Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
O movimento ambientalista em Portugal (de que faço parte, não me canso de sublinhar) está capturado pelos "activistas", de maneira geral, pessoas especializadas em explicar aos outros o que devem fazer em relação a assuntos em que os activistas nunca demonstraram saber fazer melhor.
Atavés deste artigo de João Adrião, fiquei a saber que a Associação Zero tinha feito um semáforo para avaliar as componentes ambientais dos programas eleitorais dos partidos com representação parlamentar.
Em relação à Iniciativa Liberal, o resumo feito pela Zero é uma boa descrição do que é um bloqueio mental: "Boas ideias em vários pontos, mas será difícil lidar com os intangíveis do ambiente num sistema mais liberal".
Se dúvidas houvesse, há uma apreciação parcial que é de antologia: "Defende a sustentabilidade da floresta através da obtenção da rentabilidade, acabando por não deixar espaço para os fatores não quantificáveis."
Confesso que fiquei sem saber se a Zero defende que a sustentabilidade é possível sem rentabilidade, ou se entende que esquecer a rentabilidade resulta em melhores condições para criar espaço para os factores não quantificáveis, num país em que o abandono rural é unanimente considerado o principal problema de gestão das áreas menos produtivas do país.
A ideia da Zero é boa, é útil que as associações ambientalistas escrutinem os programas ambientais dos partidos, mas é uma pena estragar boas ideias com más execuções como considerar que lidar com "os intangíveis do ambiente" é mais difícil em sistemas mais liberais.
Estão a falar das políticas ambientais dos países nórdicos, dos países mais liberais do mundo, por exemplo? Estão a sugerir que o sistema de parques nacionais americanos é pior que o sistema de parques de Cuba, Coreia do Norte ou China? Estão a negar que o aclamado sistema de áreas protegidas da Costa Rica funciona bem, entre outras razões, por ser um enorme activo económico do país, gerido como tal?
A diferença de opiniões é uma coisa intrinsecamente boa, mas convém é não esquecer que existe uma realidade, que essa realidade é feita também de factos, e que ter opiniões sem atender aos factos não é muito útil.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
"Parece-me que a história é, por definição, o pont...
E como digo desde há anos: Fujam de Lisboa, fujam....
(continuação)Smith, J.D. et al. (2016) “Effectiven...
(continuação)Radonovich, L.J. et al. (2019) “N95 R...
"Have you ever wondered who's pulling the strings?...