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Os lares, o Estado e os outros

por henrique pereira dos santos, em 21.05.24

"A eficiência tem limites, e não há modo de os definir. A partir de certa altura, e não há um "manual", é impossível aumentá-la. Claro que as margens de lucro podem ser aumentadas sem alterar eficiência do funcionamento e dos processos, pagando menos a fornecedores ou cobrando mais a clientes".

Este parágrafo, tirado de um comentário sobre o meu post anterior, é bem ilustrativo de um raciocínio não económico na discussão de prestações sociais, raciocínio esse que vale a pena discutir.

Para tornar mais fácil a discussão, escolhamos, para a ilustrar, outro bem essencial: o pão.

É certo que já houve bastas experiências que pretenderam manipular o mercado do pão com o objectivo de garantir que o pão chegava a todos, desde a soluções mais radicais de apropriação colectiva dos meios de produção, até a soluções menos radicais, como a célebre "lei da fome" de Elvino de Brito.

O que a experiência mostra é que o aumento da eficiência na produção de pão permite que hoje já pouca gente defenda a nacionalização da terra, o controlo das moagens pelo Estado, a criação de uma rede de padarias do Estado, a forte taxação das importação de cereais, etc. (tudo exemplos reais), como boas soluções para garantir o abastecimento de pão à população.

No essencial, neste momento, em Portugal, existe liberdade de produção de cereais, de importação de cereais, de fabrico de pão, de venda de pão, isto é, o mercado e o conjunto de operadores movidos pelo lucro conseguem fornecer pão à generalidade da população.

Como é inevitável, os que não conseguem ter rendimentos suficientes para comprar pão, nem têm acesso a apoios filantrópicos ou controlados pelo Estado para suprir essa dificuldade, ficam para trás.

Como o Estado tem políticas sociais (como o rendimento social de inserção) e como a sociedade desenvolve iniciativas filantrópicas (como os bancos alimentares), é reduzidíssimo o número de pessoas que em Portugal correm o risco de morrer à fome (admitindo que as há).

O principal instrumento de difusão de informação que permite aos operadores de mercado fazer opções é preço, um instrumento do mais eficaz que existe para esse fim, e a concorrência obriga cada operador a fazer o preço que melhor responde à procura que pode viabilizar o seu negócio, pelo que a possibilidade de pagar menos a fornecedores ou aumentar o preço tem limites muito estreitos.

O que diferencia cada operador, determinando a sua falência ou sucesso, é a sua capacidade de ser eficiente na produção de bens e serviços que servem a sua clientela potencial.

Existe alguma diferença entre o abastecimento alimentar e a prestação de cuidados na velhice?

Nem por isso.

Tradicionalmente era nas famílias que estava a garantia (relativa) de uma velhice sem sobressaltos, havendo uma obrigação dos filhos tratarem dos pais, obrigação essa que, mais que as normas sociais, era reforçada por um mecanismo económico nas mãos dos mais velhos: a gestão da herança.

O argumento de que os mais pobres tinham heranças miseráveis e, para este efeito, ineficazes, só parcialmente era verdadeiro porque quanto mais miserável, mais relevante era o pouco que se poderia esperar da herança.

Acontece que este mecanismo deixou de ter a importância que tinha (o que os filhos ganham pode ser muito mais que o que podem esperar da herança e a herança é menos relevante para que os filhos possam aspirar a não passar fome durante a sua vida) e que a esperança de vida aumentou, tal como a mobilidade, pelo que os velhos são, frequentemente, deixados para trás.

Num sistema exclusivamente privado, o que é de esperar é que os ricos resolvam este problema, pagando, os remediados resolvam o problema pagando menos e aguentando as piores condições que o seu dinheiro ainda pode pagar e os pobres, como de costume, ficam dependentes da caridade de terceiros ou estão tramados.

