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Poucos assuntos geram tão grande desassossego social e mediático como a religião. Rara é a pessoa que não tem uma opinião sobre a defesa intransigente da vida humana, o celibato dos padres, a ordenação das mulheres, a comunhão dos divorciados ou, mais genericamente, a forma como a Igreja propõe a vida familiar e sexual. Qualquer um destes temas faz com que pessoas sensatas — e independentemente de sobre ele terem uma opinião estudada ou fundamentada — percam a compostura para defender a sua visão, contra ou a favor de um qualquer ditame, bispo ou postura. Apesar disso, poucas figuras terão gerado tão clamoroso entusiasmo como o desconhecido Jorge Mario Bergoglio quando, com certos ares de revolucionário, ascendeu ao sólio pontifício como Francisco. Tornou-se mais fácil, mesmo entre pessoas politicamente conservadoras, identificar católicos progressistas.
A constante tentativa de a sociedade contemporânea condicionar a Igreja e tentar obrigá-la a evoluir assemelha-se perigosamente à tentação que os Estados sempre sentiram de se apossarem das Igrejas para fazerem delas braços armados dos seus objetivos: alimentada por uma horda de opinion makers tão aguerridos quanto os protestantes de outrora, a sociedade assume que a Igreja permanece nas “trevas” por incompreensão dos seus líderes, incapaz de se adaptar para ser mais bem aceite e deixar de ser o que consideram constituir uma aberração. Pressupõe que a Igreja é uma espécie de clube, de associação ou de partido que precisa de um determinado número de fiéis para provar a sua razão e, sobretudo, que não pode propor algo diferente daquilo que a maioria aceita. E, na Igreja, muitos — leigos, presbíteros e prelados — pensam manifestamente da mesma maneira. Que uns e outros compreendam o alcance dessa evolução é outra questão.
A ler na integra Ademar Vala Marques, na revista do Expresso desta semana
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