Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
1) 80% das ignições ocorrem num raio de 2 kms das aldeias;
2) A variação do número de fogos nocturnos (e convém perceber que nocturno quer dizer entre as oito da noite e as oito da manhã, o que inclui muito dia e muita hora em que há actividade humana) é explicada pela meteorologia e corresponde a um número em torno dos 40% de fogos diários;
3) O fogo é registado quando se torna suficientemente grande para ser visto (o que de noite é dificultado pelo facto da coluna de fumo ser menos visível), não quando se dá a ignição original, que pode ter ocorrido horas antes;
4) A investigação sistemática dos fogos postos, pela polícia judiciária, permite ter uma ideia clara quer do perfil do incendiário, quer das suas motivações, e nada do que até hoje se verificou permite sequer pôr uma vaga hipótese de qualquer organização;
5) A variação regional das ignições (e da área ardida) é explicada pela meteorologia (e, em parte, pelo número de anos ocorridos desde o último fogo);
6) Acima de tudo, 1% das ignições são responsáveis por 90% da área ardida.
Se quiserem continuar a discutir soluções para o problema a partir das ignições, o máximo que posso fazer é desejar-lhe boa sorte para encontrar boas soluções a partir de premissas erradas.
Adenda:
Via Paulo Fernandes, chega-me este mapa com a densidade de ignições em Julho e Agosto deste ano. Reparem bem onde está a maior densidade de ignições e depois lembrem-se de por onde andaram os grandes fogos.
Só alguém com muita imaginação poderá pensar que diminuindo as ignições no Porto passa a arder menos em Mação ou no Fundão.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Não estou nada preocupado com o nome de quem escre...
Cara senhora, a ideia de que um funcionário públic...
Você passa a vida a espalhar lama no ventilador e ...
Impossível discordar
Esta é minha última resposta pois é evidente o que...