O Estado chamou a si a responsabilidade de minimizar os problemas dos velhos, pagando os cuidados de que necessitam às entidades especializadas em caridade.

Poderia fazer como no caso do pão: atribuía recursos que as pessoas gastam a comprar o pão que querem, onde querem, neste caso, a pagar os lares que quisessem, onde quisessem.

Mas não, o Estado (ou melhor, neste caso, a sociedade) inventou um sistema em que paga aos intermediários, isto é, às entidades especializadas em caridade, para prestar os cuidados de que os velhos precisam.

O resultado é o que se conhece.

O Estado, sempre aflito de dinheiro, prefere gastar três mil milhões para ter uma companhia aérea a gastá-los a melhorar as condições de prestação de cuidados sociais.

Com isso, o dinheiro disponibilizado pelo Estado é pouco, e portanto as entidades especializadas em caridade vêem-se na contingência de reduzir a entrada de utilizadores e diminuírem a qualidade dos serviços prestados, de modo a encaixá-los no dinheiro disponibilizado pelo Estado (não me vou meter no sinuoso mundo do financiamento das famílias e dos utilizadores a estes lares).

Se houvesse dúvidas, o tempo da pandemia demonstrou bem a qualidade dos cuidados prestados, para além da sua escassez.

"Quanto à entrada de privados no mercado social, sejamos claros e honestos; só seria possível SE o Estado definisse preços (como o Estado faz noutros países em que certos sectores, como a saúde, são privados, mas regulados a 100%, malditos comunas), e isso iria contra a tal lógica do lucro liberalizado".

Confesso que já li várias vezes este parágrafo e não percebo bem qual é a questão, visto que me parece claro que o Estado deve definir os termos em que está disposto a gastar o dinheiro dos contribuintes no apoio à velhice.

A minha opinião é a de que o Estado deveria fazer aqui o mesmo que faz com o abastecimento alimentar, isto é, deixar andar os negócios e pagar aos que não têm rendimentos suficientes para arcar com o custo dos lares (ou de cuidados continuados).

O que não percebo é o que quer dizer "lucros liberalizados", porque o lucro (liberalizado ou não) é a mera diferença entre custos e receitas, matéria que depende da eficiência na prestação dos cuidados (quanto menos eficiente é a prestação de cuidados, maior é o custo) e do preço que o mercado permite cobrar (a definição do preço não é uma decisão livre de quem vende, é o ponto de encontro entre a vontade de quem vende e a vontade que quem compra).

"E tenho sérias dúvidas que os lares privados, que mesmo caros não têm falta de clientela, preferissem submeter-se a um preço fixo do que cobrar o que querem (e alterar situações contratuais de preço em conformidade)".

Talvez a explicação da diferença de pontos de vista entre o comentador e eu esteja nesta frase extraordinária.

Extraordinária porque, aparentemente, o que preocupa o comentador é o que fazem os donos dos lares e não a situação dos que precisam de lares.

O que interessa aqui é saber se com os privados é possível ter mais oferta e melhor oferta, e não se os donos dos lares preferem isto ou aquilo (uns preferirão umas coisas, outros preferirão outras).

O que o apoio do Estado faz é alargar o mercado, na medida em que confere a mais gente a capacidade de pagar os cuidados de que precisa. E com esse alargamento do mercado, vem maior diferenciação que, desde que assegurada maior concorrência, permite aos utilizadores mais escolha.

Independentemente de umas pessoas gostarem mais de amarelo e outras de azul, em grandes números, as pessoas tenderão a escolher a melhor qualidade e o preço mais baixo.

Se o Estado estabelece um preço para o pagamento do serviço, o resultado é toda a gente (tirando nichos de mercado muito diferenciados para quem pode pagar) se aproximar desse preço, passando a competir pela diferenciação dos cuidados (por exemplo, médicos mais competentes, funcionários mais simpáticos, maior gama de actividades complementares, melhor cozinha, melhores instalações, etc..), para captar mais clientes e, consequentemente, aumentar os lucros.

