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Debate António Costa vs Pedro Passos Coelho (LUSA)

Depende se damos primado à forma se ao conteúdo.

Na forma, Pedro Passos Coelho foi melhor na primeira parte do que António Costa. Mais seguro, mais claro, mais inteligente. Na segunda parte António Costa foi melhor. Sobretudo por causa do tema dos cortes de pensões. Passos respondeu com o plafonamento encapotado do programa do PS, mas como plafonamento é um palavrão, as pessoas só ouviram que Passos ia cortar 600 milhões nas pensões.

Na forma Costa vinha com o ponto fraco "lesados do BES" e Passos tinha o passado da governação de Sócrates, de que António Costa fez parte, para a troca.

Mas a forma não é o conteúdo, e no conteúdo Pedro Passos Coelho é melhor que António Costa.

Vejamos, no tema sobre a Segurança Social, António Costa, por contraponto a Passos, recusou o corte de 600 milhões nas pensões. : “Não aceitamos qualquer corte nas pensões e não achamos que a sustentabilidade dependa desse corte”. Passos diz que foi estabelecida a meta dos 600 milhões para solucionar o problema de sustentabilidade da segurança social.

Passos que diz que “nós não propusemos um corte de 600 milhões nas pensões" explica que: "A TSU não cobre o valor das pensões que são pagas todos os anos, o que significa que o que temos feito ao longo dos anos é usar impostos para suportar os défices do sistema de pensões”. Passos lembra ainda um estudo que mostra que nos próximos 75 anos “teremos uma dívida implícita enorme”, diz, acrescentando que as pessoas só podem ter confiança na Segurança Social no futuro se “corrigirmos esta situação”.

Privatizar parte da receita da segurança social e entregá-la à gestão privada é um erro para António Costa, diga-se de passagem sem razão nenhuma. Costa diz ainda que a parte da gestão privada é igual à gestão especulativa do BES. O que é um disparate. Pois não foi em fundos mutualistas que os lesados do BES perderam o dinheiro. António Costa precisa de um estágio na PIMCO.

Mais tarde, o socialista Jorge Coelho, na Quadratura do Círculo, diz que com o plafonamento a segurança social pode rebentar. Ora eu diria ela pode rebentar mesmo sem plafonamento.

O que é exactamente o plafonamento? Trata-se de criar um limite salarial, a partir do qual os portugueses no activo deixam de estar obrigados a descontar para o sistema público de Segurança Social, como acontece agora.O remanescente seria aplicado em sistemas de capitalização (ou seja, de investimento), fossem eles públicos ou privados. Ambas as parcelas ajudariam a determinar o valor da pensão futura. A coligação prevê isto: “A introdução, para as gerações mais novas, de um limite superior para efeitos de contribuição, que em contrapartida também determinará um valor máximo para a futura pensão. Dentro desse limite, a contribuição deve obrigatoriamente destinar-se ao sistema público e, a partir desse limite, garantir a liberdade de escolha entre o sistema público e sistemas mutualistas ou privados. Esta reforma, que deve ser analisada em sede de concertação social e objecto de um consenso alargado, deve ser feita em condições de crescimento económico sustentado”.

António Costa diz, preto no branco, que é preciso medidas para garantir a sua sustentabilidade; Passos aproveita para dizer que o PS tem medidas que passam “muito mais” que 600 milhões. Diz vão custar mais 5,5 milhões em quatro anos. “Assim espero que nos possamos entender”, num convite a um entendimento futuro nesta área. Recorde-se que o primeiro-ministro tem dito que "A introdução de uma medida para a sustentabilidade da Segurança Social, cujo impacto está estimado em 600 milhões de euros, tem de merecer um amplo consenso social e político",

Costa diz que esses 600 milhões não vêm do corte de pensões. O PS critica o plafonamento da coligação, Passos rebate que a proposta do PS é um plafonamento encapotado. Um plafonamento parece que é vertical e o outro é horizontal.

Passos diz que o "PS não assume que o que propõe é um plafonamento – quer um estímulo à procura, quer pôr as pessoas a descontar menos para a SS para terem mais dinheiro para consumir – “é uma política José Sócrates” – e quer por isso pôr as pessoas a descontar menos quatro pontos percentuais (TSU). “Mas isso custa no seu programa mais de 5.4 mil milhões de euros à Segurança Social”. Passos diz ainda que o PS “espera convencer Bruxelas de que isto é uma reforma estrutural". 

Sobre a dívida: “De 2005 a 2008 a divida portuguesa passou de 96 biliões de euros para 195 biliões, e desde que eu fui PM, a divida cresceu apenas 20 pontos percentuais, ou seja, menos de metade do que durante 6 anos de governo do PS”. Touché para Passos.

