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A entrevista que Susana Peralta deu, em que advogou um Imposto extraordinário a quem não perdeu rendimentos com a pandemia, criou uma onda de choque e até revolta.
Olhemos um pouco para os factos. A pandemia e as suas consequências económicas , foram muito mal distribuídas pela sociedade. Por sectores e pessoas.
A maioria dos indivíduos, felizmente, não sofreu com a pandemia. Mas muitos perderam rendimento e o seu trabalho. E parte deles, os precários, nem recebem prestações sociais de apoio, nem podem trabalhar.
Assim acontece porque o Estado, mais do que por não querer, foi impotente para responder a essa catástrofe. Numa sociedade que se pretenda mais equilibrada, a proposta de Susana Peralta faz sentido: tirar um pouco a quem não sofreu, para compensar parte das perdas dos atingidos pela crise.
Mas não é só nesse aspecto que um imposto deste tipo faz sentido. A coesão social e a resposta à pandemia seria seguramente diferente se todos enfrentassem a mesma realidade.
Se todos fossem afectados pelo combate à pandemia, seguramente não haveria dois grupos tão distantes nos seus protestos. Necessariamente afectados e extremados, pelos que sofrem e por quem não sofre economicamente com a pandemia. Ficar encerrado no Palácio de Belém é diferente do que ficar preso num barraco. Deixar de comer, é pior do que adiar uma férias.
Mas no final, para diferentes realidades correspondem escolhas diferentes. Para no final, termos a exploração das minorias pelas maiorias.
Um dos pressupostos do funcionamento da economia de mercado, a de que as pessoas agem racionalmente no seu interesse egoísta, é uma realidade que se manifesta nesta situação. Cada um, em função das suas circunstancias, tem um incentivo em preferir mais ou menos confinamento. Mais ou menos risco. Tal como acontece numa economia de mercado ( não a nossa....), ocasionalmente, há a necessidade de regulação por parte do Estado, de forma a evitar abusos e desvios. Tal como na Economia, o Estado na pandemia, impõe tudo e mais alguma coisa a todos. Mas perde a voz quando estamos a falar do mais poderoso dos grupos , a maioria dos votantes.
Pessoa afectada na maneira de trajar, de andar e de se comportar. = CASQUILHO, JANOTA
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