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Voltando à Montis, gostaria de fazer um comentário sobre estes gráficos, que estavam na apresentação de balanço dos seus dez anos.
Um dia destes um amigo meu estranhou eu estar sempre a falar de pessoas comuns, como se quisesse marcar uma diferença moral entre grupos sociais diferentes, mas na realidade é o inverso, eu recuso as designações de activistas, jovens, ambientalistas, etc., porque não quero atribuir categorias morais a pessoas por fazerem isto ou aquilo.
A Montis sempre quis ser, até hoje (amanhã não sabemos, os sócios é que irão determinando o rumo), uma associação de pessoas comuns que se juntam para um objectivo específico: ter o controlo de propriedades que sejam geridas com o objectivo principal de produzir biodiversidade.
Não há nenhuma oposição à posição mais tradicional de procurar ter o controlo sobre a gestão de áreas de valor natural elevado, para evitar a sua degradação, mas havendo tanta gente e tanta organização empenhada nisso, pareceu-nos mais útil pegar em terrenos que não valem nada, mesmo do ponto de vista de conservação, e criar valor de biodiversidade a partir da gestão sensata dos processos naturais.
Esta gestão custa dinheiro e, mesmo inscrevendo a Montis nos seus objectivos aumentar o valor da biodiversidade e procurando rentabilizar o que for possível sem afectar o objectivo principal de produzir biodiversidade, isto quer dizer que não é possível sem recursos externos.
Os que os gráficos mostram é a evolução nos primeiros (e últimos) dez anos da Montis, mostrando à esquerda como tem evoluído o número de sócios e à direita como têm evoluído das receitas e despesas.
Há duas conclusões que me parecem relevantes.
Uma é a de que o crescimento dos sócios tem sido mais difícil do que se pensou e há menos capacidade de ter pessoas a pagar 25 euros por ano como contribuição para ter propriedades que não valem nada a ser transformadas em coisas úteis para todos, através do aumento do seu valor natural.
A segunda é a de que até é fácil aumentar rapidamente os recursos disponíveis com base em projectos, mas isso tem dois problemas: a) o desfasamento entre o momento em que as receitas sobem e o momento em que sobem as despesas inerentes à execução dos projectos; b) os parcos recursos da associação concentram-se na execução dos projectos, que respondem a objectivos dos financiadores, em vez de estarem concretados no que se pretende, isto é, na gestão de terra e no crescimento de sócios.
Felizmente depois de um valor artificialmente alto de receitas e despesas, resultante da aprovação de um grande projecto, a Montis conseguiu fazer uma aterragem suave para níveis de receita e despesa compatíveis com a natural evolução da associação.
E, tendo-o feito, parece muito sensata a opção de lançar agora, através de uma campanha de crowdfunding que pode ser visitada aqui, um fundo de aquisição de propriedades que recentre os próximos dez anos no essencial, o reforço de uma associação de pessoas comuns que se juntam para gerir propriedades com objectivos de conservação da natureza.
Se gostarem da ideia, é boa altura para uma contribuição na dita campanha de crowdfunding.
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Desmantelar institutos e demais tralha estatal.
Desculpa passante, o meu texto não deveria ter apa...
O que é preciso é implementar, rapidamente e em fo...
Olhe que boa oportunidade que isso lhe dá de fazer...
porcaria de post.Sem nexo nenhum