Passos pede a António Costa que olhe para a situação por que o país passou comparando com outras situações semelhantes de outros países – Irlanda e Grécia: “o nível de riqueza destruída foi superior ao de Portugal”.

António Costa responde com a sua experiência na Câmara a diferença para o actual Governo: “Sei bem o que é herdar uma dívida grande. A diferença é que eu reduzi 40% a dívida que recebi e o Dr. Passos Coelho aumentou em 19% a que recebeu”.

Sobre a Câmara de Lisboa – e redução da dívida: Passos lembra que “parte dessa redução foi com o dinheiro que a gente lhe deu com os terrenos do aeroporto”. By the way, mais uma privatização (a da ANA) criticada pelo líder socialista. Ele é contra, mas lá que lhe deu jeito deu.

A questão de António Costa que passou o tempo a usar o chavão de que o Governo foi além da troika (trazendo até Vítor Gaspar para o debate) é um absoluto fait divers. Em muitas questões Portugal ficou muito aquém da troika. Passos não respondeu isto e se o tivesse feito tinha posto no lugar esta demagógica sentença de António Costa.

Passos Coelho teve bem nesta resposta à critica de que não há números no programa da coligação. Evidentemente que a coligação tem as medidas muito mais quantificadas que o PS, em virtude de ser governo e ter de gerir com números, isto é, com a realidade: "Os números estão bem quantificados no programa de estabilidade que o Governo apresentou à Comissão Europeia”. Passos diz que vai agora responder à questão mais importante, “desmistificando” a ideia de que a austeridade é virtuosa. “Eu não tenho uma espécie de entendimento perverso de que gosto de aplicar austeridade ao país, ou de que austeridade e diminuição de rendimento são medidas virtuosas – os países que o fizeram, fizeram porque precisavam, deixemos-nos de brincadeiras”, diz Passos.

Passos volta a lembrar medidas do anterior Governo de Sócrates: cortou salários, baixou pensões, aumentou IVA. “De certeza que não o fez porque gostava”.

Sobre o desemprego, Passos é firme nos números: chegou a estar no patamar dos 18% e “agora está em cerca de 12%”. “O desemprego tem vindo a diminuir e o emprego tem vindo a ser criado – conseguimos criar cerca de 200 mil empregos na economia”. É preciso ver que em recessão, como esteve a economia portuguesa, não há criação de emprego, há aumento do desemprego. Estudar macro-economia para mais explicações. A recessão nasceu quando, ainda no Governo anterior, foi pedida a intervenção da troika porque o país não se conseguia financiar.

Pedro Passos Coelho: Como criamos emprego então? “Quem cria emprego são as empresas, não é o Estado. O nosso programa é claro nesse aspecto”.

Passos esteve bem quando disse que nos 6 anos do PS, a população empregada diminuiu 174 mil e nessa altura a economia não estava em recessão.

Pedro Passos lembra ainda que as “exportações batem recordes” e que o Governo criou condições juntos dos jovens para que a economia fosse “mais competitiva”.

Uma das coisas que não foi dita com suficiente ênfase é que pela primeira vez o saldo primário da dívida (sem juros) foi positivo. 

Passos esteve em alta quando diz que “diminuímos o défice global, que a despesa primária caiu como nunca, e que não é possível fazer cair a despesa sem conseguir poupanças significativas”. “Esse resultado nós conseguimos. E há muita transparência nessa informação, ao contrário do que antes”.

 António Costa esteve bem quando não descartou as responsabilidades do passado socialista.

Passos esteve bem quando diz que o programa do PS baseia na procura e consumo o crescimento económico, uma cópia do programa de Sócrates que levou o país ao excesso de dívida.

Sobre as propostas do PS, para quem não leu, ficou a saber-se pouco mais, mas ficou a saber-se isto: “Eliminamos a taxa do IRS em 2016 e 2017. Iremos rever ao longo da legislatura os escalões do IRS”, sem dizer no entanto se começa essa revisão em 2016. Além disso garante o PS repor a progressividade que deixou de existir com o quociente familiar. “Não são fantasias são compromissos com contas certas”.

Passos é sincero. Voltou a dar essa ideia no frente-a-frente com António Costa, ao assumir que o seu Governo não conseguiu alcançar a meta definida para o Serviço Nacional de Saúde no que toca aos médicos de família. "Aumentámos 700 mil, mas ainda faltam 1,2 milhões."