"Há que referir que duvido que haja assim tantos que "escolhem" lares privados, vão para lá porque não há opção".

Bingo!

É exactamente esta a questão, a melhoria da qualidade dos cuidados prestados aos velhos depende essencialmente da escolha à disposição dos utilizadores, e dos recursos que lhes permitem pagar essas escolhas.

Isso não tem nenhuma relação com a natureza da propriedade das paredes dos edifícios, pelo que é absurdo separar os prestadores de cuidados em função da sua natureza patrimonial: Estado, instituições especializadas em caridade ou gananciosos à procura de lucros.


21 comentários

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De Anonimus a 21.05.2024 às 16:43

Como costuma responder a quem de si discorda, não percebeu nada. E qual balio que tanto critica, não faz por isso.


Quem fala de lucros é eficiência em contexto de prestação de serviços sociais não sou eu, mas depois discutir todos os factores relacionados já não faz sentido. E o que é isso do raciocínio não económico, e onde se aplica ao comentário? Estou sempre disposto a aprender com quem é da área, especialmente economia e organizações. Ao contrário dos wokes, tenho mente aberta. 
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De henrique pereira dos santos a 21.05.2024 às 17:17

Não percebi a sua questão.
Baixar custos pode fazer-se de muitas maneiras, por exemplo, aplicando calotes, com certeza.
A maneira mais sustentável de o fazer é melhorando a eficiência (o que inclui comprar o mesmo por preços mais baixos, que não é o mesmo que ter preços mais baixos por coisas de menor qualidade).
É um raciocínio não económico porque parte do princípio de que pagar menos a fornecedores ou aumentar preços é uma decisão livre do dono do negócio, quando não é.
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De Anonimo a 21.05.2024 às 17:45

Quem não percebe é o HPS.
A eficiência tem como objectivo fazer o mesmo produto (ou serviço) melhor e/ou mais barato, sem mexer no custo (mao de obra e materiais) e no preço. A logística do retalho é um exemplo onde a gestão da frota é levada ao limite para maximizar eficiência. Ou a gestão dos aviões na RyanAir.
Essa eficiência tem um limite. Porque por melhores que sejam os processos , a certa altura não é possível optmizar mais.
Um exemplo de eficiência básico e conhecido é a taxa de roubo e desperdício nos supermercados. Eu posso aumentar a eficiência nesse sector, mas quando chegar a 0% acabou, nao melhora mais.
Por isso, e reforço pela experiência,  a partir de um certo limite, aumentar lucro ou comprando mais barato ou vendendo mais caro (ou cortando em salários).
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De henrique pereira dos santos a 21.05.2024 às 18:07

Exacto, foi o que eu disse, que não percebo as suas questões.
Não consigo perceber o que seja fazer um produto mais barato sem mexer no custo, por exemplo.
Um supermercado compra e vende, se conseguir vender mais mantendo os custos, ou vender o mesmo, baixando os custos, está a ser mais eficiente, confesso que não percebo mesmo onde quer chegar.
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De Elvimonte a 21.05.2024 às 19:04

O que a (grande) distribuição alimentar faz é vender a pronto pagamento e pagar a fornecedores a 30, 60, 90 e já me falaram em 120 dias. Nada disso tem a ver com eficiência, mas sim com rotação de capital. Acresce a isso a cobrança de taxas pela colocação de produtos nas áreas nobres dos expositores.

