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Os Perigos dos Excessos Higienistas

por Miguel A. Baptista, em 05.08.21

Uma amiga facebookiana comentava no meu mural que quem não se vacina é egoísta e não é digno de viver em sociedade. Eu vacinei-me e os meus filhos irão ser vacinados, embora em relação à faixa etária em que estão inseridos eu tenha dúvidas da relação risco-benefício. A vacina é uma vacina experimental, e mesmo atendendo a que as autoridades não recomendariam a sua utilização se não a considerassem globalmente segura, não me parece que quem tem dúvidas ou incertezas deva merecer uma rejeição social.

Afinal a Covid, apesar de ser muito contagiosa, não é muito letal fora dos grupos de risco, sendo que estes já estão vacinados. O facto de se vacinarem pessoas fora dos grupos de risco, como crianças, para proteger outros, que não elas, coloca dilemas éticos cuja a resposta não é óbvia.

Gostaria pois de partilhar convosco a resposta que dei a essa minha amiga, talvez ela sirva como motivo de reflexão acerca dos excessos de "higienismo" que estão a ser cometidos.

A resposta foi:

Segundo Institute of Health Metrics and Evaluation, morrem em Portugal mais de 11.800 pessoas por doenças atribuíveis ao tabaco. Sendo o tabaco responsável por 46,4 % das mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica, 19,5 % das mortes por cancro, 12 % das mortes por infeções respiratórias do trato inferior, 5,7 % das mortes por doenças cerebrocardiovasculares e 2,4 % das mortes por diabetes.

O tabaco é responsável por uma sobrecarga no SNS, negando assim uma melhor saúde aos portugueses não-fumadores. Quando se veem macas nos corredores dos hospitais podemos pensar que os lugares dignos dos hospitais são ocupados por fumadores deixando os corredores para os cidadãos que adoptam uma vida saudável. Quem fuma é egoísta e, portanto, não é digno de estar em sociedade.

Cerca de 35.000 portugueses morrem anualmente por doenças cardiovasculares. As doenças cardiovasculares deverão custar à Europa à volta de 102 mil milhões de euros por ano, que poderiam ser aplicados em educação e no combate à pobreza. Metade dessas doenças seria evitável através de hábitos alimentares saudáveis. É fácil de concluir que quem come a boa da carne entremeada, ou enchidos é egoísta e, portanto, não é digno de estar em sociedade. Em 2019 houve mais de 35.000 acidentes com vítimas em Portugal, das quais 474 foram mortos. 74 desses mortos foram peões vítimas apenas do individualismo de quem conduz automóvel. Quem conduz automóvel é egoísta e, portanto, não é digno de estar em sociedade.

Claro que todos queremos uma sociedade mais segura e com melhor qualidade de vida para todos, mas os perigos dos excessos higienistas são reais e perversos.


33 comentários

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De João Távora a 05.08.2021 às 14:42

Ontem apanhei de relance num canal de notícias um especialista em estomatologia a dissertar sobre a possibilidade de nalguns casos caírem dentes a quem teve contacto com o vírus Covid19. Pelo que percebi a profilaxia é irem ao dentista.  Às vezes sinto que a minha pátria virou um hospital. 
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De Anónimo a 05.08.2021 às 14:57

A questão é que o Covid tem o mesmo efeito de ocupação nos hospitais que  o consumo do tabaco, ... mas há uma diferença em acréscimo, com todas proibições que isolam os fumadores, eu que não fumo não sou prejudicado, DIRETAMENTE, por quem fuma, ... já por quem não toma a vacina do Covid e me pode contaminar o caso é substancialmente diferente
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De Anónimo a 05.08.2021 às 16:58

A sua argumentação é fraca pelo seguinte ponto, uma pessoa vacinada transmite o vírus tal qual uma pessoa não vacinada. Os efeitos do vírus em cada um é que são diferentes consoante a pessoa tomou ou não a vacina. 


