, o Chega, muito responsavelmente também  apoiasse e viabilizasse um governo da AD (vitória minoritária ou 2º lugar tal o PS em 2015), dizendo-lhe : 
«Vocês só não governam se não quiserem!» 
 
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De Anónimo a 01.03.2024 às 12:05

«Não estamos na década de 1990, nos anos do “fim da história”. CDS e PSD viabilizaram então orçamentos de um PS sem maioria. Notou-se depois, porém, este contraste: nunca o PS retribuiu o favor. Desde aí, sempre que a direita quis governar, precisou de uma maioria absoluta. Viu-se em 2015. Neste século, o “fim da história” também chegou ao fim.«  Rui Ramos

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