Corta-fitas

Muitas das medidas políticas e decisões que se tomam em dado momento, não têm efeitos imediatos, levam o seu tempo a produzir resultados. Ou seja, não são imediatamente visíveis.
Tudo quanto hoje  se passa com o desmantelamento do SNS e da Educação, o rombo na Tap, nos transportes (e não só) é tudo uma das consequências das políticas radicais dos ultra-esquerdistas que dominavam a geringonça. Dom Costa  para agradar aos parceiros de "coligação" que o levaram ao poder, satisfez-lhes todas as exigências.  Submeteu os vários sectores da sociedade a um Estado prepotente  que se sobrepôs aos interesse dos cidadãos, afectando diversas áreas e serviços de interesse público para a nossa vida colectiva. Por sua vez, os "parceiros" da geringonça prometiam a A:Costa manter "paz" e "sossego" nas ruas. Nâo houve greves nem manifestações. Nem bombos nem cartazes, nem a gritaria orquestrada pelos sindicatos. Tudo "amansado" é o que fica na memória. Mas a que preço?


Evidentemente que esta visão de sociedade __habitual na esquerda totalitária e marxista __ tinha de produzir a catástrofe que actualmente está a descoberto: serviços desmantelados e terceiro-mundistas  na administração pública, Saúde, Transportes, Escolas, etc. As reivindicações que a geringonça tinha obrigado ao silêncio, explodiram de novo.


São os resultados que temos à vista nos dias que correm.  Eis o resultado: Sectores paralisados debaixo do jugo dum Estado pesado, ineficaz, incapaz e prepotente.
Muitos eleitores (com mais acuidade visual) cedo se aperceberam do logro que tinha sido a geringonça e por isso nas últimas eleições quiseram libertar-se dela, dando o benefício da dúvida a um só partido, confiando uma maioria ao PS. E foi o que se viu. Nem vale a pena recapitular o desnorte total dum governo sem projecto, sem uma visão de futuro, já para não falar dos escândalos sucessivos e situações penosas (e vergonhosas!) a que sujeitaram o país em tão pouco tempo. E continuamos a assistir à contínua degradação das instituições. 

Parece-me, portanto, que o remédio para a "cura" do doente está esgotado, não pode passar pela mesma receita. Remédio tomado em doses excessivas é veneno.