Desta forma, o exemplo dos fumadores mantém - se válido. 
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De Elvimonte a 06.08.2021 às 00:06


A inoculação não impede que se contraia a infecção e por isso não impede que os inoculados propaguem a doença. Segundo relatórios oficiais do governo inglês:

"32. The resurgence in both hospitalisations and deaths is dominated by those that have received two doses of the vaccine, comprising around 60% and 70% of the wave respectively. "
(https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/975909/S1182_SPI-M-O_Summary_of_modelling_of_easing_roadmap_step_2_restrictions.pdf )


Relativamente à variante delta, a taxa de mortalidade dos inoculados é cerca de seis vezes maior do que a taxa de mortalidade dos não inoculados, conforme  Tabela 5, páginas 18-19 do relatório  "SARS-CoV-2 variants of concern and variants under investigation in England Technical briefing 19" publicado aqui
https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/1005517/Technical_Briefing_19.pdf , 
de onde podemos chegar a estas conclusões:
vacinados, 2 doses: 28773 casos, 224 mortos, taxa de mortalidade 0,779%
não vacinados: 121400 casos, 165 mortos, taxa de mortalidade 0,136%.


Portanto "Os efeitos do vírus em cada um é que são diferentes consoante a pessoa tomou ou não a vacina." Concordo.
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De Anónimo a 06.08.2021 às 10:43

Se assim fosse, a vacinação não teria qualquer influência nesse aspeto, porque na 4ª vaga a disseminação do vírus, apesar da variante mais contagiosa, foi menor que na terceira vaga. Ou seja, a pessoa vacinada transmite se chegar a esse ponto de capacidade, situação que o efeito da  vacina não permite na maioria dos casos. Como tal, a liberdade de uns não se vacinarem prejudica a população em geral.
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De Elvimonte a 07.08.2021 às 20:04


"Como tal, a liberdade de uns não se vacinarem prejudica a população em geral."
Será? Onde é que foi buscar essa ideia? Foi a Maria que ouviu o Manel dizer que lhe disse? Vamos lá olhar para os números oficiais com objectividade.


- vacinados, 2 doses: 28773 casos, 224 mortos, taxa de mortalidade 0,779%
- não vacinados: 121400 casos, 165 mortos, taxa de mortalidade 0,136%.
(links dos relatórios oficiais em comentários meus anteriores)


Prefere morrer para não prejudicar a população em geral? É isso? E de que 
números dispõe para afirmar que os não vacinados prejudicam a população em geral? Não tem, mas ouviu dizer?



Vamos agora para o outro lado do Atlântico, "Barnstable County, Massachusetts, July 2021, Brown et al., Morbidity and Mortality Weekly Report
Early Release / Vol. 70 July 30, 2021 - U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention",
 cdc.gov/mmwr/volumes/70/wr/pdfs/mm7031e2-H.pdf. 


- total de casos: 469
- percentagem de população vacinada, 2 doses: 69%
- vacinados, 2 doses: 346 casos (74% total de casos > 69%)
- não vacinados/só 1 dose/ 2ª dose < 14 dias: 123 casos (26% total casos)
- hospitalizados vacinados, 2 doses: 4 (80% dos hospitalizados)
- hospitalizados não vacinados/.../...: 1 (20% dos hospitalizados)


O que significa que a percentagem de casos nos vacinados é maior do que a percentagem de população vacinada; e também que a percentagem de hospitalizados vacinados é quatro vezes superior à dos não vacinados.


Com base em documento do CDC (power point divulgado pela imprensa americana):
- a carga viral dos vacinados é idêntica à dos não vacinados, o que significa que os vacinados também o podem contagiar tal como os não vacinados;
- por isso o CDC passou a recomendar máscara também aos vacinados.


Ainda pensa que a "liberdade de uns não se vacinarem prejudica a população em geral."? Sabia 
que na Alemanha nazi também se pensava que todos os que não pertencessem ao partido nazi prejudicavam os outros 
alemães? Sabe o que é que lhes aconteceu?




