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Não há nada mais popular em Portugal do que subsídios. Todos gostam de os receber, ignorando as distorções brutais que implicam na transferência ( normalmente indesejada ou injusta) de rendimentos entre grupos, na menor produção de riqueza e no mais ineficiente uso dos recursos disponíveis em termos de bem estar geral ( e pessoal).
Hoje li duas noticias sobre subsídios, como acontece todos os dias.
A primeira, num jornal desportivo, que ilustrava a razoabilidade dos subsídios destinados a atrair emigrantes. No caso, a transferência de Trincão do Barcelona para o Sporting, beneficiando as partes de uma taxação mais baixa porque Trincão retornou a Portugal. Muitos até clamam por uma taxação especial no futebol, já que uma menor taxação noutros países, permitem-lhes ser mais competitivos em termos do que verdadeiramente importa, os salários líquidos dos jogadores. Sou a favor de menos impostos, mas para isso a despesa publica não pode continuar a subir. No entretanto, parece-me, temos que ter o futebol que podemos, tal como acontece com todos os outros sectores da sociedade.
A segunda noticia refere a provisão de cerca de 8 milhões para tratamentos de fertilidade de casais, o que é certamente um propósito mais nobre do que o Futebol. Tecnicamente a iniciativa não é um subsidio, mas em termos práticos é um subsidio: apenas os contemplados dos milhares de candidatos, poderão aceder ao tratamento que não passa a ser uma cobertura universal do SNS. Todos sabemos que apenas os cidadãos mais informados, normalmente com maiores rendimentos, acabarão por beneficiar desta medida. Alguns melhor do que nenhuns é positivo, mas não se tenham ilusões, é um subsidio regressivo que beneficia as classes menos desfavorecidas. Dá-se uma no cravo e outra na ferradura, aumentando a já total opacidade do sistema distributivo Português.
Ir dando pequenas benesses a grupos legítimos ou menos legítimos de pressão, pode retirar algum vapor da caldeira de contestação.Apenas com o prejuízo de sermos um País mais justo e desenvolvido.
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