Ai essa engenharia financeira.
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De henrique pereira dos santos a 21.05.2024 às 19:52

Se conseguir vender a pronto (vende no dia em que a mercadoria chega, toda a gente sabe que em qualquer supermercado só se vendem produtos que chegam nesse dia) e pagar a 120 dias, faz parte da eficiência financeira do negócio.
Se o supermercado do lado só conseguir vender ao fim de sete dias, é menos eficiente, confesso que não percebo as questões.
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De Anonimo a 21.05.2024 às 21:21

Já percebi que resume eficiência a custos. Não vale a pena continuar, como costuma dizer.
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De Elvimonte a 22.05.2024 às 01:15

Acho que em vez de uma tese sobre a "evolução da paisagem" devia ter escrito uma tese sobre a "evolução da paisagem capitalista: desde o monopólio dos tabacos até aos nossos dias". Mas talvez não tenha conhecimento da existência do monopólio dos tabacos, da origem da dupla Fonsecas & Burnay e de alguma da toponímica lisboeta em cuja génese se encontra aquele monopólio e as fortunas que proporcionou. Enriquecimento que, muito provável e ingenuamente, apelidaria de geração de riqueza. A título de curiosidade, referira-se que a concessão - a última - do monopólio dos tabacos terminava em 1926, não sendo claro o que teria acontecido sem o 28 de Maio ou se a data tem alguma relação com o fim da dita concessão.

Mas voltando à questão em apreço. O "truque" consiste em vender hoje - e receber em pagamento - aquilo que não é nosso porque só o vamos pagar amanhã. E não só o vamos pagar só amanhã como o vamos pagar com o dinheiro que recebemos hoje, obtendo ainda uma margem com a manobra - um belo negócio.



Entre "o hoje e o amanhã", os produtores, aqueles que realmente geram riqueza, que peçam empréstimos aos bancos, dos quais as gentes do "truque" são accionistas, para aguentarem a dilação dos pagamentos - e mais um belo negócio a complementar o anterior.


Ainda vai a tempo de produzir a tal tese sobre a "evolução da paisagem capitalista: desde o monopólio dos tabacos até aos nossos dias". Experiência sobre paisagem já tem. Mas, antes de mais, talvez convenha compreender que uma licença de actividade bancária é uma licença para emitir dinheiro.


Esse é um passo fundamental sem o qual nunca conseguirá escrever convictamente que os bancos emprestam aquilo que não têm, que a grande distribuição alimentar vende o que não lhe pertence - porque ainda o não pagou - e que as companhias de seguros cobram por serviços que podem nunca vir a prestar. Mas leia Richard Werner, Michael Hudson, William Lazonick e outros, seja cientificamente céptico, distinga "geração de riqueza" de "extracção de riqueza" e abstraia-se de dogmatismos, entre eles aquele segundo o qual os parasitas apenas existem no mundo da Biologia.
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De Anonimo a 21.05.2024 às 21:28

A valorização do capital (recebendo a horas e pagando no futuro) é apenas um aspecto do negócio do retalho. Até o processo cambial está optimizado.
Gestão do stock (que requer espaço, que custa dinheiro), Gestão de frotas, tudo o que possa reduzir custos de contexto num cêntimo por transacção, que tem impacto brutal num negócio com dimensão. 
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De lucklucky a 21.05.2024 às 22:35

"A eficiência tem como objectivo fazer o mesmo produto (ou serviço) melhor e/ou mais barato, sem mexer no custo (mao de obra e materiais) e no preço"



Que afirmação bizarra. Então 1 pessoa fazer o mesmo que 2 não é um aumento de eficiência? então substituir um material mais caro por outro mais barato que cumpre a função não é aumento de eficiência? 
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De Anonimus a 22.05.2024 às 07:58


Apenas se o fizerem com a mesma qualidade. Isso é eficiência, trocar 2 por 1 perdendo qualidade é apenas cortar.
Se 1 pessoa fizer o trabalho de 2 com os mesmos resultados, ou as 2 eram fracas, ou 1 dessas estava a mais.
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De lucklucky a 22.05.2024 às 11:55

