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Vejo por todo o lado, das pessoas mais qualificadas às menos qualificadas, afirmações peremptórias de que vamos ter uma explosão de casos em Janeiro por causa das regras laxistas para o Natal.
Eu tenho uma proposta de acordo.
Se a 15 de Janeiro os casos aumentarem mais de 25% em relação a 24 de Dezembro, podem continuar a prometer o apocalipse para amanhã e a tomar medidas radicais para o evitar.
Se o aumento de casos ficar abaixo dos 25%, quer dizer então que um Natal com regras laxistas (questáo diferente é o comportamento das pessoas, que é largamente independente das medidas coercivas tomadas) não teve um efeito por aí além, as coisas ficaram dentro da capacidade de encaixe do sistema de saúde e podemos parar com as promessas do apocalipse para amanhã e com as medidas que impactam radicalmente a vida das pessoas, sem grande efeito na progressão da epidemia.
Começando por enterrar definitivamente qualquer hipótese de fecho de escolas (mesmo à maneira dos políticos do centro da Europa que para acalmar os seus eleitores resolveram fechar as escolas durante as férias de Natal, prolongando-as um bocadinho).
Que as coisas vão piorar depois do Natal é uma (quase) certeza. Basta analisar o que se passou todos os anos com a gripe depois do Natal e do Fim do Ano (mesmo nos 2 últimos anos, em que em termos de mortalidade a gripe foi muito benigna).
O que está mal na gestão da pandemia é que as medidas tomadas não têm lógica. Se acreditam que o confinamento é a estratégia eficaz, não faz qualquer sentido o alívio das medidas na altura do Natal. Se o “alívio” das medidas no Natal são uma “cedência” aceitável, qual a razão de medidas tão restritivas desde Outubro?
Em relação à nova estirpe detectada no UK. Se a situação tem alguma gravidade qual a justificação de deixar entrar alguém proveniente do UK com um teste negativo nos últimos 3 dias? O período de incubação pode durar até 14 dias. Temos o exemplo do Costa que teve um contacto com alguém infectado e fez o teste (sem qualquer indicação segundo a papelada criada pela DGS) que deu negativo, mas tem de fazer 14 dias de isolamento.
A maioria das medidas adoptadas parecem mais ter sido idealizadas para mostrar que estão a fazer alguma coisa e em Portugal que não vão contra a base de apoio do governo (ou seja são aceites pelos focus group do Costa). Estou curioso como vai o Costa afinar a sua estratégia com o agravamento das medidas que estão a ser implementadas na Europa em relação à “ameaça” da nova estirpe. O agravamento da situação depois do Natal não poderá ser empurrado para cima da “inconsciência” das pessoas, quando o governo não tomou as medidas que os outros países europeus adoptaram. Lá vai ter o Costa que governar, o que por mais habilidoso que seja, detesta fazer.
Eu tenho uma proposta de acordo.
Se a 15 de Janeiro os casos aumentarem mais de 25% em relação a 24 de Dezembro, podem continuar a prometer o apocalipse para amanhã e a tomar medidas radicais para o evitar." ???
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