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De AVS a 05.08.2021 às 17:33


Poderei estar equivocado mas segundo tenho lido em multiplos sitios, mesmo quem já foi vacinado pode contrarir o virus e ser transmissor do mesmo... o que diferência quem tomou ou não a vacina é que em caso de ambos contrairem o virus, quem está vacinado tem uma muito melhor resposta imunitária ao dito.


António Santos
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De lucklucky a 05.08.2021 às 22:01


Impedirem os fumadores de fazerem o bem?


https://www.youtube.com/watch?v=WJIMffhpZRw
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De Elvimonte a 05.08.2021 às 23:50

A redução de risco dos inoculados contrairem a doença relativamente aos não inoculados ronda apenas 1%. No ensaio clínico da Pfizer houve 162 infectados entre cerca de 20000 não inoculados, contra 8 infectados entre cerca de 20000 inoculados (números aproximados). Fazendo as contas
 (162/20000)-(8/20000)=0,77% (vd. artigo científico "Outcome Reporting Bias in COVID-19 mRNA Vaccine Clinical Trials" para números exactos).


A inoculação não impede que se contraia a infecção e por isso não impede que os inoculados propaguem a doença. Segundo relatórios oficiais do governo inglês:


"32. The resurgence in both hospitalisations and deaths is dominated by those that have received two doses of the vaccine, comprising around 60% and 70% of the wave respectively. "
(https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/975909/S1182_SPI-M-O_Summary_of_modelling_of_easing_roadmap_step_2_restrictions.pdf )

Relativamente à variante delta, a taxa de mortalidade dos inoculados é cerca de seis vezes maior do que a taxa de mortalidade dos não inoculados, conforme  Tabela 5, páginas 18-19 do relatório  "SARS-CoV-2 variants of concern and variants under investigation in England Technical briefing 19" publicado aqui
https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/1005517/Technical_Briefing_19.pdf , 
de onde podemos chegar a estas conclusões:
vacinados, 2 doses: 28773 casos, 224 mortos, taxa de mortalidade 0,779%
não vacinados: 121400 casos, 165 mortos, taxa de mortalidade 0,136%.

No recente surto de Provincetown nos EUA 75% estavam vacinadosa carga viral dos vacinados era idêntica à dos não vacinados. Como consequência o CDC americano passou a recomendar máscara também aos vacinados.


"é substancialmente diferente" o quê?




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De balio a 06.08.2021 às 09:58


por quem não toma a vacina do Covid e me pode contaminar


1) Mas se você já tomou a vacina da covid-19, por que raio teme que @ possam contaminar? Já está salvaguardad@ pela vacina, logo, não tem nada a temer!


2) A vacina da covid-19 não impede que uma pessoa fique contaminada e, depois, contamine outras. Muitas pessoas vacinadas já foram apanhadas contaminadas e, presumivelmente, com o potencial de contaminar outras. Logo, mesmo uma pessoa que já tenha sido vacinada pode contaminá-l@.
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De Elvimonte a 07.08.2021 às 01:05

" já por quem não toma a vacina do Covid e me pode contaminar o caso é substancialmente diferente"
Provavelmente vou-me repetir. Mesmo assim olhe para estes números:



- vacinados, 2 doses: 28773 casos, 224 mortos, taxa de mortalidade 0,779%
- não vacinados: 121400 casos, 165 mortos, taxa de mortalidade 0,136%.
(links dos relatórios oficiais em comentários meus anteriores)


Em que grupo é que gostava de estar?


Vamos agora para o outro lado do Atlântico, "Barnstable County, Massachusetts, July 2021, Brown et al., Morbidity and Mortality Weekly Report
Early Release / Vol. 70 July 30, 2021 - U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention",
 cdc.gov/mmwr/volumes/70/wr/pdfs/mm7031e2-H.pdf. 


