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Público, by Sofia Lorena and friends

por henrique pereira dos santos, em 21.12.17

"- (...)o conseguiram com o [referendo de] 1 de Outubro. O problema é que só houve dois feridos [Generalitat, autarquia e serviços de saúde falam em mais de mil, dois deles graves, incluindo um que perdeu uma vista, atingido por uma bala de borracha] e Puigdemont não pôde ir visitar hospitais. Ele precisava disso, melhor ainda com tanques(...)."

Ainda antes de ler em papel (eu compro todos os dias o Público em papel, isto é, presto, à minha escala, o mesmo serviço público de suporte desinteressado à imprensa que Belmiro de Azevedo, apesar dos prejuízos pessoais daí decorrentes) li no facebook de uma amiga o seu protesto por esta coisa absolutamente inacreditável:

uma jornalista entrevista uma pessoa e desmente o entrevistado, não na forma normal, que seria o de o confrontar com a informação diferente em que a jornalista acredita, mas corrigindo-o na publicação da entrevista intercalando a opinião da jornalista de forma capciosa.

Compreende-se, para uma jornalista de causas não é admissível a hipótese dos leitores serem incapazes de reconhecer a linha justa e por isso é preciso repôr a verdade.

Sempre haverá jornalistas formados na escola da "verdade a que temos direito" (o velho slogan de "O diário", o jornal que o PC inventou depois de perder o controlo de todos os outros jornais, à medida que o PREC perdia força), por isso não me espanta que haja jornalistas a querer enfiar-me a verdade a que tenho direito pela goela abaixo, como tem feito sistematicamente Sofia Lorena sobre a Catalunha, no Público.

O que me espanta (e espanta-me que eu me continue a espantar com isto) é que haja editores de jornais que deixem passar uma barbaridade destas, que haja directores de jornais que deixem passar uma barbaridade destas e que haja muitos leitores (eu incluído) que mansamente paguem estas barbaridades, sem se revoltarem.

Infelizmente a maioria dos leitores revoltam-se da forma mais simples e menos eficaz: deixam de comprar panfletos ao preço de jornais, o que tem como resultado menos jornais e piores, isto é, mais liberdade para o exercício dos poderes públicos sem o adequado escrutínio.


6 comentários

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De Anónimo a 21.12.2017 às 10:17

A jornalista não desmentiu o entrevistado, a jornalista colocou entre parênteses retos as afirmações de outras pessoas ("Generalitat, autarquia e serviços de saúde falam em").
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De Anónimo a 21.12.2017 às 22:32

Pois, pois, e isso é o quê?! "condução" (também está entre aspas/comas) de opiniões, eufemismo, para lavagem ao cérebro.
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De O SÁTIRO a 21.12.2017 às 22:53

o pasquim público está infetado de intelectualóides dementes, "progressistas" com monas da pedra lascada, tipo defesa tresloucada e raivosa da selvajaria islâmica, que vivem nos luxos do capitalismo reclamando do capitalismo,,,,,,problema bipolar.
há muito poucas e honrosas exceções, não sendo o caso dessa madame....
sendo óbvio que dá prejuízo, tapado pelas empresas Azevedo.....e como não quero alimentar as alucinações do pasquim,,,,,decidi já há anos,,NÃO COMPRAR NADA EM WORTEN   CONTINENTE  ETC.....
a competição é suficiente para escolher outras marcas..


mas o que deu ao Belmiro para lançar um jornal destes???   recordações do BPM....e UDP??
mistério
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De Carlos Conde a 22.12.2017 às 23:15

Caro Henrique 
Já pensaste em a adquirir mais unidades do "Público" diariamente?
Quem sabe talvez assim melhor a qualidade do jornal...
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De Aventino a 23.12.2017 às 18:50

"Neste restaurante eu entro, a comida é má, os empregados são arrogantes e estúpidos mas continuo a frequentá-lo diariamente."
...Viciado em trampa!
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De Tiro ao Alvo a 23.12.2017 às 20:58

A jornalista escreveu que (...) "falam em mais de mil, dois deles graves, incluindo um que perdeu uma vista".
Eu gostava de saber como é que se perde uma vista; perder um olho, eu sei, mas perder uma vista não sei o que é.

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