Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Os negócios activos de um primeiro ministro em funções

por henrique pereira dos santos, em 06.05.25

Os negócios activos de um primeiro ministro em funções não dizem respeito à sua vida privada, devem ser claramente escrutinados, ao contrário do que tem sido prática em Portugal.

Felizmente, no caso de Montenegro, essa prática foi abandonada e houve escrutínio à séria.

Conclusões?

Sim, o primeiro ministro em funções teve participação, por via do seu regime de casamento, num negócio privado activo.

Não, o primeiro ministro em funções não participa na gestão nem tem qualquer cargo nessa empresa.

Não, o primeiro ministro em funções nunca recebeu pagamentos dessa empresa, embora pudesse estar a beneficiar da sua potencial valorização, em função da política de distribuição de resultados da empresa.

A inovação de se considerar que todos as receitas da família do primeiro ministro em funções devem ser tratadas como receitas do próprio primeiro ministro corresponde a um retrocesso social brutal, em especial no que diz respeito à independência e respeito pelos direitos dos cônjuges (que, como é o caso, são frequentemente mulheres a quem se pretende negar a sua autonomia dentro do casamento) e não tem qualquer base legal ou ética.

Na dúvida, a sua mulher, com o seu consentimento como é de lei, em função do regime de bens do casamento, doou a sua parte aos filhos, deixando, portanto, de ter qualquer ligação com a empresa e eliminado qualquer benefício potencial que pudesse existir da valorização da empresa.

Esta é a situação base, mas faz algum sentido avaliar o histórico da empresa para perceber em que medida poderá haver conflitos de interesses potenciais.

Os conflitos potenciais de interesses não são matéria exclusiva da vida empresarial, por exemplo, uma das questões mais relevantes do processo influencier, mas poderia ser de um eventual processo sobre a gestão da renacionalização da TAP, é saber se Diogo Lacerda Machado intervém nos processos meramente pela sua actividade profissional, ou se usou a sua pública amizade e proximidade com o então primeiro ministro em funções para obter vantagens (mais uma vez, as vantagens não são apenas vantagens materiais, a vantagem política não tem mais dignidade que a vantagem financeira, por exemplo) para si, ou para terceiros, incluindo o primeiro ministro em funções que o nomeou, independentemente de haver, ou não, qualquer vínculo empresarial formal entre os dois.

A empresa foi fundada pelo actual primeiro ministro em funções, baseada em grande parte no seu círculo de relações, como acontece com qualquer pequena empresa que se lança neste mercado, com actividades nas áreas da consultoria empresarial, incluindo na protecção de dados, tendo o actual primeiro ministro em funções envolvido a mulher e os filhos na empresa.

Quando, por via da sua eleição para manda-chuva do PSD - que pressupõe a possibilidade de um dia ser primeiro ministro, desde que aguentasse internamente os quatro anos de oposição que seria de esperar da maioria absoluta do PS na altura - o actual primeiro ministro se desliga da actividade da empresa, a empresa perde praticamente toda a actividade de consultoria empresarial fora da protecção de dados, área em que entretanto tinha criado uma posição tranquila no mercado, ao contrário do que acontecia nas outras actividades da empresa, fortemente baseadas no actual primeiro ministro.

Resumindo, nada de relevante e condenável resulta do escrutínio profundo da avaliação aos negócios activos de um primeiro ministro em funções.

A única coisa relevante, do ponto de vista do processo político, foi a adopção, pelo PS, das habituais posições do PC, BE e Chega em relação a este tipo de matérias, que consiste em tomar cada suspeita como uma certeza, independentemente da solidez dessa suspeita, fazendo sistemáticamente potenciais ligações a interesses escondidos, para demonstrar a iniquidade dos outros, sobretudo em contraste com a pureza moral desses partidos.

Essa é a única novidade neste processo e, infelizmente, não é uma boa novidade, que se espera que se altere depois das eleições, em função da luta fratricida dentro do PS entre os demagogos que o dominam actualmente e as pessoas decentes que lá existem.