E? 
Um caça da 2GM feito nos EUA precisava de 4000 horas de trabalho, um caça feito em Itália precisava de mais de 20000 horas de trabalho. 
A qualidade para o propósito não era melhor no caça Italiano. Os EUA tinham muito mais recursos e riqueza mas não a desbarataram, porquê? por causa do "lucro liberal" enquanto a Itália tinha os gastos sociais da ideologia Fascista.
Há 100 anos o que se aproveitava de um barril de petróleo era muito menor do que se aproveita hoje, a força que estimulou essa evolução foi principalmente a existência do "lucro liberal".
No Estado as forças que estimulam a eficiência são os o eleitores e consciência dos funcionário e politicos quando existe, essa é uma força insuficiente  como se vê pelo crescimento dos gastos do estado desde Bismarck.
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De Anonimo a 22.05.2024 às 13:23


Ou se calhar era uma questão de tecnologia. Não de ideologia. Mas reconheço não ter capacidade técnica para, ao contrário do comentador, analisar as diferenças de processos na produção de caças por alturas de 1930/40 (que presumo ainda assim serem mais eficientes nos EUA... porque fizeram por isso. Decerto não montaram um caça à primeira e acertaram logo no melhor método).
Pode também acontecer que tal como os turcos, os italianos sejam preguiçosos.
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De Anonimo a 21.05.2024 às 16:48

Apoio do Estado? Mas o Estado já apoia. Quem não tem rendimentos a SegSocial suporta.
Virou estatista? O Maduro tomou conta do blog?
Deixem os privados abrir lares, estabelecer preços  e as pessoas escolherem. Tal como não faz sentido subsidiar o pão, não faz sentido subsidiar os serviços sociais. Daqui a pouco a
Só falta o Estado subsidiar casa.
Ou somos liberais, ou mais vale por o PS e o Bloco no poder eternamente. 
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De henrique pereira dos santos a 21.05.2024 às 17:20

O Estado apoia as IPSS, não apoiar os utilizadores.
O Estado apoia a compra de pão, chama-se, por exemplo, redimento social de inserção, ou abono de família, etc..
Eu não defendo que as pessoas que não podem pagar o preço do lar sejam deixadas ao relento e não vejo o que tenha isso com o facto de se ser liberal ou não.
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De Anonimo a 21.05.2024 às 17:50

O que é "pagar o preço do lar" e quem define isso?
A minha mãe tem de ir para um lar. Nao tem lugar no social. Um lar custa 1000 euros, mas ela tem 500 de reforma. O Estado vai meter os 500 que faltam? E quem define os preços? Se for o mercado, aumenta à inflação ou mais, o lar pendura-se no Estado para o ter garantido?
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De henrique pereira dos santos a 21.05.2024 às 18:09

Pagar o preço do lar é o mesmo que pagar o preço do pão.
Quem define isso é o mercado, ou seja, o ponto de encontro entre quem quer comprar e quem quer vender.
No exemplo que dá, a sua mãe não consegue pagar 1000 euros do lar com quinhentos euros de rendimentos, parece-me claro.
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De Anonimo a 21.05.2024 às 21:20

Se o mercado define o preço, por que o Estado deve comparticipar?
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De henrique pereira dos santos a 22.05.2024 às 07:05

Porque a sociedade acha que mesmo as pessoas que não podem pagar um tecto devem ter um tecto.
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De Anonimo a 22.05.2024 às 07:59


Não costuma ser a sua opinião quanto a habitação.
É deixar o mercado regular-se.
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De Luis a 21.05.2024 às 19:39

Enfim o problema desta mentalidade "Prequiana" à comunista dos anos 70 é uma desgraça para o país. Mais do que a qualidade dos serviços esta gente está preocupada é com os lucros que os privados têm e nada mais. Isso mesmo motivou a fantochada que foi acabar com as PPPs hospitalares de VFX, Loures e Braga, 3 hospitais onde os serviços eram melhores e a menor custo do que agora que são 100% estatais mas lá está acabaram os lucros dos privados nesses 3 hospitais e isso é que importa.

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