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Foi-me especialmente agradável a leitura de uma crónica no Observador de um senhor, para mim até agora desconhecido, João Pedro Marques de seu nome.
O tema andava em volta da Ex.ma Senhora D. Fernanda Câncio, doutora de profundos conhecimentos sobre Portugal até algures na primeira década deste século. Depois dedicou-se à política, dedicou-se ao Passado, dedicou-se a imensas coisas frutíferas menos as que lhe passavam diante do nariz e até lhe terão proporcionado bons e caros momentos de lazer.
Mas indo à dita crónica. Nela se comentavam as inefáveis sentenças da Ex.ma Senhora D. Fernanda Câncio sobre o discurso do presidente Marcelo no 25 de Abril. Ou o seu inesperado apelo de reconciliação dos portugueses com a sua História.
A Ex.ma Senhora D. Fernanda Câncio achava que não. Vai daí, embrenhou-se numa maçadora - com a devida vénia a S. Ex.cia - diatribe sobre a Guerra Colonial, lida e interpretada no seu tempo e à luz dos dias de hoje. Para concluir pela nefanda portugalidade (quiçá porque enseja propor mais alguma obrigatoriedade, por exemplo a dos casamentos inter-raciais).
João Pedro Marques limitou-se a invocar a legislação pombalina de 1761, que aboliu a escravatura na Metrópole e nas actuais Regiões Autónomas. Era o suficiente? - inquire. Não, claro, mas era um passo à frente do tempo, no meado do século XVIII.
E eu acrescentaria: fomos depois o primeiro País (obviamente em Monarquia) a abolir a pena de morte. E dos últimos em consentir o voto das mulheres, mas, retroagindo, agora em República.
A Ex.ma Senhora D. Fernanda Câncio sabe isto e muito mais. Sabe até que nunca será uma Ex.ma Senhora D. Mas o vício é quem manda. E o vício chama-se desconstruir.
E é, efetivamente, escravatura."
É caso para perguntar à jornalista Câncio, se do conforto da sua capital não se "avistam" estas coisas comezinhas. Onde tem estado e o que tem feito, onde estão as suas notícias, as suas reportagens e os seus artigos e o seu "activismo" militante por "causas"? É que tratando-se de um caso grave não se lhe conhece nenhuma luta, nem petições pelos Direitos Humanos, nem uma denúncia de tráfico de pessoas, exploração e escravatura dos trabalhadores migrantes ao longo de todos estes anos? E eles estiveram sempre aqui, um palmo à sua frente, durante anos.
Há outras coisas que "estão a dar" mais, é preciso cavalgar a boa onda.
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