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A sistemática expulsão das ordens religiosas, banidas pela ditadura de Pombal e depois pela revolução dos alegados “liberais” do século XIX, é a grande causa do nosso atraso cultural e educacional — isto tem tanto de tabu como de verdadeiro; aliás, só os factos podem ser tabus. As instituições religiosas eram os grandes instrumentos de literacia; ao expulsá-las, os regimes alegadamente progressistas empurraram Portugal para um analfabetismo que perdurou até final do século XX. De resto, não é por acaso que o norte era mais alfabetizado na segunda metade do século XIX. A religião, ao contrário do que diziam liberais e republicanos, era um fator de avanço das letras. Após o completo fracasso de liberais e republicanos, só durante o Estado Novo é que os portugueses tiveram acesso a uma alfabetização total — outro tabu.
Os progressistas criaram analfabetismo, porque não aceitavam o pluralismo, não aceitavam a ideia de que diversas instituições podem e devem ensinar as crianças, ou seja, impuseram a ideia de que só o Estado central pode tutelar os alunos. Portanto, os nossos progressistas são os grandes impulsionadores da ideia de que Lisboa tem de tutelar e controlar todos os passos e peças do país numa espécie de vigilância ideológica. O resultado foi este: entre uma população analfabeta mas afastada dos padres e uma população alfabetizada e próxima de outros poderes como o clero, os nossos progressistas preferiram a primeira hipótese. E sabem o que é ainda mais impressionante? Após dois séculos de fracasso do “progresso” e do consequente centralismo lisboeta, nada mudou, está tudo igual. Para começar, o Governo da ‘geringonça’ fez, no fundo, a sua pequena expulsão das ordens religiosas através da proibição dos colégios com contratos de associação. Para terminar, a vida portuguesa continua a ser marcado por um absurdo modelo de gestão escolar que só faz sentido na cabeça de um burocrata comunista — falha por completo, mas, ora essa!, falhamos todos juntos. (...)
Henrique Raposo no Expresso para ler na integra aqui
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Os seus coments parecem bastante similares aos "cu...
Diz bem, a começar. Pois outras medidas mais drást...
E quem lê o Público e(digamos) o jornal do pcp e/o...
Os erros ortográficos cometidos por analfabetos (d...
já havia problemas antes da vinda em grande número...