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Acredito que o único partido de esquerda que genuinamente gosta do povo e vive “em comunhão” com ele é o PCP.
Basta observar as imagens dos tradicionais almoços de carne assada promovidos pelo partido. Ali vemos gente real — pessoas que comem carne assada e frequentam as coletividades da terra. Não são aqueles que preferem sushi ou tofu e que enchem as noites do Lux.
Apesar dessa proximidade com o povo, o PCP é, paradoxalmente, um dos responsáveis por agravar as dificuldades do mesmo povo que diz defender. Através da promoção sistemática — e muitas vezes injustificada — de greves nos serviços públicos, o partido penaliza diretamente quem mais depende deles: os que não têm transporte próprio, os que não podem colocar os filhos em colégios privados, os que não têm acesso a cuidados de saúde fora do SNS. É no setor público — o único onde as greves realmente têm impacto — que o PCP exerce esta forma de pressão, com consequências nefastas para os mais vulneráveis.
Enquanto organização marxista-leninista, a lógica do PCP é menos política do que quase religiosa. Os seus prazos não são os da vida comum, mas os da utopia. Assim, o partido sente-se confortável em sacrificar o bem-estar de uma geração concreta de povo real, em nome de objetivos abstratos e futuros. Castiga-se o povo de hoje para manter o controlo dos sindicatos — controlo visto como essencial para alcançar os míticos “amanhãs que cantam”. O problema é que esse mesmo povo, mais preocupado em garantir o dia de hoje, há muito deixou de acreditar em amanhãs redentores. E por isso, afasta-se de quem, mesmo jurando-lhe amor, se mostra disposto a imolá-lo num altar de sacrifício ideológico.
Por isso mesmo — ainda que lentamente — o PCP vai definhando.
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