29 comentários

Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 09:03

Se está tudo bem e nada há a apontar, para quê tanta defesa, até a múmia saiu do sarcofago para defender o chico esperto de Espinho.
O que é que o homem terá para dar que tantos não lhe largam a porta.
Sem imagem de perfil

De Manuel a 06.05.2025 às 13:33

"Até a múmia saiu do sarcófago para defender o chico esparto de Espinho" só por esta frase se consegue avaliar a sua falta de idoneidade e principios. A pessoa a que depreciativamente se refere como múmia felizmente está bem viva e deve ser respeitado como qualquer outro independentemente das suas ideias mas para além disso respeitado também, porque nos cincoenta e um ano da democracia portuguesa foi o único ter em eleições quatro maiorias absolutas por vontade expressa dos portugueses o mostra bem o seu valor e verdade seja dita (esta é a minha ideia)Portugal hoje seria bem pior se isso não tivesse acontecido. 
Quanto ao resto resto também  podemos perguntar quanto é que se ganha pelas opiniões que se  escrevem contra Luis Montenegro como é  o seu caso? 
Sem imagem de perfil

De anónimo a 06.05.2025 às 18:56


"...foi o único" a "ter em eleições quatro maiorias absolutas" na AR, mas com apenas metade dos votos expressos.
Na verdade não convenceu 3/4 dos portuguêses (a maioria). Uns que até votaram contra. Outros que o ignoraram, sabe-se lá porquê.
Sem imagem de perfil

De Manuel a 07.05.2025 às 16:12

A indigência (pobreza intelectual) e desfaçatez desta sua resposta provocatória e mentirosa mostra bem a falta de idoneidade e de principios que lhe notei, obrigado!
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 13:42

Palpita-me que há sobreviventes daquele  "exército de bots"  que os socialistas pagaram por 40 Mil euros a uma agência  para fazerem a campanha das legislativas. O "trabalho" consistia em criar 300 perfis falsos para  disseminar mensagens favoráveis ao partido socialista e de ataque ao principal partido opositor. 


« ‘O Projeto’ era assim que era chamado o plano secreto de comunicação, traçado entre o Partido Socialista e a agência ADBD Communicare – extinta desde 2024 – que envolveu a criação de cerca de 300 perfis falsos nas redes sociais, no período entre 2019 e 2020.
As redes sociais eram vistas como um terreno de batalha política e os socialistas apostaram a fundo num exército de bots para disseminação de mensagens favoráveis ao partido e na manipulação de resultados nas sondagens online.

Estas contas, criadas no Facebook e no Twitter, eram “alimentadas” durante semanas ou meses para que se tornassem «personalidades realistas» e depois usados para fazer comentários a favor do PS ou de António Costa, principalmente em caixas de comentários de órgãos de comunicação social. 

«O PS enviava-nos muitas vezes argumentários ou afirmações favoráveis ao partido, para depois criarmos os comentários», explica António Sousa Duarte, partner e fundador da agência e principal responsável pelo projeto. » _  fim de citação

Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 06.05.2025 às 13:44

Se há alguma coisa a apontar, aponte.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 13:47

As "encomendas" eram feitas em reuniões na sede do PS.
 Vale a pena ler o artigo na íntegra aqui:

https://sol.sapo.pt/2025/05/05/ps-pagou-e40-mil-para-criar-perfis-falsos-nas-redes-sociais/
Sem imagem de perfil

De cela.e.sela a 06.05.2025 às 09:22

nada me admira nesta republiqueta cuja CRP me obriga a caminhar para «a sociedade socialista»
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 09:29


todos as receitas da família do primeiro ministro em funções devem ser tratadas como receitas do próprio primeiro ministro


Bem, se as pessoas se casam com comunhão de adquiridos, e se as pessoas têm contas bancárias em comum, e se as pessoas fazem declarações de rendimentos em comum, então é normal que se identifique as receitas da família como sendo receitas de cada um dos membros dela.
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 06.05.2025 às 13:46

Acha que sim?
Suponho que saiba que isso depende de família para família, havendo famílias em que os rendimentos das diferentes pessoas são tratadas, pela família, como caixas estanques, até famílias que põem tudo num bolo comum que é gerido de forma igualmente comum.
O que manifestamente não existe, nem legal, nem fiscalmente, é a ideia de que o dinheiro recebido (nem é os lucros, são as receitas, o que é extraordinário) por uma empresa é dos donos da empresa, e não da empresa.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 14:54


isso depende de família para família


Sem dúvida.