António Costa é mais demagogo. "Baixaremos as taxas moderadoras, não me comprometo nem com o montante nem com o calendário" Diz o socialista.." Não quero que daqui a quatro anos um sucessor diga de mim o que eu estou a dizer de si... Contra factos não há argumentos. Os números com que me comprometo são os números que estão aqui impressos [toca no programa eleitoral]". 

A melhor resposta de Passos a Costa foi esta, quando este volta pela segunda vez ao que fez na Câmara de Lisboa, procurando dar segurança aos eleitores. A frase “as pessoas sabem que eu prometo menos do que farei” provoca uma reacção de Passos: “Não comento o seu auto-elogio”.

A melhor resposta de António Costa a Pedro Passos Coelho foi: Frase da noite. "sei que gostaria de debater com o Eng. Sócrates. Mas vai ter que debater comigo porque o seu adversário sou eu". Responde bem Passos Coelho: "olhe que não é muito diferente".

No body language Pedro Passos Coelho é melhor. É mais simples e simpático. Penso até que a certa altura o próprio António Costa se rende áquela simpatia cativante. Não fosse a guerra ideológica e até conseguia ter esboçado um sorriso ao adversário. 

De resto sempre senti que António Costa sempre simpatizou especialmente com António Lobo Xavier, da direita católica, na Quadratura do Círculo. António Costa é daqueles socialistas que se atrai pelos antípodas. 

 


14 comentários

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De João. a 10.09.2015 às 06:19

Estou admirado que uma mulher do passismo ache que Passos esteve melhor no conteúdo. É uma opinião inesperada.


O debate foi uma xaropada. Dos piores que eu já vi entre candidatos a pm.
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De Ali Kath a 10.09.2015 às 08:57

é sempre a comunicaçao social quem ganha os debates 
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De Anónimo a 10.09.2015 às 09:51

Foi um suplício assistir àquela seca e confesso que houve momentos em que mudei de canal. É extraordinário como o Passos Coelho não conseguiu desmontar com uma frase, nem é preciso mais, a "obra" do Costa na Câmara de Lisboa. A Câmara de Lisboa é a entidade mais subsidiada do país, só tem de fazer obras, pagar a funcionários, e quando se lhe acaba o dinheiro vai pedir ao Governo. Alguma vez isso é modelo para o país? Portugal não funciona assim, muito menos agora com as regras do Tratado Orçamental. O Costa diminuiu a dívida da Câmara devido a uma receita extraordinária, ainda por cima por uma decisão do Governo, não foi mérito da gestão socialista da Câmara. Então a esquerda anda a atacar o Governo com as privatizações e o Primeiro-ministro deixa passar esta? Só se lembrou da venda dos terrenos do aeroporto no final do debate e mesmo assim deixou o Costa ficar com a última palavra.


Foram várias as vezes que dei um murro no sofá de frustração porque o Costa não levou a resposta que devia. O PS é um partido unipessoal que vive da imagem do seu líder e da construção mediática em torno da sua "obra" na Câmara de Lisboa. A sua imagem passa incólume à forma como tratou António José Seguro e como agora despreza José Sócrates (não que isso me interesse, porque estão os dois bem um para o outro), apesar de ter tido o seu apoio e financiamento para chegar à liderança do PS. Isto diz muito da personalidade de António Costa. Já nem falo no Costa Ministro da Justiça, nomeadamente na sua intervenção no processo Casa Pia e nas alterações à Lei na sequência desse processo, ou na sua megalomania como Ministro da Administração Interna, entregando à GNR lanchas rápidas para vigilância marítima, obrigando o país a gastar ainda mais dinheiro devida à duplicação de meios (felizmente que não teve tempo de fazer mais asneiras...).


A demagogia e a aldrabice ficaram patentes na forma como descreve os efeitos da austeridade imposta pelos credores, omitindo porque é que Portugal ficou sem dinheiro e a Troika tutelou Portugal durante três anos. Além disso, todo o programa socialista é um exercício bacoco efectuado por economistas supostamente competentes, evidenciando o vazio que é o PS neste momento. Tal não é nada de diferente em relação ao que Guterres havia feito com os Estados Gerais, e depois foi o que se viu.


Não gostei da falta de intensidade e da dispersão do Primeiro-ministro. A mensagem tem de ser clara e concisa. O adversário não pode ficar sem resposta, os "moderadores" que se lixem. A esquerda está a usar as perguntas nos debates para fazer acusações e depois o Passos e o Portas têm de se ficar e só responder para o futuro? Não pode ser. Já na terça-feira com a bloquista foi a mesma coisa. Ela não apresentava medidas, só fazia acusações e queixinhas, e quando chegava a vez do Portas a "moderadora" queria que este só falasse no futuro e não pudesse rebatar a outra.


