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Para quando a liberdade?

por João Távora, em 07.10.22

A sistemática expulsão das ordens religiosas, banidas pela ditadura de Pombal e depois pela revolução dos alegados “liberais” do século XIX, é a grande causa do nosso atraso cultural e educacional — isto tem tanto de tabu como de verdadeiro; aliás, só os factos podem ser tabus. As instituições religiosas eram os grandes instrumentos de literacia; ao expulsá-las, os regimes alegadamente progressistas empurraram Portugal para um analfabetismo que perdurou até final do século XX. De resto, não é por acaso que o norte era mais alfabetizado na segunda metade do século XIX. A religião, ao contrário do que diziam liberais e republicanos, era um fator de avanço das letras. Após o completo fracasso de liberais e republicanos, só durante o Estado Novo é que os portugueses tiveram acesso a uma alfabetização total — outro tabu.

Os progressistas criaram analfabetismo, porque não aceitavam o pluralismo, não aceitavam a ideia de que diversas instituições podem e devem ensinar as crianças, ou seja, impuseram a ideia de que só o Estado central pode tutelar os alunos. Portanto, os nossos progressistas são os grandes impulsionadores da ideia de que Lisboa tem de tutelar e controlar todos os passos e peças do país numa espécie de vigilância ideológica. O resultado foi este: entre uma população analfabeta mas afastada dos padres e uma população alfabetizada e próxima de outros poderes como o clero, os nossos progressistas preferiram a primeira hipótese. E sabem o que é ainda mais impressionante? Após dois séculos de fracasso do “progresso” e do consequente centralismo lisboeta, nada mudou, está tudo igual. Para começar, o Governo da ‘geringonça’ fez, no fundo, a sua pequena expulsão das ordens religiosas através da proibição dos colégios com contratos de associação. Para terminar, a vida portuguesa continua a ser marcado por um absurdo modelo de gestão escolar que só faz sentido na cabeça de um burocrata comunista — falha por completo, mas, ora essa!, falhamos todos juntos. (...)

Henrique Raposo no Expresso para ler na integra aqui


14 comentários

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De passante a 08.10.2022 às 00:11

ao contrário do que diziam liberais e republicanos,


Tantas coisas são ao contrário da versão publicitada ...


Ainda hoje me lembrei da desfaçatez fenomenal com que era publicitado o "ambientador" Brise - depois de pulverizar com o produto um presumivelmente fedorento espaço fechado, uma voz gritava "Ar puro! Brise".



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De Anónimo a 08.10.2022 às 08:41

Desde os primórdios que operam os jacobinos e a maçonaria, com  objectivos muito precisos: atacar a instituição basilar da sociedade, a família,  e o catolicismo, com vista ao enfraquecimento da Igreja e de todas as instituições religiosas.
  A  l er :
"No combate à Igreja, orquestrado pelo partido republicano e sobretudo pelas organizações secretas da maçonaria e da carbonária e tiveram especial relevo alguns jornais da época(...) Este espírito, presente nos últimos anos da monarquia, transitou inteiro para a república implantada em 5 de Outubro de 1910, e que apareceu em Portugal ligada às associações secretas, a que pertenciam todas as figuras de primeiro plano do novo regime. Era, de resto, primeira finalidade da república combater o clericalismo que, segundo o parecer dos revolucionários, se havia formado em verdadeiro partido político que manobrava na sombra toda a acção monárquica . O desaparecimento do catolicismo era preconizado por [Afonso Costa] um dos chefes republicanos no espaço de duas ou três gerações . Um dos passos fundamentais para aí chegar seria a formação de uma Igreja nacional, totalmente desligada da jurisdição romana e fiscalizada em absoluto pelo poder civil.

1.2. As íeis eversivas de 1910
 A primeira medida, no sentido de alcançar os fins pretendidos, enfraquecendo a Igreja com a privação de alguns dos seus elementos mais destacados, foi emanada logo três dias após a tomada do poder, em 8 de Outubro, com o decreto que punha em vigor as leis de 3 de Setembro de 1759 e 28 de Agosto de 1767, sobre a expulsão dos jesuítas, de 28 de Maio de 1834, sobre o encerramento dos conventos de todas as ordens religiosas, e anulando o decreto de 18 de Abril de 1901. Com esta medida o governo republicano varria do território nacional os membros da Companhia de Jesus e pretendia reduzir à secularização todos os outros religiosos e religiosas de nacionalidade portuguesa. A execução do decreto não se fez sem alguma violência, sobretudo em Lisboa e nos outros grandes centros habitacionais, onde populares armados invadiram várias casas religiosas. Foram vítimas dos ânimos enfurecidos, no Colégio dos Lazaristas, da Calçada de Arroios, um sacerdote francês e o padre Barros Gomes, eminente silvicultor.



