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Porque os Europeus são tão superiores aos Americanos?

por Jose Miguel Roque Martins, em 30.03.24

Quando observamos longas series económicas entre os Estados Unidos e a União Europeia, desde há algumas décadas, há uma quase constância de 30% entre o indicador mais robusto para comparar rendimentos de diferentes espaços económicos: o produto per capita medido em paridades de poder de compra. Mudam-se os tempos, mas não se muda a riqueza relativa: os Europeus têm um rendimento 30% inferior aos dos Estados Unidos.

Captura de ecrã 2024-03-30, às 14.19.51.png

É também interessante a convicção generalizada dos Europeus da superioridade do seu modelo económico e social. Poucas pessoas encontro que, tal como eu, apreciem o desempenho e a liberdade do povo Americano, mesmo sabendo que uma percentagem não desprezível, mas não grande, vive na sua margem.

Raramente encontro pessoas que saibam que nos EUA, mesmo que de formas mais incipientes do que na Europa, existe subsídio de desemprego, pensões de reforma e, desde o Obamacare, um esqueleto de um serviço Universal de saúde. Uma parte de mim deseja mais Social, outra receia, com argumentos, que estes movimentos sejam, entre outros, os factores que desencadeiem um empobrecimento geral, um custo de 30% da riqueza criada e uma vida tolhida por regras.  Gostava de saber até onde se deve ir.

Poucos são os que, do alto da sua superioridade, reclamando uma absoluta primazia cultural dos Europeus, não ignoram a excelência das suas universidades privadas, dos hipermercados de livros, dos fantásticos museus, do espaço da música erudita, da arte em geral. Mais frequentemente comparam os ignorantes ou pouco cultos, que aparecem em filmes e series, com representantes de excelência da academia Europeia. Esquecendo que a inteligência e provavelmente a cultura, cá e lá, se distribuem da mesma forma estatística.

É evidente que nem tudo é melhor nos Estados Unidos do que na Europa, já para não falar de períodos menos deslumbrantes de um lado e doutro.

Tudo somado, parece-me de uma intolerância preconceituosa absurda e criminosa não haver interesse popular em investigar porque tantas coisas são melhores na América do que na Europa.

Uma Santa Pascoa para todos, são os desejos de um agnóstico.


21 comentários

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De IMPRONUNCIÁVEL a 30.03.2024 às 16:02

Mais pobreza, miséria, violência e assimetria do que nos EUA?

 

Só quem não está habituado a ir às ruas de New York e à maioria das cidades estadudinenses. Já viveram lá nos últimos 5 anos? Experimentem.

 

A riqueza dos EUA medida pelas estatísticas esconde o genocídio de 80% da população por 10%. A riqueza produzida e acumulada por esses 10% é o resultado da expropriação de 90% da população. Basta comparar o ‘Índice de Geni’.

 

No tempo do Salazar o mal era a 'guerra colonial', e iam todos para a tropa obrigados. Agora, passados '50 Anos de Abrilismo' (e para os comemorarem), os chefes-militares portugueses apelam outra vez ao 'serviço militar obrigatório' para os jovens irem para uma 'guerra colonial', agora a da Nato.

 

E os donos da 'UniãoEuropeia', batem palmas, pugnam pelo 'Federalismo' (que é uma espécie de URSS pós-moderna), e até querem que os Povos e Nações da Europa abdiquem das suas 'Constituições' (e independência) substituindo-as por uma 'Constituição Europeia' (ditada por esses 2 ou 3 que mandam na Europa).

 

E os parolos aqui da terrinha, andam entretidos a falar do PS e do PSD (e dos outros zombies à esquerda e à direita) e da composição do Governo, que não manda nada neste desígnio Político vindo de fora.

 

ISTO É, se quem manda em Portugal é a Nato qualquer palhaço faz o papel sem qualquer problema.

 

TRISTE.

 

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De passante a 30.03.2024 às 21:03

se quem manda em Portugal é a Nato


... a Europa está a cortar a própria garganta às ordens da dita, e as comparações são irrelevantes.


Os factos são que os europeus foram corridos das Américas no século XIX, de África no XX, e agora viram a vastidão russa amputada.


