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Que saudades eu já tinha de um post sobre fogos

por henrique pereira dos santos, em 07.06.23

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Não me perguntem exactamente a definição de capacidade relativa de supressão que está no eixo vertical, não estive para, mais uma vez, ir pedir ao Paulo Fernandes que me explicasse um pormenor que não percebo inteiramente, quando o quadro geral é claro como água: o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios (que é o que quer dizer o acrónimo do gráfico), vai quase sempre aumentando (tem umas variações anuais que até são no sentido de diminuir, mas rapidamente retoma a tendência geral, com fortes subidas depois de anos maus de fogos, como se pode ver depoir dos fogos de 2003/ 2005 e 2017, em especial em meios aéreos) ao longo dos anos.

Mas do aumento do DECIR se poderia dizer que cumpre a função essencial dos meios aéreos no combate aos fogos: tranquiliza as populações, apesar de não resolver grande coisa, isto é, é sempre útil eleitoralmente, mas tem pouca utilidade para uma gestão tranquila do fogo.

Sobre este gráfico Carlos Aguiar fez um comentário judicioso sobre a única conclusão possível, não apenas do gráfico, mas também do que ele vê nas vilas e aldeias por aí fora: "a dissonância cognitiva entre os actores relacionados com o fogo cresce de ano para ano". E acrescentou, noutro comentário, " Assisto a uma séria procupação no uso das máquinas ou na queima de amontoados nos períodos de risco. Sente-se muito bem nas conversas de café e entre vizinhos. E a repressão da GNR é real".

Não tenho dúvidas do esforço da AGIF para que não seja assim e para que nos concentremos em desviar o fogo do Verão para o Outono/ Inverno e Primavera, só que há um problema sério: é mesmo na sociedade que está o problema e não se resolve com mais capacidade técnica, só se resolve com mais economia capaz de gerir o fogo.

Como grande parte dessa economia não tem viabilidade no mercado (se tivesse, o problema era diferente, era mais próximo do que existia há uns setenta anos, de excesso de gestão, e não de ausência de gestão), resta esperar que a sociedade, quer na filantropia, quer nos incentivos públicos, quer na diferenciação intelectual dos meios de comunicação (toda a gente tem as suas utopias de estimação), acabe a achar que já chega de queimar notas de 500 todos os Verões, na esperança de que esse ritual dê sorte para os anos anos seguintes.


2 comentários

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De balio a 07.06.2023 às 12:18


Para além do problema da viabilidade económica da gestão, há também o problema da sua viabilidade demográfica: há cada vez menos homens disponíveis para trabalhar (em boa parte porque a sua saúde já não lho permite).
Temos que, não somente arranjar forma de pagar a gestão, mas também que fazer uma gestão que dependa pouco de mão de obra.
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De Anónimo a 07.06.2023 às 23:22

O chef Prigozhin disse se fossem contabilizadas a façanhas russas na campanha da Ucrânia já teriam sido destruídos cinco planetas.
Por estas terras lusas acontece o mesmo. Somados os anúncios dos Pedros, o Santos e o Marques, do ministério dos </a>carroceis, hoje já teríamos construída a Linha do Atlântico (via dupla electrificada) servindo as Berlengas, Pessegueiro, Açores e Madeira.
Quanto à floresta... Bom quanto à floresta e ao dinheiro a rodos que a ela noticiam, espanta que os esvaziadores de pneus, o zero da Zero, o genro do Bispo e a Greta do 11ºC, ainda não tenham descoberto a Matrafónia nestas terras de Santa Maria e se percam no sonho desse lugar mítico assistindo aos corsos de Carnaval.

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