Porém, é como digo: se as famílias não querem ser unas do ponto de vista financeiro, então devem começar por, ou não se casarem, ou então usarem o casamento com separação de bens, e depois não terem contas bancárias conjuntas nem declarações fiscais conjuntas.


Devem também ter o cuidado de não formarem empresas em conjunto. Se a mulher quer ter uma atividade empresarial, pois que tenha, mas o marido não tem nada que ser também dono da empresa (e vice-versa).


Se as famílias não seguem estes preceitos elementares, então é expectável que o mundo em redor as encare como sendo financeiramente unas.
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 06.05.2025 às 14:59

Independentemente dessas opiniões sobre o que devem ser as famílias, isso é completamente irrelevante: quem recebeu dinheiro foi a empresa, não a família.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 16:55


quem recebeu dinheiro foi a empresa, não a família


Isso é verdade.


Mas o dinheiro que uma empresa qualquer recebe, alguma forma haverá de ele sair dela para ir remunerar os seus proprietários (como é legítimo e adequado).


Não vi as contas da Spinumviva (e, mesmo que visse, como não sou contabilista não as entenderia), mas é para mim evidente que o dinheiro que diversas empresas lhe pagaram terá acabado, em boa parte, por ter ido parar aos bolsos de Luís Montenegro e/ou da sua mulher (ou mais provavelmente a uma conta bancária conjunta de ambos).
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 06.05.2025 às 17:47

Pode ser evidente para si que, como disse, não viu as contas.
Para quem viu as contas, não é nada evidente: a spinumviva nunca pagou nada aos seus proprietários, tem uma lógica de reforço de capitalização que implica não distribuir os resultados.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 22:21

Bem dito.
A lógica da empresa sempre foi a de reinvestir, o que prova uma estratégia de crescimento a longo prazo.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 08.05.2025 às 01:00

Mas tu estaras bem da cabeça? Achas mesmo q e tudo parvo?
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 08.05.2025 às 08:49

Não, não acho, alguns são parvos, e outros não.
Sem imagem de perfil

De Carlos Sousa a 06.05.2025 às 10:10

Não há dúvida que o efeito de halo é óptimo para tirar conclusões sérias (?). Eu só imagino se por acaso o pato-bravo fosse do PS e recebesse as mesmas avenças se o escrutínio continuava a ser irrelevante e nada condenável. 
Seja isento, não seja manipulador, a política quer-se séria e não com joguinhos da treta.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 12:58

"Eu só imagino se..." 
Não precisa de imaginar. Os seus pêiesses não são escrutinados e se fossem nada haveria de irrelevante ou condenável. É sempre  tudo uma cabala, uma perseguição. 
Deixe-se e joguinhos da treta.. .
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 06.05.2025 às 13:49

O que acontece é que quem recebia avenças, por trabalho comprovadamente feito, era a empresa, e não os seus donos, logo, Montenegro não recebeu coisa nenhuma da empresa, ao contrário do que está a dizer.
Poderia beneficiar com a valorização da empresa (o que, evidentemente, não é nem ilegal, nem imoral), mas essa efeito potencial acabou no momento em que doou a sua quota.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 17:25

Doou a cota aos filhos, sendo um ainda adolescente. Se isto não é a defenição de um testa de ferro, não sei o que será.
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 06.05.2025 às 17:48

Isso não é uma definição de testa de ferro, isso é mentira.
Mas, ainda que fosse verdade, é irrelevante a quem doou a quota, o facto é que deixou de ser dono da empresa.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 18:06

Adolescence mas com crédito e formação na área de negócio 
Sem imagem de perfil

De anónimo a 06.05.2025 às 10:12


O eixo da questão continuará a ser a Assembleia da República e o dever que esta tem de fiscalizar as acções do PM e dos Governos, via Comissões Parlamentares de Inquérito.
Entretanto, Constituição da RP. Art. 178, nº 2.:
"A composição das comissões corresponde à representatividade dos partidos na Assembleia da República."  