1.2. As íeis eversivas de 1910
 A primeira medida, no sentido de alcançar os fins pretendidos, enfraquecendo a Igreja com a privação de alguns dos seus elementos mais destacados, foi emanada logo três dias após a tomada do poder, em 8 de Outubro, com o decreto que punha em vigor as leis de 3 de Setembro de 1759 e 28 de Agosto de 1767, sobre a expulsão dos jesuítas, de 28 de Maio de 1834, sobre o encerramento dos conventos de todas as ordens religiosas, e anulando o decreto de 18 de Abril de 1901. Com esta medida o governo republicano varria do território nacional os membros da Companhia de Jesus e pretendia reduzir à secularização todos os outros religiosos e religiosas de nacionalidade portuguesa. A execussão do decreto não se fez sem alguma violência, sobretudo em Lisboa e nos outros grandes centros habitacionais, onde populares armados invadiram várias casas religiosas. Foram vítimas dos ânimos enfurecidos, no Colégio dos Lazaristas, da Calçada de Arroios, um sacerdote francês e o padre Barros Gomes 1 6 , eminente silvicultor.

A este decreto seguiram-se outros

O decreto de 18 de Outubro aboliu todas as fórmulas de juramento religioso. O de 22 do mesmo mês extinguiu o ensino da doutrina cristã nas escolas primárias e normais primárias, dum modo que não esconde sequer os sentimentos anti-religiosos do legislador
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De Anónimo a 08.10.2022 às 09:10

(cont.)
No dia seguinte um novo decreto a anular as matrículas no 1.° ano da Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra, o que equivalia, a curto prazo, à extinção da escola. Mais tarde, a 14 de Novembro, suprimir-se-ia também da Faculdade de Direito a cadeira de direito eclesiástico. E, para que tudo o que cheirasse a cristão fosse definitivamente varrido da Universidade, foi suprimido o culto na respectiva capela (21 de Janeiro de 1911) dedicada à Imaculada Conceição.

Em 26 de Outubro um novo decreto abolia os dias santificados e as festas religiosas. E, em 28 de Novembro, as forças do exército e da armada eram proibidas de participar nas solenidades religiosas.

Mas, para que se conseguissem todos os intentos premeditados, era necessário atacar a instituição basilar de qualquer sociedade — a família. Assim se fez, primeiro com o decreto de 3 de Novembro, que possibilitava, favorecia e até tornava irrenunciável o divórcio; depois com o chamado decreto da família de 25 de Dezembro — o dia não deve ter deixado de ser intencional —, que reduzia o casamento a «um contrato puramente civil».



(Na pág.19 - lateral à esquerda-, segue-se o relato dos abusos do registo civil com carácter persecutório)
 
https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/15059/1/V0130102-251-302.pdf
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De Anónimo a 11.10.2022 às 08:11

Que cinismo! Combateram o absolutismo e, no entanto, estes jacobinos exerceram um poder absoluto e despótico. A 1ª República nasceu de um crime  perpetrado pela carbonária (o braço armado da maçonaia) e impôs um dos regimes mais tirânicos que Portugal conheceu.
Não se extinguiram _longe disso! _ e não há maneira de não se ver o paralelismo com o momento actual.  Continuam por aí, bem activos divulgando uma "agenda" diabólica e amoral  junto das escolas, levando os seus imensos saberes e conhecimentos (de muita experiência feita!...). Entraram-nos de rompante no nosso dia-a-dia, impuseram o seu Catecismo e acabam de anunciar a Nova Era: o próximo "homem novo" será não-binário _seja lá isso o que for!_ ou então, tem dias... 
O que é certo é que a nova ordem está em curso nas escolas e intensificam-se cada vez mais as experiências de engenharia social com as nossas crianças e... desde tenra idade! 


Liberdade? Aonde? Como?
_ Como? 
_ Eu sei "como".
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De Anónimo a 08.10.2022 às 10:01

Como outrora, pretende-se também hoje prosseguir a ideia de que os filhos são do Estado. Que é ao Estado que cabe definir qual a Ideologia «oficial» e que  ao Estado cabe impô-la porque o Estado precede a Família. Para o efeito implementam-se leis coercivas e persecutórias.
Facilmente vemos hoje situações em que a actuação do Estado tem fortes reminiscências da repressão exercida sobre a Escola e as famílias, logo após a implantação da República. 

"O decreto de 22 de outubro declarava “extinto nas escolas primárias e normais primárias o ensino da doutrina cristã” (Diário do Governo, 24 de outubro de 1910). O de 31 de dezembro, procurando dificultar quaisquer resistências ao cumprimento do anterior, proibia o exercício do ensino ou o trabalho em qualquer estabelecimento de ensino aos membros das congregações religiosas.

. O artigo 53º determinava que “as crianças em idade escolar, que ainda não tiverem comprovado legalmente a sua habilitação em instrução primária elementar, não podem assistir ao culto durante as horas das lições”. O artigo seguinte estabelecia que a “infração ao disposto no artigo antecedente importa a pena de desobediência simples  para o pai do menor, ou, na sua falta ou ausência, para quem exercer o poder paternal, e a de desobediência qualificacda  para o ministro da respetiva religião, um e outro desde que sejam convencidos de ter contribuído, por ação ou omissão, para o fato ali proibido”(apud Proença, 2011, p. 289). A lei, portanto, sublinhava a precedência do Estado sobre a religião.