- total de casos: 469
- percentagem de população vacinada, 2 doses: 69%
- vacinados, 2 doses: 346 casos (74% total de casos > 69%)
- não vacinados/só 1 dose/ 2ª dose < 14 dias: 123 casos (26% total casos)
- hospitalizados vacinados, 2 doses: 4 (80% dos hospitalizados)
- hospitalizados não vacinados/.../...: 1 (20% dos hospitalizados)


O que significa que a percentagem de casos nos vacinados é maior do que a percentagem de população vacinada; e também que a percentagem de hospitalizados vacinados é quatro vezes superior à dos não vacinados.


Está tudo à sua frente com os links dos relatórios oficiais para que possa confirmar. Em que grupo é que gostava de estar?



Com base em documento do CDC (power point divulgado pela imprensa  americana):
- a carga viral dos vacinados é idêntica à dos não vacinados, o que significa que os vacinados também o podem contagiar como os não vacinados;
- por isso o CDC passou a recomendar máscara também aos vacinados.


Será que é preciso acrescentar mais alguma coisa?




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De Miguel Alçada Baptista a 07.08.2021 às 18:25

"Em que grupo é que gostava de estar?"
Eu vacinei-me, a questão não é em que lugar é que gostaria de estar. A questão é se é razoável obrigar alguém a estar num lugar em que, determinantemente, não queira estar.
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De Elvimonte a 09.08.2021 às 02:21

A sua questão é legítima, tem todo o mérito, situando-se ao nível dos princípios abstractos de que sou defensor.
A minha questão situa-se ao nível da realidade concreta que os números de documentos oficiais nos vão mostrando.
Neste caso, a realidade concreta reforça que aquilo que não é razoável ao nível dos princípios abstractos encontra também fundamento nos dados empíricos. 
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De demolidor89 a 05.08.2021 às 15:02

Pois, somos presos por ter cão e por não ter.
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De Elvimonte a 05.08.2021 às 16:29


As designadas vacinas - que para todos os efeitos jurídicos não o são, descrevendo-as as patentes como terapia genética - não foram aprovadas nem pela FDA nem pela AEM, tendo apenas recebido autorizações para uso de emergência e de comercialização condicional. Nas páginas da FDA, da AEM e dos próprios fabricantes essa informação é explícita.


Desconhecem-se potenciais efeitos adversos de médio e longo prazo, continuando os ensaios clínicos até 2023. Por bem menos efeitos adversos já registados (conforme EUDRA e VAERS) uma vacina contra a gripe de 2009 foi suspensa.


A redução de risco dos inoculados contrairem a doença relativamente aos não inoculados ronda apenas 1%. No ensaio clínico da Pfizer houve 162 infectados entre cerca de 20000 não inoculados, contra 8 infectados entre cerca de 20000 inoculados (números aproximados). Fazendo as contas
 (162/20000)-(8/20000)=0,77% (vd. artigo científico "Outcome Reporting Bias in COVID-19 mRNA Vaccine Clinical Trials" para números exactos)


A inoculação não impede que se contraia a infecção e por isso não impede que os inoculados propaguem a doença. Segundo relatórios oficiais do governo inglês:


"32. The resurgence in both hospitalisations and deaths is dominated by those that have received two doses of the vaccine, comprising around 60% and 70% of the wave respectively. "
(https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/975909/S1182_SPI-M-O_Summary_of_modelling_of_easing_roadmap_step_2_restrictions.pdf )


Relativamente à variante delta, a taxa de mortalidade dos inoculados é cerca de seis vezes maior do que a taxa de mortalidade dos não inoculados, conforme  Tabela 5, páginas 18-19 do relatório  "SARS-CoV-2 variants of concern and variants under investigation in England Technical briefing 19" publicado aqui
https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/1005517/Technical_Briefing_19.pdf , 
de onde podemos chegar a estas conclusões:
- vacinados, 2 doses: 28773 casos, 224 mortos, taxa de mortalidade 0,779%

- não vacinados: 121400 casos, 165 mortos, taxa de mortalidade 0,136%.


