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Os Médicos, mais um grupo de pressão ilegítimo

por Jose Miguel Roque Martins, em 25.07.20

Hoje nos jornais apareceram duas noticias.

A primeira,  referia que 60 vagas para médicos no Algarve não tiveram um unico concorrente.

A segunda notava que, das 200 vagas adicionais  que o governo permitiu em cursos de medicina, nenhuma foi aberta pelas escolas acreditadas. O ministro, desapontado, falou na Universidade Católica, que tem vindo as suas pretensões de abrir uma faculdade de medicina constantemente negada, pelos órgãos da classe. E da sua vontade de impulsionar que a universidade de Évora e de Viseu, abrissem os os seus cursos. Afinal não é ao governo que compete impulsionar os cursos que considere estrategicos. 

Mais uma vez, os médicos, escudando-se na falta de evidencia de que não existe falta de médicos, impedem a formação daqueles que olham como concorrentes, capazes de ferir os seus privilégios.

Costa e Silva, também não viu a oportunidade de transformar Portugal num centro de tratamentos médicos. Ao invés, propôs que passássemos a ser o fabricante europeu de instrumentos médicos!?

Continuamos a formar ( e pagar) médicos no estrangeiros, de estudantes que não atingiram as medias estratosféricas necessárias para fazer o curso em Portugal.

Continuamos a perder a possibilidade de exportar serviços de formação na area medica, onde somos bons, como fazemos noutras áreas.

Continuamos a não ter médicos suficientes em Portugal.

Continuamos a não nos podermos projetar como País de prestação de cuidados médicos para Companhias de Seguro na Europa.

Continuamos a insistir que não precisamos de mais médicos.

Continuamos a insistir que temos é que ser engenheiros e desperdiçar os talentos que nos são reconhecidos, continuando a só termos a alternativa de sermos um pais turístico de baixos salários.

Mais um caso, como tantos outros em que os interesses corporativos não são combatidos pelo Estado, como lhe competia. Mais uma das razões para a nossa pobreza colectiva.


4 comentários

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De José a 25.07.2020 às 23:29

Concordo inteiramente com o seu post. Fico sempre espantado quando os vários bastonários elaboram nos media sobre a existência de médicos em número mais do que suficiente nunca sejam confrontado com as seguintes perguntas triviais: entāo porque é que nāo há médicos de família em número suficiente? Porque é que nunca há médicos para o Algarve e para outras zonas do interior? Temos que acabar com isto!
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De Anónimo a 26.07.2020 às 01:22

Não me lembro de criticarem a proliferação de curandeiros,de endireitas, de ser permitido chamar medicina a tudo ou quase que se apresente com esse nome
e que dizem ser legítimas alternativas ao nosso direito de assim o designar
e promover.Para tudo se reivindica o "direito a ".Resta ou não a consciência crítica de cada um.
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De Anónimo a 26.07.2020 às 09:43

Mas parece-me que o problema não será a falta de médicos uma vez que somos o terceiro da Europa com um ratio de 515 por 100000 habitantes. Não será antes a má carreira, os maus salários, as dificuldades de especialização, a distribuição assimétrica que leva os jovens médicos a emigrar? Não sei se novos cursos, novos médicos, vai alterar a situação... 
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De Anónimo a 26.07.2020 às 19:34

O Caro José Martins sabe que todos os anos ficam centenas de médicos sem acesso à especialidade por falta de vagas? Ou seja, médicos que não conseguem acabar a sua formação. Porquê? Porque os hospitais do SNS não têm capacidade para os absorver. Agora diga-me se é com aumento de vagas nas faculdades que se resolve a situação. Pelo contrário, vai agravá-la.

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