Não é possível construir o futuro sem entender o passado e por isso não se pode deixar o PS passar por entre os pingos da chuva na matéria da dívida, do Euro ou da integração europeia. Não se pode mudar tantas vezes de posição como o PS mudou. Não se pode ser pró-Syriza num dia e no outro já nem conhecer os gregos (não admira que o Costa faça o mesmo ao Sócrates...), não se pode ser europeísta quando a Europa nos financia o modo de vida e passar a ser "nacionalista" quando as regras ficam mais apertadas, não nos podemos queixar do "protectorado" quando temos de reduzir a dívida e já não nos importarmos quando nos obrigam a receber refugiados sem qualquer critério. Os hipócritas e os cínicos podem. O PS pode, à cara podre, por isso é que não merece confiança nenhuma.
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De Maria Teixeira Alves a 10.09.2015 às 12:20

Muito bom comentário.
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De João. a 10.09.2015 às 14:10

Isto vindo de alguém que apoia um pm que fez uma campanha eleitoral em 2011 toda fundada em mentiras. É portanto cómico ver um apoiante de um mentiroso vir pregar pela verdade.
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De Anónimo a 10.09.2015 às 16:45


" fez uma campanha eleitoral em 2011 toda fundada em mentiras."


Exemplos?


Não fale muito, porque o seu partido tem tudo para se espalhar ao comprido e com estrondo, bastando que duas das premissas em que baseia o seu programa não se cumpram. Em primeiro lugar, o crescimento económico que os economistas contratados pelo PS projectam é muito optimista. Em segundo lugar, o Costa está à espera que a UE deixe que Portugal possa baixar o défice mais devagar (ou melhor que Bruxelas deixe que Portugal vá tendo défice orçamental...), dado que os socialistas não querem cumprir o Tratado Orçamental, mas como são sonsos acham que podem ir adiando com a mudança de governo, a ver se passa. Esperam que, como há dez anos, a coisa na Europa se companha para o lado deles e as regras voltem a relaxar. Mas se o crescimento for menor do que o que o Centano e o outros estimam (o Costa não deve pescar nada daquilo), a "bola" bate logo na trave com uma derrapem nas contas públicas, e depois Bruxelas não vai dar abébias a incompetentes. E então vocês já foram num ápice.


Da maneira que o Passos Coelho se comportou ontem, dei por mim a pensar se ele quer mesmo ser reeleito para o cargo que ocupa. É que Portugal está numa encruzilhada estrutural e política. Muitas das medidas que este Governo tomou foram medidas de emergência que não podem ser sustidas no tempo. Já não se pode aumentar mais os impostos, já não se pode congelar mais salários e pensões. A partir daqui, ou a economia cresce muito mais do que isto (e não é previsível que isso aconteça), ou é preciso cortar ainda mais na despesa pública e para tal é preciso alterar a Constituição. Mas para isso o PS tem de estar nesta "onda".


Ora se o Passos fosse pérfido, "deixava" o Costa vencer as eleições e ir para o Governo provar do seu "veneno" e estampar-se, para depois o PS perceber que para Portugal ficar no Euro é preciso alterar o enquadramento constitucional do país. Talvez a única maneira disso acontecer seja com o PS a liderar um executivo, para poder dourar a pílula para o seu eleitorado. Não é por acaso que o Passos Coelho não é explícito quanto à sua reforma para a Segurança Social, pois uma vez que precisa politicamente do PS para o fazer, mas sabendo que não terá essa garantia, o PM não está para perder votos inutilmente por causa de uma coisa que não depende unicamente da coligação.
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De Anónimo a 10.09.2015 às 19:11


Vale a pena rever o caso irlandês. A Irlanda tem de longe os melhores indicadores económicos dos países resgatados e todavia, apesar das pressões para que se alivie a carga fiscal e aumente o investimento público, o governo irlandês já avisou que manterá a prudência no orçamento para 2016 e quando muito apenas baixará o IRS (mesmo havendo eleições em Março do próximo ano)...


http://www.theguardian.com/world/2015/sep/10/ireland-economy-surges-with-gdp-growth-forecast-at-6
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De Anónimo a 10.09.2015 às 21:19

