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Parábola sobre Portugal e o seu Estado

por henrique pereira dos santos, em 19.09.23

Imaginemos que sou um banqueiro.

Imaginemos que na minha actividade de banqueiro, tenho de remodelar uma agência bancária.

Imaginemos que essa agência bancária tem um cofre com sistemas de segurança que dependem do fornecimento de energia eléctrica.

Imaginemos que na remodelação da agência, o cofre vai ficar na mesma, portanto não está no caderno de encargos da obra e é deixado exactamente como está, incluindo os valores que lá estão dentro.

Imaginemos que, para fazer a obra, o empreiteiro desliga o fornecimento de energia eléctrica.

Imaginemos que alguém, sabendo de tudo o que está acima, abre o cofre e desaparece com o seu conteúdo.

Como pensam que os accionistas me tratariam depois de saber dessa perda?

Passemos agora à realidade dos factos (tanto quanto um parágrafo do jornal Público pode ser entendido como tradução da realidade dos factos, bem entendido).

"Acresce ainda o roubo de 30 km de catenária (cabo de alta tensão sobre a via-férrea) que terá de ser reposta. A modernização não incluiu a substituição da catenária, pelo que foi simplesmente deixada ficar, sem tensão eléctrica, ao longo da linha e sem vigilância para evitar o roubo do precioso cobre."

Olha, a história é exactamente igual à que contei, com a diferença de não ser um banco, mas uma infraestrutura ferroviária e com a diferença de eu não ser o banqueiro, nem o presidente das Infra-estruturas de Portugal.

E ser mais fácil saber qual será a conversa dos contribuintes que vão pagar 30 km de um grosso fio de cobre com os responsáveis pelo seu desaparecimento: nenhuma, ninguém sabe (quem lê um parágrafo obscuro numa notícia obscura de um jornal de circulação limitada?), ninguém acha extraordinário e ninguém é responsável.

Bem vindos ao meu país e ao estado a que o Estado ocupado pelo PS o tem levado, com o apoio dos jornais e dos eleitores.


24 comentários

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De Anónimo a 20.09.2023 às 10:45

O PS segue o manual dos flibusteiros, dos trapaceiros, dos bufões de meia-tigela: com a mesma cara de desfaçatez podem afirmar e negar -- dizer, desdizer-se e contradizer-se -- fazer e desfazer --- pode mentir e aldrabar e rir-se das próprias patranhas que nos enfiam com a certeza  de que os pacóvios e os papalvos nada topam -- pode achincalhar, pode insultar, usar linguagem reles, com a certeza  de que marcam pontos, pois o tom chocarreiro, a grosseria e a "vulgaridade"  são bastante apreciadas (e aplaudidos) entre a "sua" gente. Podem tudo, a impunidade é absoluta! 

A oposição tem de mudar de táctica: que suspenda alguns dos bons costumes e que se deixe de mesuras e de urbanidades. Porque assim não vão a lado nenhum!!! Tem de dar luta a sério. Não  é com mansidão, nem com punhos de renda, que se combate um adversário deste calibre __ aliás, gente casca-grossa e chocarreira só conhece uma linguagem e não compreende as formalidades institucionais nem as "boas maneiras"  e até as acha um sinal de fraqueza) __  pois desconhecem as mais elementares regras de civilidade como fica demonstrado diariamente na total falta de respeito pelas regras de convívio institucional como é próprio das democracias.
Portanto, o maior partido da oposição só tem um caminho: que engula os sapos e use a mesma "linguagem" e as mesmas "armas" porque para vilão, vilão e meio!  
Dentro das regras sempre! Mas o tom tem de ser mais assertivo, combativo, aguerrido, sem receios nem rodeios. É preciso "declarar guerra" sem tréguas e apear do poder estes adversários, e mostrar-lhes que vai haver luta à brava!!! 
Assim : 
https://www.youtube.com/watch?v=vnvI6V-TtLs

 
    
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De Anónimo a 20.09.2023 às 18:18

É isso tudo e já agora com juros que a eles só lhes doi quando lhes cortam a mama.

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