O resto é palha para entreter.
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De Albino Manuel a 31.03.2024 às 11:03

GINI, não Geni.
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De rui castro a 31.03.2024 às 11:42

Salazar teria orgulho neste estado corporativo
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De Anónimo a 30.03.2024 às 18:26

Claro que são superiores!!! Não gostaram que a Europa pagasse a energia barata da russia e obrigaram os europeus a comprarem a sua energia que é muito mais cara... 
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De Albino Manuel a 30.03.2024 às 18:30

Está a esquecer a China, que em PPP até já tem um pib bem acima do americano. E é inútil chamá-la de comunista. Bilionários por lá não faltam. O primeiro tem uma fortuna que ronda os 60 mil milhões de USD; dava para forrar a diamantes o hotel Vitória do PCP.
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De balio a 30.03.2024 às 18:35


porque tantas coisas são melhores na América do que na Europa


Mas também muitas coisas são melhores na Europa.
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De Anonimo a 30.03.2024 às 19:21

A americanização será a morte da Europa.
Não sei ao certo o que é "melhor" nos USA, mas adiante.
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De Anónimo a 31.03.2024 às 00:14

Bom há quem considere a América, "helenística da Europa"...
Juromenha
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De lucklucky a 31.03.2024 às 00:17

Nada mostra mais o falhanço Europeu que comparar a Ariane Space com a SpaceX.
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De Anonimo a 31.03.2024 às 10:24

Ou comparar a Boeing com a Airbus.
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De lucklucky a 01.04.2024 às 03:15

Nessa é o inverso. mas são peanuts para o futuro.
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De Filipe Bastos a 31.03.2024 às 04:57


Os EUA chulam o resto do mundo há mais de 70 anos. Saiu-lhes a lotaria nas duas guerras mundiais; a implosão da Europa e a ameaça do papão soviético foi o melhor que lhes podia ter acontecido. Desde aí que usam o sagrado dólar, a moeda-padrão, para viver à grande e as bombas para meter na linha quem os desafia. Os EUA não têm aliados, têm lacaios. 
 
Pela sua dimensão, recursos e população dificilmente seriam um país pobre; mas sem o dólar e a riqueza chulada e inventada do ar nestas décadas, sobretudo desde a orgia financeira pós-Reagan e a orgia ao cubo pós-1991, jamais conseguiriam pagar o seu absurdo estilo de vida, as mil bases pelo mundo fora, ou atrair a mão-de-obra e os cérebros de tantos países. 
  
Mesmo com tudo isso conseguem ter a - de longe - maior dívida mundial e, como parasitas que são, não têm a menor intenção de pagá-la. Pagar dívidas é para otários como nós. 
 
Do resto, da exploração do próprio povo, já o Impronunciável disse +- o essencial. Mais de 40 milhões de americanos são oficialmente pobres; outros milhões vivem de mês para mês, com dois ou três empregos, sem férias, cheios de medo de adoecer. Muitos recusam ambulâncias; não as podem pagar. Ver (ler) europeus a salivar por tal esgoto é deprimente.
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De Jorge a 31.03.2024 às 09:43

Tanto comentário de xuxa comunista ressabiado . Que tal estudar primeiro e comentar depois ?
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De M.Sousa a 31.03.2024 às 11:15

Intelectuais esclarecidos e bem-pensantes em geral: não se preocupem. A Europa já diz cada vez menos aos americanos. E os acontecimentos recentes dão-lhes razão...
Por isso, estejam descansados. O nascent volta a ser vermelho. Talvez não esteja assim tão longe entregarem-se ao Império do Meio e voltarem a fazer romagens ao altar do anti-capitalismo...
Tudo isto, claro está, mantendo o confortável sofá de onde hoje emitem tão doutos pensamentos ...
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De Filipe Bastos a 31.03.2024 às 19:05


A Europa já diz cada vez menos aos americanos. 
 
Aos americanos diz nada; nem sabem onde fica. É aos mamões lá do sítio que diz o mesmo de sempre: querem mandar na Europa, chupá-la através dos seus 'mercados' e multinacionais, e viver cá - em Londres, em Paris, no Mónaco, nas ilhas gregas, na costa croata, etc. - como lordes quando lhes apetece. 
 
Como os triliões que inventam do ar começam a ser insuficientes para financiar o hospício neoliberal chamado EUA e o braço criminoso-militar chamado NATO, usam o gangster Putin para apertar os seus fantoches europeus, os Sunaks e Macrons da vida. Continuam assim a mandar nisto, gastam menos uns trocos, mamam mais em armamento e ainda passam por porreiros pacificistas. 
 
Ao americano médio, neurótico e ignorante, que agita a bandeirinha e vota no Trampa (ou no Biden, tanto faz), isto é indiferente: tirando uns empregos nas fábricas de armamento nada ganha com isto. Lá como cá, ou na Rússia ou na Ucrânia ou na China, são as pseudo-'elites' que ganham. Como sempre.
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De M.Sousa a 31.03.2024 às 23:52

Lá está confirmado o tema do post. Superioridade suprema europeia... 

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