É muito triste falarem da curta memória que têm. Quem é que prometeu em 2011 que não subia os impostos? Que o Iva não aumentava? Que não era preciso um PEC 4? Quem criticou o PS pelo que aconteceu BPP e depois faz bem pior ao afundar um portugueses num banco 1 dia antes da derrocada? Tenham juízo, se calhar falam assim porque têm os bolsos cheios e não vos custa a ganhar a vida. Onde já se viu mandarem os portugueses emigrar e agora já dizem que podem vir os refugiados que quiserem( nada contra estes pobres seres humanos). Falam do Sócrates mas esqueceu-se do Relvas e do Macedo, e quando o Portas sair do Governo é outro que vai dentro. Falam da privatização do aeroporto e do dinheiro que foi para a Câmara, usado para baixar o passivo. E os milhões que o governo recebeu onde estão, porque será que o Sr. Passos Coelho não respondeu?
Deixem-se de tretas porque em portugal manda a Alemanha.
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De Anónimo a 11.09.2015 às 09:19


"Quem é que prometeu em 2011 que não subia os impostos? Que o Iva não aumentava?"
O PM pode sempre alegar que não sabia que o défice orçamental era superior ao que foi comunicado à Troika (porque é possível que quando Passos Coelho fez essas promessas estivesse a dizer a verdade), e se você quer ter razão em acusá-lo de ser mentiroso, tem de provar que o actual PM sabia que o défice real era superior a 10%, senão está apenas a bojardar.


"Que não era preciso um PEC 4?"
Não deve ter sido o Passos Coelho.


"Quem criticou o PS pelo que aconteceu BPP e depois faz bem pior ao afundar um portugueses num banco 1 dia antes da derrocada?"
Não é o BPP é o BPN. Quem afundou o BES foram os Espírito Santo, não foi o Governo nem o Banco de Portugal.


"Onde já se viu mandarem os portugueses emigrar e agora já dizem que podem vir os refugiados que quiserem( nada contra estes pobres seres humanos)."
Ninguém mandou os portugueses emigrarem, isso é a vossa sonsice a deturpar as palavras dos outros. Quem é que disse que podem vir os refugiados que quiserem?


"Falam do Sócrates mas esqueceu-se do Relvas e do Macedo, e quando o Portas sair do Governo é outro que vai dentro."
O Macedo é arguido e o PSD não fala em cabalas ou em conspirações contra a coligação. O Relvas é o quê, exactamente? O Portas é a vossa fixação, mas também nunca foi nada na Justiça a não ser testemunha. Sendo o CDS um partido pequeno e com tanta gente a odiar o Portas, se houvesse alguma coisa de concreto em relação a ele, não haveria dificuldade em mover-lhe uma acusação, ao contrário do que aconteceu com José Sócrates durante anos. Vocês nem sabem o que é o caso submarinos. Falam em corrupção mas aposto que não sabem explicar em que é que acham que houve corrupção. É os submarinos e pronto, está feito o "argumento".


"E os milhões que o governo recebeu onde estão, porque será que o Sr. Passos Coelho não respondeu?"
Tem défice de atenção? Foram para pagar a dívida, ou também julga que alguém meteu ao bolso?


"Deixem-se de tretas porque em portugal manda a Alemanha."
Então não sei porque é que a esquerda vai a votos. Não merece a pena. Mas espera, o "protectorado" tem dias...
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De João. a 11.09.2015 às 04:42

O meu partido não é o PS. 


Não sei se você foi descongelado este ano mas para os demais já é clássico o mix de mentiras que Passos lançou na pré-campanha e campanha de 2011. Você se quiser pesquisar encontra facilmente - há vários vídeos no youtube - se não quiser, se preferir enfiar a cabeça na areia, então não há exemplo que eu dê que lhe valha alguma coisa.
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De Tenho, mas não digo a 10.09.2015 às 16:15

Muito bem e apoiado. À atenção de MTA: este comentário devia ser elevado à categoria de texto principal.
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De Anónimo a 10.09.2015 às 17:10

muito bom! assino por baixo.
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De mentiroso compulsivo a 10.09.2015 às 15:15

Quem ganhou o debate? Depende se olhamos para o primado da gravata ou dos óculos... Óculos, esse é o grande problema!
(http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/quem-ganhou-o-debate-depende-se-olhamos-6129269)

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De Anónimo a 11.09.2015 às 18:20

O António Costa ganhou porque o Passos Coelho se apresentou, como é frequente, como o menino penteadinho e aparentemente bem comportado, que trata mal os colegas mas que tem sempre um sorrizinho para a senhora professora. Nunca suportei lambe-botas mentirosos e hipócritas, que atiram a pedra e escondem a mão, e foi isto que ele mostrou que é. Sempre a dizer que não quer chamar o Sócrates para a campanha, e sempre a falar nele. Disse que o programa da troika era o seu e queria ir além da troika, e agora nega que o disse! Que seja homem e assuma frontalmente aquilo que quer, e talvez faça melhor figura. Basta de mentiras.

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