De balio a 05.06.2024 às 15:44
O que deixa a AD sozinha, e o Governo, no combate responsável ao socialismo.
A AD não combate o socialismo; a AD é socialista, embora de forma mais moderada que o PS.
De Anónimo a 06.06.2024 às 11:08
Sou do PSD, sou pela AD e sou assumidamente de direita, com muito gosto. Não admito semelhante "confusão" (para usar um eufemismo) de me chamar socialista.
Essa "confusão" _chamemos-lhe assim_ esteve na base de uma grave crise política, com a perigosa aproximação dum regime de partido único, que não olhava a meios para se conservar no poder. Portanto, um perigoso período de impasse para a democracia, pois corria-se o risco de qualquer solução de moderação porque o regime estava a chegar à quase total ausência de alternância e de pluralismo democrático (que felizmente hoje se está a ultrapassar):
Na origem dessa crise esteve a liderança do dr. Rui Rio _admito que provavelmente tenha sido de forma involuntária e inconsciente _ mas foi ele o grande causador da crise que se instalou na direita, obrigando-a a fazer uma penosa travessia do deserto durante largo tempo. Não havia Oposição ao governo, simplesmente! O governo socialista, em roda livre, explorou e aproveitou-se desse período de fragilidade da democracia, para quase "mexicanizar" o país de partido único que se ia eternizando no poder.
Era este o quadro que se vivia, convém que nos lembremos...
Rui Rio que supostamente teria o papel da Oposição e de escrutínio à governação da geringonça, preferiu ser um "aliado" dos socialistas, e foi por isso o grande responsável pela fuga de eleitores fiéis ao partido. Não aceitaram quando afirmou que o PSD não era um partido de direita, mas centro-esquerda(!!!) ; quando desprezou e e renegou o esforço do governo liderado por Passos Coelho durante o período difícílimo de assistência financeira ; e finalmente quando decidiu querer ser uma cópia do dr. Costa, colando-se servilmente ao governo socialista e sujeitando o maior partido da oposição, o PSD, à indignidade de ser humilhado, vexado e destratado sistematicamente pelo 1º Ministro, como o Balio se lembrará.
Era confrangedor e insuportável para as pessoas da área não-socialista assistirem à degradação da "sua" direita moderada, já não se reviam no "seu" PSD completamente descaracterizado e que se ia desmantelando sob a nova linha de orientação deste líder que não os representava.
Foi um período bastante traumático e... como a política tem horror ao vazio, aconteceu o que era previsível e inevitável : grande parte do eleitorado tradicional do partido "fugiu", "deste" PSD, sentindo-se traído e foi procurar "alojar-se" noutras paragens _ não tanto por convicção, mas para mostrar um cartão vermelho ao dr. Rio. A semente da revolta e do descontentamento estava lançada e as pessoas sentiam necessidade de exprimir o seu protesto, através do novo partido que se estava a formar, o Chega, que se autodefinia como antissistema.
Eis aqui, em linhas gerais, quem foi o responsável e esteve _no fim de contas!_ na génese do "fenómeno" Chega, a válvula de escape de que muitos estavam a precisa ...
O mestre André soube muito bem ler o momento de crise que a direita atravessava e aí farejou o "nicho" do descontentamento. E soube explorar bem a situação, com um grande sentido de oportunidade... ou de oportunismo....
Muitos, onde me incluo, não se deixaram seduzir por esse canto da sereia. Há sempre quem seja fiel aos seus princípios. No meu caso, cedo percebi que o dr.Rui Rio estava de passagem, pois não tinha dimensão para o "lugar", e muito menos servia o partido, onde só fez estragos e por um triz não o destruiu, o que, evidentemente, ia fazendo as delícias do partido socialista e um grande favor a toda a esquerda que esfregava as mãos de contente (rindo-se à socapa) com a decadência da direita ... Feliz também andava certa Comunicação Social. Quem não se lembra da forma como era "incensado" Rui Rio pelos órgãos "competentes" e elogiado no seu "excelente desempenho" pela comentadoria de esquerda, que, matreiramente, se lambia de contente pelos sucessivos desastres da direita que "não
descolava"?