Estas medidas seguiam de perto o que Jules Ferry havia feito anos antes em França, não sem provocar fortes reações entre os conservadores para quem “o reconhecimento do princípio da obrigatoriedade significava uma intromissão do poder estatal em algo que era do foro privado,  uma «intolérable violation du foyer domestique»”. (...) Tal avanço do poder estatal a partir do século XIX também deixaria fortes marcas na história da infância e da família que, como ressalta Michelle Perrot (1999), “vê sua autonomia ameaçada pela crescente intervenção do Estado, o qual, não podendo agir constantemente em nome dela, vem a ocupar seu lugar, especialmente na gestão da criança, o ser social e o capital mais precioso” (p. 91). Isso ocorreria, explica a autora, pois “o filho não pertence apenas aos pais: ele é o futuro da nação e da raça, produtor, reprodutor, cidadão e soldado do amanhã. Entre ele e a família insinuam-se terceiros.

. Como resultado deste movimento, a infância, em diversos contextos nacionais, passaria a ser vista fundamentalmente como um “projeto” (Hansen 2011).»
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De Anónimo a 08.10.2022 às 11:38

Dificilmente haverá essa almejada Liberdade. Porque a linha de pensamento do regime actual segue a mesma lógica da 1ª República: ambos preconizam que cabe à educação a missão de construir o «homem novo», o cidadão consciente e capaz de garantir a permanência do "seu" regime.


Esta lógica implica uma revolução cultural que consiste no combate à entidade que surja como o inimigo a abater no terreno cultural – o catolicismo, no caso da 1ª Reoública.; o pretenso "Conservadorismo" retrógrado da Direita a abater na actual República. Obviamente seguida da implementação do Progressismo de Esquerda bem adubada pelo seu politicamente correcto no actual sistema do ensino oficial. Daí a importância de o pretender apresentar como função de integração social. Será este o novo paradigma, o novo farol que nos guia e ilumina em direcção ao futuro dos "amanhãs que cantam".

Entretanto, descura-se o Conhecimento e a Aprendizagem: da escola pública actual muitos deles saem semi-analfabetos...
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De João Guimarães a 08.10.2022 às 11:58

Viva a República !!!
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De Anónimo a 11.10.2022 às 08:38

PIM !
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De jo a 08.10.2022 às 12:01

"Para começar, o Governo da ‘geringonça’ fez, no fundo, a sua pequena expulsão das ordens religiosas através da proibição dos colégios com contratos de associação. "

Não foi proibida qualquer escola, a não ser que se considere que é obrigção do Estado financiar instituições privadas. 
Essas escolas tinham um contrato com o Estado para fornecer um serviço.
O Estado sendo um dos contratantes, exerceu o seu direito de não renovar o contrato.
Estes liberais que pensam que têm o direito de ser pagos pelos nossos impostos fazem-me um bocado de impressão.
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De Anónimo a 08.10.2022 às 12:31

Sobre o facto de a Educação ser impulsionada pela acção da Companhia de Jesus não resta qualquer dúvida. Saliente-se que acrescentavam ao Ensino  o pendor essencialmente missionário dos Jesuítas, razão para a proliferação de Colégios (por eles fundados) e da eficácia do seu método: a quantidade de estabelecimentos por eles fundados  está ligada à missão de evangelização da Ordem.
 
 " (...) os colégios foram introduzidos na medida em que foram solicitados pela ação evangelizadora e formativa. Esta baseava-se fundamentalmente no princípio do serviço mais urgente e eficaz da Igreja. Ou seja, exige que os estabelecimentos de ensino saibam adequar-se à mudança e atualização permanentes, tal como o missionário que deve estar num estado de ‘peregrinagem’ constante "

Outro indicador de referência é que os jesuítas eram ‘peritos em humanidade’, isto é, dominavam conhecimentos amplos de história, língua, de ciência e os costumes e a maneira de ser dos povos onde estavam instalados os seus colégios. (...) A rede e o sistema nacional de educação em Portugal deve muito à ação e ao ensino dos jesuítas, tendo em alguns aspetos contribuído para a modernização e renovação pedagógica do ensino público. 


https://caritas.pt/wp-content/uploads/2018/03/INTRO_SFIEL.pdf

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De entulho a 08.10.2022 às 14:47

até pagam para arranjar 'vítimas' da pedofilia dos padres.
investiguem familiares, estado, etc 
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De balio a 09.10.2022 às 08:01

O que é que os colégios com contratos de associação têm a ver com ordens religiosas??? Metade (ou mais) desses colégios não pertencem a ordens religiosas. E os que perderam o contrato de associação não são predominantemente de ordens religiosas.

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