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Quantos são, quantos são?

por henrique pereira dos santos, em 13.11.22

Andam por aí uns spin-off do Bloco de Esquerda, acompanhados de umas organizações formatadas para estar sempre de bem com Deus e o Diabo, a fazer umas manifestações pindéricas de umas dezenas de manifestantes, umas ocupações de treta com meia dúzia de activistas, por vezes com as mães atrás, a dar apoio.

Parece que é tudo contra o fracasso climático.

Até aqui, nada de especial, faz parte do folclore, como o vira do malhão.

O curioso é que quando são criticados, ou alguém que acha que tem obrigações para com as pessoas que são prejudicadas por estas perfomances resolve dizer ou fazer o óbvio, aparecem logo umas quantas pessos a comparar a entrada da polícia nas universidades no tempo de Veiga Simão com intervenções corriqueiras da polícia democrática para resolver arruaças, e a dizer que é preciso valorizar o factos dos jovens lutarem por aquilo em que acreditam.

O normal consiste em saber o que são os jovens e o que querem.

Aparentemente, o que os jovens querem não se define em processos democráticos, em eleições, em associações, em organizações que se envolvem nas comunidades e resultam das comunidades, aparentemente parte-se do princípio de que, da mesma forma que acham que o que os trabalhadores querem é o que diz a CGTP que eles querem, apesar de haver hoje mais trabalhadores a votar no Chega que nos patrões da CGTP, também aqui o que os jovens querem é o que estas dezenas de pessoas dizem que os jovens querem.

Há alguma razão para fazer essa suposição?

As manifestações juntam milhares? As ocupações rebentam por todo o país, em todas as escolas, com forte apoio social?

Não, nada disso, são umas arruaçazitas, a que ninguém liga nenhuma, a não ser jornalistas e afins.

Qual é o critério de interesse social que leva boa parte do jornalismo a dar espaço e atenção a estes grupinhos de amigos?

Ninguém sabe.


8 comentários

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De Manuel da Rocha a 13.11.2022 às 11:47

Atenção que quem começou com as ocupações foi a JSD, na António Arroyo. Eram os 80 membros da JSD que organizaram a logística para exigirem a demissão do governo (ainda há tarjas dessas penduradas nas redes laterais) e novas eleições, onde o símbolo da JSD e PSD está nos 4 cantos, alguns rasgados, depois do BE organizar grupos apoiantes, noutros locais. 


O Chega irá dotar o super sindicato para 90 milhões de portugueses, com 8,55 milhões de euros, para início de actividade. Uma forma de organizar os 18722 (até sexta) sindicatos de enfermeiros, registados e com direcção de 3 pessoas, no mínimo, e 4, no máximo, os 10138 sindicatos de pessoal médico, os 2289 sindicatos das forças policiais, os 683 sindicatos de pessoas militar e guardas prisionais e os 8000 sindicatos de várias coisas, boa parte ligados à função pública. Esse super sindicato já prometeu pagar 30 dias de ordenados com prémios de 10000%, a quem participe na greve de Abril de 2023, onde André Ventura irá discursar 30000 vezes, nas 12000 manifestações que já estão a ser organizadas. O Chega está a planear cortar as 2 pontes sobre o Tejo e a A1, durante 10 a 15 dias, para tentar fazer cair o governo, aproveitando os recursos que vai obtendo, nesses sindicatos obscuros, como foram os 830, que organizaram as greves de camionistas, liderados por um membro do Chega, passando para um colega, do Iniciativa Liberal, obtendo os lucros do protesto e calando as reclamações de abuso dos próprios camionistas, proibidos de circular pelos patrões, que pensaram obter milhões, em lucros imediatos, caso as promessas daquele líder, fossem conseguidas.
Foi o mesmo esquema que Pedro Simas, virulogista, usou para apoiar o PSD (e a coligação de 89000 movimentos cívicos) na câmara municipal de Lisboa. Entretanto recebeu 90060 euros de pagamento, além dos 3100 euros, mensais, do cargo de vereador e mais de 7 milhões para a empresa seguradora, onde trabalha como consultor e que pode receber 620 milhões de euros, nos próximos 3 anos, graças ao "seguro de saúde PSD-Lisboa", para os idosos irem ao dentista, e oftalmologia, a custos reduzidos. 

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