Sobre a existência da substância tóxica óxido de grafeno nalgumas vacinas ainda não cheguei a conclusão definitiva. Mas uma visita à página da Sinopeg  e a  patente pendente CN112220919A ("Nano coronavirus recombinant vaccine taking graphene oxide as carrier") levantam-me muitas suspeitas.
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De Anónimo a 05.08.2021 às 17:54

Meus caros concidadãos não sei se não percebem ou não querem perceber.
Os vacinados acham-se no dever de ter todos os seus direitos assegurados em relação aos não vacinados.
Uma pergunta aqui fica para poderem refletir:
Qual é a diferença para a sociedade entre os vacinados e não vacinados?
Ainda hoje há um surto num lar em Proença-a-Nova em que estão todos vacinados e estão todos infetados.
Como é que os grandes especialistas explicam isto?
Não não explicam mas continuam a falar de IMUNIDADE.
Onde está a dita IMUNIDADE?
Afinal qual é o problema que as pessoas não vacinadas infligem na sociedade vacinada para serem descriminados diariamente como se estivessem a dizimar o País?
Ainda há gente que não compreendeu que as pessoas não vacinadas só criam um problema que é deles e só deles, uma vez que os VACINADOS TAMBÉM PODEM SER INFETADOS E INFETAR OS OUTROS.
Talvez a solução seja todos de meterem em casa e esperarem que que as coisas lhes caiam do ar sem trabalhar.
Haja paciência para tudo isto pois ainda existem pessoas que pensam que seria possível passar a vida encerrados em casa e comerem todos os dias e pagarem as contas ao fim do mês.   
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De Anónimo a 06.08.2021 às 11:03

Nenhuma vacina toma quem a toma totalmente imune podendo a pessoa adoecer e transmitir a doença de igual forma. A diferença é que os efeitos da doença normalmente são menores, ... já sei que isso só diz respeito a cada um e como tal quem quiser arriscar e não ser vacinado tem a consequência só para si. A questão é que a maior parte das pessoas fica, na maior parte das situações, imune não contraindo a doença e consequentemente não transmite. Só assim se explica a redução da mortalidade e a redução dos casos sem necessidade de confinamento na 4ª vaga. 


Assim que não toma a vacina é um potencial transmissor do vírus, correndo o risco de consequências mais graves caso adoeça.
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De Elvimonte a 07.08.2021 às 23:58


Será? Onde é que foi buscar essas ideias? Foi a Maria que ouviu o Manel dizer que lhe disse? Vamos lá olhar para os números oficiais com objectividade.



- vacinados, 2 doses: 28773 casos, 224 mortos, taxa de mortalidade 0,779%
não vacinados: 121400 casos, 165 mortos, taxa de mortalidade 0,136%.
(links dos relatórios oficiais em comentários meus anteriores)


De que números dispõe para afirmar "Assim que não toma a vacina é um potencial transmissor do vírus, correndo o risco de consequências mais graves caso adoeça". Não tem, mas ouviu dizer?


Vamos agora para o outro lado do Atlântico, "Barnstable County, Massachusetts, July 2021, Brown et al., Morbidity and Mortality Weekly Report
Early Release / Vol. 70 July 30, 2021 - U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention",
 cdc.gov/mmwr/volumes/70/wr/pdfs/mm7031e2-H.pdf. 


total de casos: 469
percentagem de população vacinada, 2 doses: 69%
vacinados, 2 doses: 346 casos (74% total de casos > 69%)
não vacinados/só 1 dose/ 2ª dose < 14 dias: 123 casos (26% total casos)
hospitalizados vacinados, 2 doses: 4 (80% dos hospitalizados)
hospitalizados não vacinados/.../...: 1 (20% dos hospitalizados)


O que significa que a percentagem de casos nos vacinados é maior do que a percentagem de população vacinada; e também que a percentagem de hospitalizados vacinados é quatro vezes superior à dos não vacinados.