Portanto tudo bem, tudo constitucional, só que como bem sabemos os deputados foram previamente escolhidos (e serão  futuramente escolhidos) pelos líderes dos partidos. Já assistimos a como tudo ocorre nas CPIs. Agora, mais uma vez, veremos o poder político exercido ao contrário. Os constitucionalistas de Abril lá sabiam o que escrever e aprovar.
Sem imagem de perfil

De anónimo a 06.05.2025 às 10:32

Dois acontecimentos com autores completamente diferentes:
A Revolução no dia 25 de Abril.
A Constituinte, a elaboração e a consequente aprovação da Constituição.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.05.2025 às 10:36

 Lacerda Machado é apenas um _ entre muitos exemplos _ que nos traz à memória o clima do(s) "reinado"(s) socialista(s). Ainda bem que lembrou o caso. Bastante oportuno por comparação ao que se passa hoje na nossa CS.

 À época achei um desaforo a nomeação desse tal amigo para as questões da Tap. O critério de escolha? Amigo íntimo de longa data e de compadrio (literalmente). Pertencia ao circulo dos «de casa»_  como se dizia então.
 Como também se dizia que o amigo esteva sempre presente, mas na sombra, quando Costa precisava nos momentos "difíceis" da governação. A  que título? 


Curiosamente, não se levantou nenhuma questão de falta de transparência, nem qualquer dúvida sobre tal "presença" pouco escrutinada, e que se envolvia em assuntos da governação! Nem nenhuma agitação na Comunicação Social, nem tampouco entre os políticos "jornalistas", onde reinava o sossego pois achavam tudo "normal".


A memória é lixada! Pena que muitos já se tenham esquecido que o país viveu no reino da impudência e da mais absoluta desfaçatez. 
Nessa altura, tinha a certeza de que o PS era "o" partido-Estado, que alcançara a impunidade própria dum poder hegemónico (pouco questionado) e que não deve explicações ao povoléu.
Façamos uma comparação com o procedimento actual da CS e dos seus acólitos. 
Sem imagem de perfil

De Anonimo a 06.05.2025 às 15:07

MOntenegro irá contra os interesses instalados, alguns dos quais emanando do seu próprio partido, pelo que esta campanha é necessária e fundamental para o manter afastado do Poder.
Sem imagem de perfil

De M.Sousa a 06.05.2025 às 20:07

Os bots do PS ainda estão activos e recomendam-se. Descobriram 300 mas deve haver outros tantos. E, ainda, há os bots vivos, digamos assim, os tais a quem já nem faltam as penas, como são casos dos Carlos Sousas, Balios, Lavouras e Anónimos de vários flavours, que continuam a enxamear as caixas de comentários por todo o lado.
E depois, têm estes tipos do PS  a distinta lata de vir com leis para combater a desinformação nas redes.
Acho que quem vota nesta gentalha é bem pior que eles.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 07.05.2025 às 08:01

Continuam fortes na campanha anti montenegro. 
Não tinha carisma e estava a prazo, agora o pecado é ter sudo empresário. Empresário. Ainda se tivesse sido consultor da galp depois de ter sido ministro, ou assessor da comissão observadora, tudo bem, agora empresário?
Felizmente há vozes esclarecidas em sua defesa. Espero que o esforço valha a pena, e que Portugal seja recompensado com o seu DOGE.

Comentar post



Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

Contacte-nos: bloguecortafitas(arroba)gmail.com



Notícias

A Batalha
D. Notícias
D. Económico
Expresso
iOnline
J. Negócios
TVI24
JornalEconómico
Global
Público
SIC-Notícias
TSF
Observador

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

  • henrique pereira dos santos

    O post não diz, nem sequer sugere, que Moedas não ...

  • Anónimo

    Sempre se soube que Moedas não servia, é apenas o ...

  • Anónimo

    Ninguém proibiu a bola mas fecharam restauração

  • Anónimo

    Podiam começar por resolver o problema de Cabo Del...

  • Anónimo

    O incitamento à violência é (creio eu) crime. Se a...


Links

Muito nossos

  •  
  • Outros blogs

  •  
  •  
  • Links úteis


    Arquivo

    1. 2025
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2024
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2023
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2022
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2021
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2020
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2019
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2018
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2017
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2016
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2015
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2014
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2013
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2012
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2011
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2010
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2009
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2008
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D
    235. 2007
    236. J
    237. F
    238. M
    239. A
    240. M
    241. J
    242. J
    243. A
    244. S
    245. O
    246. N
    247. D
    248. 2006
    249. J
    250. F
    251. M
    252. A
    253. M
    254. J
    255. J
    256. A
    257. S
    258. O
    259. N
    260. D