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Durante anos a doutrina de gestão do fogo em Portugal condensava-se no slogan "Portugal sem fogos depende de todos".
O slogan durou muitos anos (acabou recentemente) e durante esses muitos anos a esmagadora maioria das pessoas que diziam qualquer coisa sobre fogos não tinham a mínima dúvida sobre a justeza do slogan.
E tanto assim era que quase todos os países, pelo menos durante algum tempo, tinham adoptado a mesma filosofia de gestão do fogo. Não era possível estarem todos enganados, sendo bem conhecidas algumas figuras associadas a esta doutrina de gestão do fogo, a mais conhecida de todas seria sem dúvida o Smokey Bear "Remember... Only YOU Can Prevent Forest Fires".
E, no entanto, esta doutrina tinha dois problemas.
1) O paradoxo do fogo: quanto mais eficiente era o controlo das ignições e dos fogos, maior era o potencial destrutivo do primeiro fogo que fugisse de controlo;
2) Em Portugal, mas nos outros países não deve andar longe, quase 90% da área ardida resultava de menos de 1% das ignições, o que significava que podíamos reduzir em 90% as ignições e isso ter um efeito marginal na área ardida.
Ou seja, ao concentrarmo-nos num factor, as ignições, com o argumento de que sem ignições não há fogos - uma lógica inatacável que terá sido, em grande parte, responsável pela persistência da doutrina do "Portugal sem fogos depende de todos" - descurámos quer a impossibilidade material de reduzir as ignições a zero, quer o trabalho na alteração das condições estruturais para a existência de grandes fogos com grande potencial destrutivo.
Essencialmente esquecemos o papel imunitário do fogo em relação ao fogo. É certo que é uma imunidade temporária, o que implica a vacinação periódica, mas ainda assim podemos contar pelo menos com uma imunidade de cinco anos depois de um fogo intenso de Verão, e uma imunidade provavelmente menor, três a quatro anos, se estivermos a falar da vacina que desenvolvemos e a que chamamos fogo controlado.
Só quando finalmente percebemos que a doutrina de gestão do fogo não deve ser feita pelos que estão na linha da frente do combate, mas pelos que estão no Estado Maior - Sun Tzu pelos vistos não é estudado na Escola Nacional de Bombeiros nem nas Escolas de Saúde Pública -, que o fogo era um elemento natural com que contar, e não um inimigo a eliminar, é que finalmente percebemos que Portugal nunca deixará de ter fogos e que é preciso conhecimento, persistência e recursos para aprender a conviver serenamente com o fogo, o que implica investir seriamente no trabalho de formiguinha de gestão do contexto, em detrimento das espectaculares campanhas como as do smokey bear e do reforço dos meios da linha da frente.
Um dia também a campanha "Portugal sem contágios depende de todos" acabará, pelas mesmas razões pelas quais acabou a outra: fenómenos naturais gerem-se conhecendo-os e respeitando-os e não pretendendo que toda a gente seja aquilo que não é: uma máquina que vive no meio de uma cidade como se estivesse numa sala de cuidados intensivos, adoptando os procedimentos adequados a uma sala de cuidados intensivos no café ou na relação com os filhos e os netos.
Nós não somos assim e de cada vez que se deu poder ao Estado para fazer de cada um de nós um homem novo apenas interessado no bem comum, o resultado foi trágico.
Pode ser uma reflexão descabida mas tenho a impressão que estamos perante uma forma hitleriana de resolver a pandemia.
Tal como os judeus os infectados são estigmatizados, ostracizados e confinados em campos de concentração que neste caso são as próprias casas. São gaseados diariamente pela comunicação social fazendo-os acreditar que são seres imperfeitos por isso é que são isolados da sociedade.
Está a ser criada uma aplicação para substituir as estrelas e os números dos judeus (perdão dos infectados), e assim ficarmos a saber onde é que anda essa raça.
Chegámos ao cúmulo do presidente da câmara de Mafra dar a morada dos infectados aos presidentes da junta e à policia municipal para controlar essa raça maldita, e desinfectar as casas e os passeios adjacentes.
Eu neste caso proponho que o desinfectante seja à base de fósforo para que de noite seja bem visível e possamos manter uma adequada distância de segurança.
Só espero que no fim, depois de matarem os covides todos não impliquem com a cor do meu cabelo. É que eu não me estou a ver alto e loiro, como os arianos.
Podemos ainda não estar no nazismo pandémico mas olhe que esta pandemia já está a criar uns pequeninos ditadores.
Veja o caso do presidente da câmara de Mafra que já tem a lista dos infectados do concelho e por sua iniciativa divulgou a todos os presidentes de junta.
Até quando iremos tolerar esta violação de direitos?
Será que a pandemia dá direito a qualquer badameco ter acesso aos dados clínicos de qualquer doente?
Vamos ver se esta pseudo pandemia não irá descambar numa guerra civil quando a economia descambar e não houver dinheiro para comprar os bens essenciais.
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