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Pedro Franco, o activista das avenidas

por henrique pereira dos santos, em 24.04.25

Helena Matos escreveu, no Observador, um texto irónico, cheio de bom senso, sobre as pessoas que não querem abater jacarandás na 5 de Outubro.

Pedro Franco respondeu e as citações que vou fazer são da sua resposta, sobre a qual gostaria de dizer uma coisinha simples.

"o elevado número e da diversidade deste grupo de pessoas que compareceram nessa sessão pública e que foi uma amostra bastante representativa de quem vive em Lisboa"

"Isto é muito mais do que uma questão de mais árvore, menos árvore. É sobre a competência dos técnicos e representantes que administram a nossa cidade e é sobre a transparência com que eles operam. É também sobre visão de cidade e participação cidadã efectiva – dois objectos de desejo político que os autarcas terão de começar a compreender, sob pena de não conseguirem governar."

"O que nós queremos, no final do dia, são decisores que nos representem, que nos defendam e que saibam o que significa ouvir, dialogar e prestar contas."

Pedro Franco, não podia estar mais de acordo consigo, o que é preciso são decisores que nos representem, nos defendam e saibam ouvir e prestar contas.

Onde, aparentemente, discordamos é no significado destes "nos".

O Pedro acha que "nos" diz respeito aos que pensam como o Pedro.

Eu acho que o "nos" diz respeito às pessoas comuns cujas opções se aferem em eleições, e não em números de assinaturas em petições.

Se o Pedro, e todos os muitos que estão convencidos de que são muito melhores que os técnicos e decisores da câmara, e que jamais tomariam decisões tão incompetentes como as tomadas (embora o facto do projecto ser sobretudo escritórios, e não habitação, os incomode menos que substituir jacarandás em fim de vida, coisa que a mim me deixa estupefacto), há uma solução simples, até porque nas autarquias há a possibilidade de haver candidaturas independentes: candidate-se, apresente o seu programa de regeneração técnica e processual da câmara, ganhe as eleições e depois execute o seu projecto.

Pode ser que lhe aconteça como o Sá Fernandes, nunca ganhou nada, mas sempre representou o povo (na opinião dele, claro) e ganhou umas sinecuras que duraram anos, onde, aparentemente, não se distinguiu particularmente dos outros eleitos (não conheço Sá Fernandes, da única vez que tive um contacto com Sá Fernandes foi porque me ligou, tentando responder a um artigo em que eu tinha protestado com o facto do Fundo Ambiental estoirar o dinheiro disponível para a biodiversidade numa exposição em Lisboa e nuns passadiços em Serralves, decisão cujas virtudes me garantia que iriam ser visiveis nos anos seguintes, com o aumento estratosférico de visitantes das nossas áreas protegidas que resultariam da dita exposição, o que, evidententemente, nunca se verificou nem seria de esperar, para qualquer pessoa com um mínimo de bom senso).


5 comentários

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De cela.e.sela a 24.04.2025 às 09:44

continua a novela do 'zé faz falta' 'para enganar a malta'.
os totalitários falam em nome de todos.


Roger Scruton investiga o que se tornou a esquerda hoje e como a ideologia evoluiu ao longo do século XX, fazendo uma dissecação política devastadora de suas estratégias e de seus objetivos. O grupo identificado como Nova Esquerda — composto de pensadores influentes como Jürgen Habermas, György Lukács e Jacques Derrida — apresentou um deslocamento tático no território do seu exercício de poder, desviando o foco da preocupação com a representação da classe trabalhadora para a proteção de mulheres, LGBTs e imigrantes. Com seu já conhecido estilo, Scruton pacientemente busca desmontar os argumentos da esquerda e, ao explicar as obras em termos usados pelos próprios formuladores, desnuda suas pretensões e suposições. 
Tolos, Fraudes E Militantes Pensadores Da Nova Esquerda - Roger Scruton
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De Anónimo a 24.04.2025 às 12:26

Subscrevo


Quem quiser ver acção política séria,  é ver recentes entrevistas de Kevin Roberts.
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De Anónimo a 24.04.2025 às 12:23

Na questão autárquica há que discutir se as Câmaras devem representar os cidadãos ou todos os que " habitam" o concelho. No caso de Lisboa, muitos dos interesses dos residentes, que são os votantes, chocam com os dos migrantes, quer sejam residentes temporários, quer sejam trabalhadores .
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De lucklucky a 25.04.2025 às 11:25

E os qu têm propriedades no concelho mas não o habitam? 


"No taxation without representation!" ?
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De Anónimo a 25.04.2025 às 12:19

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