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Os direitos e liberdades dos indivíduos não valem nada

por Jose Miguel Roque Martins, em 24.08.21

Todos os dias, em todas as situações, a muito relevante questão dos direitos e liberdades dos indivíduos, está presente. Já a forma como olhamos para eles é diferente. Muitíssimo diferente. 

Quando falamos no Afeganistão, todos nos horrorizamos com o jugo de muitos ás imposições do grupo, minoritário ou maioritário, dos Talibãs. No abstracto, somos quase todos pios e justos. Se toda a população Afegã fosse Talibã nas suas crenças e aspirações, se escolhessem livremente a sua forma de vida, não seria eu, que acho odioso o ideário Talibã, a não aceitar o seu regime e as suas escolhas.  Todos pensamos dessa forma?

Quando falamos da imposição da vacinação, a questão começa a complicar-se. É uma medida de nos afecta directamente. Num brilhante artigo no Observador, Patrícia Fernandes, que vale muito a pena ler, lembra-nos todos os aspectos éticos relacionados com políticas de saúde e com a vacinação. Felizmente em Portugal, a vacinação ainda é livre. Contrariando os (maus) instintos ( inclusivamente os meus) de a desejar como obrigatória. Triste é a pressão social para contrariar uma das liberdades que nos restam. Quem é contra a vacinação é, inapelavelmente, um negacionista obscurantista. Até nas palavras do bom Almirante.

Na liberdade de expressão, começa a formar-se um cerco, que paulatinamente, vai diminuindo o campo de pensamentos divergentes que fogem ao consenso generalizado. Não apenas com pressão social, mas já com instrumentos de censura e repressão.

Mas é no campo económico, que as coisas se baralham completa e irremediavelmente. A liberdade económica, consignada nos direitos do Homem, são letra morta, em função da tirania da maioria, os talibãs no poder. Qual é a possibilidade daqueles que pretendem estabelecer relações económicas livres, o poderem fazer, num labirinto cada vez mais apertado por regulamentos, leis, portarias e simples orientações obrigatórias? Tudo, claro, a pretexto de um interesse publico que, ainda por cima, teima em não se materializar na nossa realidade quotidiana.

A maioria que nos impõe este jugo, é a mesma a condenar os Talibãs. Qual a diferença? Porque desapareceu o amor aos direitos do Homem?

Uma possível explicação, é a de que nunca foram os direitos do homem os motores da sua revolta: foram os desvios ao que acham certo, que estão a ser violados. Estão apenas contra outros Talibãs que pensam de forma diferente.

Outra, é a de que os direitos dos outros, acabam quando ameaçam o que se pensa serem os nossos interesses. Nas vacinas, na luta à pandemia, na economia, na vida em geral.

Em qualquer dos casos, certo, é que os direitos e liberdades dos indivíduos não valem nada.


5 comentários

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De Anónimo a 24.08.2021 às 13:34

Caro Senhor


Ao referir a obrigatoriedade das vacinas ( que fiquei na dúvida se concorda ) , apelida "os outros" de Antivacinas, negacionistas, mas julgo que se esqueceu de um importante grupo: os céticos, que têm dúvidas  sobre uma vacina feita a correr, sob intensa pressão mediática e política num mundo que não aceita a morte exige do estado respostas para todos os problemas naturais ( frio, calor, chuva, seca, ...).


A origem e processo de desenvolvimento destas vacinas são diferentes, muito diferentes do  habitual, e é muito normal que gerem cepticismo.


Melhores cumprimentos


Vasco Silveira 
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De Anónimo a 24.08.2021 às 15:45

Caro Senhor


Sou pessoalmente adepto das vacinas. Mas acredito na liberdade das pessoas não se vacinarem ou  serem cépticas. E insurjo-me contra os insultos a que os cépticos ou  avessos ás vacinas, são sujeitos. 


Melhores cumprimentos 
jose miguel 
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De Anónimo a 24.08.2021 às 22:01

Também eu: Anualmente tomo a vacina contra a gripe.
Mas , talvez por não ser "antivacinas", e as tomar regularmente, talvez por isso o meu cepticism. O que também em si não é nada de extraordinário: na maior parte dos meus actos e decisões não existe uma certeza absoluta, um 2+2=4, mas consigo conviver com isso. As minhas  certezas absolutas são mais espirituais e humanas ( Creio na vida eterna; creio no amor de, e ao próximo )


Melhores cumprimentos e, muito obrigado por ter corrigido a minhainterpretação do que tinha escrito no seu post.


Vasco Silveira
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De Elvimonte a 25.08.2021 às 00:32

Coerência e bom senso, qualidades que se fossem bens transacionáveis estariam ao preço do ouro, dada a sua escassez. O que é corrente hoje em dia é invocar-se alternadamente a lei e a moral ao sabor dos interesses e conveniências do momento e da situação. Por isso a prática dos talibã é má agora no Afeganistão, mas os mesmos princípios que regem essa prática são bons agora no mundo ocidental. Coerência? Não existe coerência. 


As imposições dos talibã são más à luz da Declaração Universal de Bioética e Direitos Humanos, outras imposições são boas à luz de determinada "moral", muito embora violem os princípios consagrados naquela declaração. Amanhã de manhã já pode ser tudo ao contrário, desde que haja interesses que promovam a campanha adequada na indústria noticiosa transfigurada em orgão de propaganda e publicidade.


Muito honestamente, questione-se porque razão no ensaio clínico Recovery Trial da hidroxicloroquina se administraram doses muito para além do limiar de toxicidade - a dose diária recomendada é de 200-400 mg. Citação do artigo científico: "... in a loading dose of four tablets (total dose, 800 mg) at baseline and at 6 hours, which was followed by two tablets (total dose, 400 mg) starting at 12 hours after the initial dose and then every 12 hours for the next 9 days or until discharge, ...".


Muito honestamente, questione-se porque razão a ivermectina, bastante mais eficaz do que a hidroxicloroquina, apesar das meta-análises e outros artigos científicos publicados e das experiências naturais com aquilo que mais se aproxima de grupos de controlo ocorridas no Peru, no México e na Índia continua a não ser recomendada.


O importante não é salvar vidas? É uma taxa de retorno de 21% sobre o  investimento na indústria das vacinas (de acordo com B. Gates, o "especialista") que impõe o blackout terapêutico e informativo no mundo ocidental? 


Infelizmente, a situação é esta: se houvesse terapias reconhecidas as vacinas não tinham recebido autorizações para uso de emergência. Salvar vidas sim, mas só com vacinas, mesmo que estas apresentem bugs dignos do windows Vista. De acordo com dados do Infarmed, até 22 de Julho passado:
- 4.015 casos graves de reação adversa às vacinas
- 1.087 ficaram incapacitados
-  68 morreram 


Os talibã andam por aí a incapacitar e a matar pessoas.


  
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De pitosga a 25.08.2021 às 11:29


O idiota de serviço. Graças sejam dadas, é um inútil.

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