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Carla Castelo foi jornalista de ambiente da SIC durante anos e, por isso, cruzámo-nos várias vezes.
Sempre gostei da seriedade do seu trabalho de jornalista, independentemente dos quilómetros que nos separam ideologicamente, e tenho a ideia de que a sua integridade é à prova de bala (nem por mim ponho as mãos no fogo, mas é a opinião que tenho hoje, com a informação que conheço).
A Carla saiu da SIC, fez um movimento de cidadãos que procurou que fosse o mais abrangente possível, perguntou a vários partidos se quereriam apoiar uma candidatura independente, verde e focada na transparência, em Oeiras (sei que falou com partidos do Bloco à Iniciativa Liberal) e candidatou-se à Câmara de Oeiras, numa coligação com peso razoável de indepentes, "Evoluir Oeiras" (como se demonstra por este nome, não é o facto de uma pessoa trabalhar em comunicação que dá garantias de fazer boas opções de comunicação), que foi apoiada pelo BE, pelo Livre e pelo Volt.
Desde então faz uma oposição radical a Isaltino Morais, evidentemente limitada pelo facto de Isaltino ter oito veradores e ter cativado os dois vereadores apoiados pelo PS e pelo PSD (um cada um) para alinharem numa oposição fofinha, isolando Carla Castelo.
Como toda a gente sabe, Isaltino não é meigo com quem se lhe opõe e, de maneira geral, não é conhecido pelo respeito que tem pelos outros, usando qualquer meio que em qualquer altura ache adequado para diminuir quem quer que seja que se lhe oponha.
Por isso, inventou uma parvoíce que consiste em identificar, de forma sistemática, Carla Castelo como vereadora do BE (para se ter uma noção, nas eleições de 2017, ano em que o BE até nem teve maus resultados nas autárquicas, o BE teve metade dos votos que a Carla teve, num ano de péssimos resultados para o BE, como 2021), não apenas nas suas intervenções (o que sendo parvo, está dentro da grande gama da legitimidade), mas institucionalmente e instruindo os serviços para a identificarem como tal, em todas as circunstâncias em que é identificada oficialmente.
Claro que com uma administração pública digna desse nome os serviços mandariam o Isaltino dar uma curva e identificariam apropriadamente Carla Castelo como aquilo que é, vereadora eleita pela coligação Evoluir Oeiras, mas como isso não acontece, Carla Castelo, depois de esgotados todos os meios normais e razoáveis de que dispunha para levar os serviços a identificá-la correctamente, resolveu agir legalmente, pondo uma acção por causa desta questão que, essencialmente, é uma questão de lana caprina.
Eu tenho dúvidas de que levar a sério este tipo de parvoíces de Isaltino de Morais, seja a melhor maneira de aumentar a votação de Carla Castelo nas próximas autárquicas e ganhar influência política, e tenho ainda mais dúvidas de que a forma de tratar o assunto legalmente - a defesa do direito à identidade pessoal - faça muito sentido.
Mas no meio de toda essa irrelevância, há um aspecto que é relevante: a facilidade com que Isaltino abusa do seu poder para pôr os serviços da câmara de Oeiras a achincalhar uma vereadora eleita, com base numa parvoíce sem interesse nenhum.
E abusos de poder é uma das coisas que me tiram mesmo do sério, especialmente quando se manifestam em coisas tão pequeninas como esta.
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