Com base em documento do CDC (power point divulgado pela imprensa americana):
- a carga viral dos vacinados é idêntica à dos não vacinados, o que significa que os vacinados também o podem contagiar tal como os não vacinados;
por isso o CDC passou a recomendar máscara também aos vacinados.


Ainda pensa "que a maior parte das pessoas fica, na maior parte das situações, imune não contraindo a doença e consequentemente não transmite"? Sabia 
que na Alemanha nazi a propaganda também levou as pessoas a pensarem que todos os que não pertencessem ao partido nazi prejudicavam os outros 
alemães? Sabe o que é que lhes aconteceu?




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De Anónimo a 11.08.2021 às 13:42

Parece-me haver alguma batota quando se faz a comparação do número de mortos vacinados com o dos não vacinados,apenas aritmétricamente sem levar em linha de conta outras variáveis,tais como a probabilidade de as pessoas com 2 vacinas serem de idade mais elevada,maior grau de risco e consequentemente maior fatalidade.
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De Elvimonte a 11.08.2021 às 23:56

Os números que cito constam de relatórios e publicações oficiais. Por essa via não há qualquer batota. 


Mas admitindo que há necessidade de saber mais sobre os números, algo com que concordo, também teria havido necessidade semelhante para os números de óbitos, de hospitalizações e de casos ocorridos pré-vacina:
- que idade?
- que patologias antecedentes?
- é unicamente a saturação de oxigénio abaixo de determinado valor que define aquilo que é um caso grave? (acontece em vários países)
- todos os óbitos ocorridos até 28 dias após um teste positivo devem ser contabilizados como vítimas da COVID-19? (acontece em vários países)
- a quantos ciclos de amplificação (ct, cycle threshold) deve ser limitado o teste RT-PCR para que possa ser considerado verdadeiro positivo? (na literatura científica para ct>= 35, 97% são falsos positivos; na EU e vários outros países ct>= 40 e no UK ct=45)


Se quiser abordar eventuais batotas acho que tem aqui "pano para mangas".
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De Anónimo a 05.08.2021 às 18:49

Qual a responsabilidade dos já vacinados contaminarem outros. Caso de hoje num Lar e com um morto.
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De Anónimo a 05.08.2021 às 19:10

..." atendendo a que as autoridades não recomendariam a sua utilização se não a considerassem globalmente segura,..."


Caro Senhor


Não quero deixar de cumprimentá-lo pela sua posição equilibrada quanto às medidas de contenção /supressão do Covid, nomeadamente a vacinação.
Até por que, se me autorizar a utilizar parte do seu texto que acima transcrevo, essa frase seria perfeitamente adequado à  (não) utilização dae máscara, dado que a mesma dava uma falsa sensação de segurança,  que as "autoridades preconizaram apenas há alguns meses atrás.
Ou seja eu diria que a melhor autoridade que um homem adulto e responsável poderá ter é a sua opinião informada e preocupado, com os seus e os restantes cidadãos, e não a "autoridade" de um estado passageiro e popularucho, que pretende mostrar que faz e promove algo, por muito contrário a que isso possa parecer com o que disse no dia anterior.


Melhores cumprimentos


Vasco Silveira
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De Carlos Sousa a 05.08.2021 às 19:47

Quando é o próprio bastonário dos médicos a propor o apartheid social nos restaurantes, está tudo dito.
Como é que em pleno século XXI ainda há alguém com tiques nazis a querer separar os vacinados dos não vacinados. 
Não será melhor meter uma estrela amarela nos não vacinados?
Então mas a vacina é obrigatória ou facultativa?
Será que sou assim tão estúpido para os outros terem de decidir por mim?
Será que depois de ano e meio a ser massacrado diariamente eu ainda não consiga perceber o que é que é melhor para mim?
Querem tomar a vacina, tomem.
Querem tomar uma dose, tomem.
Querem tomar duas doses, tomem.
Querem tomar três doses, tomem.
Tomem aquilo que quiserem mas parem com a merda do assédio moral, já chega.
Até quando é que vamos ter de suportar esta hipocrisia?
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De marina a 06.08.2021 às 00:54