De Anónimo a 07.06.2024 às 08:41
É preciso acrescentar, pois não pode ser ignorado nem esquecido; que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa era o maior cúmplice do governo socialista & Cª. a quem deu todo o amparo e colo "amigo".
Muito contribuiu este senhor para a ruína moral do país, pelo seu silêncio conivente com a imoralidade das escandaleiras do governo socialista. Marcelo nunca afrontou o governo, limitou-se a "umas" simples operações de cosmética para enganar tolos, mas nunca confrontou o governo com os seus escândalos e "casos", muitos deles a raiar a criminalidade ou no limite da legalidade : foram os incêndios de 2017, as armas de Tancos, as célebres golas anti-fumo, as irregularidades nas contratações públicas, as rasteiras à Lei e ao estado de direito, as "manobras" para livrar os prevaricadores membros do governo socialista ... enfim foi um período de caos em que o país tinha atingido foros de total descalabro e impunidade. O país entrava, atónito e impotente nesta espiral de insanidade e de amoralidade. Convém aqui lembrar, a este propósito, a total ausência de escrutínio dos meios de comunicação e a indiferença e complacência geral da Comunicação social que "nada viu" durante um dos maiores descalabros do país. Muitos saudosos ainda agora tecem loas a esse período que se aproximou velozmente dos seus ideais políticos, próximos dos padrões de regime autoritário, de partdo único e eterno no poder.
É difícil apagar da memória o "clima" que se vivia neste período. E falo nele, porque foi decididamente um dos períodos mais insanos da nossa democracia, e que motivou a descrença, a revolta e o ressentimento de muitos cidadãos que sentiam a "sua" área de direita desamparada, prestes a implodir e a dissolver-se. A responsabilidade coube a Marcelo Rebelo de Sousa e a Rui Rio, como atrás foi lembrado.
Foi isto que o país viveu e foi isto que todos estes compinchas dos socialistas fizeram ao eleitorado de direita. As consequências estão à vista: a dispersão e pulverização da direita, dificultando a concentração de votos nesta área, com o nascimento de novos partidos. E como se tal não bastasse, a direita aceita bovinamente as "imposições" e regras segundo os padrões da esquerda.
E assim tudo acabará em beleza: mais tarde ou mais cedo cairemos de novo na voraz bocarra socialista sempre esfaimada.
De Anónimo a 07.06.2024 às 10:02
(cont.)
A bem dizer, o país está impregnado de socialismo até aos ossos e respira-se socialismo até pelos poros. A sua marca instalou-se definitivamente no país, inclusive na C.S. onde se chega ao cúmulo de se indignarem _ isto é obra!!!_ porque o actual governo tem o atrevimento (!) de retirar de cargos de responsabilidade ou de confiança política os antigos boys do PS !!!
O socialismo foi-nos impingido durante décadas, através das constantes lavagens ao cérebro que deixam marcas que não saem verdadeiramente.Há uma "forma mentis" instalada e "institucionalizada". Tornou-se um "activo" tóxico.
O socialismo é um "lugar" impróprio, onde nos amarraram, sinónimo de atraso e dum bloqueio mental que nos "atamanca" e nos diminui. É "o" obstáculo onde se esbarra todo o progresso e desenvolvimento do país.
Escreve hoje o historiador Rui Ramos:
«(...) o que um partido é não depende apenas da sua ideologia, mas das circunstâncias que criou ou lhe impuseram. Separados pelo muro que a esquerda lhes soube infligir, os partidos da direita estão condenados, na oposição e no governo, a seguir a cartilha socialista. Depois da geringonça de 2015, as linhas vermelhas foram a segunda grande invenção da esquerda para bloquear reformas em Portugal. Ao dividirem a maioria de direita, impedem que se experimente outro tipo de governação, para o qual seria necessário um apoio parlamentar assim inviável. (...) já não é o PS que está no governo, mas Portugal continua a ser governado segundo a política socialista»