é dar a ler este artigo  de hoje do DN à sua amiga...diz claramente que o beneficio da (pseudo) vacina é claramente pessoal .ou seja , ninguém  saudável devia permitir que o piquem , mas o medo tolda o raciocínio e claro , tanta dissonância cognitiva conduz as pessoas a erros.
eu oiço o clamor e escondo-me, à espera que caiam em si.



https://www.dn.pt/edicao-do-dia/05-ago-2021/estudo-sobre-carga-viral-em-vacinados-lanca-alerta-certificado-nao-substitui-uso-de-mascara-14007152.html



do qual retirei este excerto  : " Ora bem, esta nova informação vem demonstrar que o que parecia ser um certificado de garantia, de que não havia riscos, não é. Aquilo que um certificado pode comprovar é que a pessoa vacinada está protegida e que, provavelmente, não irá desenvolver doença grave, mas no que toca ao conceito de transmissão penso que se deve repensar as estratégias de luta contra a infeção", defende o médico. Argumentando: "Neste momento, um teste negativo di.."
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De Elvimonte a 06.08.2021 às 01:15

Em comentário anterior (https://corta-fitas.blogs.sapo.pt/os-perigos-dos-excessos-higienista-7439369?thread=36927753#t36927753), tendo por base relatórios oficiais do governo inglês que citei e de que apresentei números e links, foi possível concluir que:
- quer a hospitalização, quer a mortalidade são dominadas pelos duplamente vacinados (relatório de Março);
- relativamente à variante delta (devidamente genotipada), a taxa de mortalidade dos vacinados infectados é cerca de seis vezes maior do que a taxa de mortalidade dos infectados não vacinados (relatório de Julho).


Com base no recente surto em Provincetown nos EUA e em documento do CDC (power point divulgado pela imprensa america), foi possível concluir que:
- a carga viral dos vacinados era idêntica à dos não vacinados ;
-  por isso o CDC passou a recomendar máscara também aos vacinados.


Em síntese, as vacinas não impedem que se contraia a doença, apenas diminuem em cerca de 1% a probabilidade, não impedem que se propague a doença e os vacinados apresentam uma taxa de mortalidade muito superior à dos não vacinados. Porquê?


Os vacinologistas têm vindo a alertar para a possibilidade de agravamento de doença provocado pela vacinação, um fenómeno que ocorreu com outras vacinas e é referido genericamente na literatura científica por "antibody-dependent enhancement"  (ADE).
Têm também vindo a alertar para a possibilidade de aparecimento de variantes em consequência da pressão vacinal e é curioso verificar que quase todas as variantes "populares" surgiram inicialmente em países onde decorreram ensaios clínicos das vacinas (Brasil, Inglaterra, África do Sul, ...).
Todas as vacinas que não impedem a doença nem a transmissão são designadas por "vacinas imperfeitas" e anteriormente foram todas retiradas do mercado.


 Servem então para quê, as vacinas? A resposta a esta pergunta vale centenas de biliões de euros...


https://newtube.app/TonyHeller/1VlEPB3
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De marina a 06.08.2021 às 13:26

suponho que é esse o objectivo da vacinação , o agravamento da virose em vacinados de risco :  a população de risco que não morreu , morre agora com vacina , uma folga para os sns e pensões. já estou capaz de pensar tudo , vivemos no meio de feras.
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De Elvimonte a 06.08.2021 às 17:08

"Follow the money". Quanto ao resto não sei, mas que o negócio das vacinas representa centenas de biliões de euros não há dúvida.


O vídeo do presidente do México e do Ministro da Saúde vale a pena ser visto. Tem 2 ou 3 minutos e abertamente é referida uma campanha internacional financiada pelos interesses da indústria. Vou repetir o link:


https://newtube.app/TonyHeller/1VlEPB3




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